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Francisco Romão Pereira / Time OutMetro de Lisboa

Nova Linha Violeta vai custar mais 140 milhões que o previsto

Orçamentando em 527,3 milhões de euros, o projecto do Metro de Lisboa está atrasado e não estará pronto antes de 2026.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
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A nova Linha Violeta do metro vai custar 527,3 milhões de euros, mais 140 milhões do que o previsto. 390 milhões provêm do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e 137,3 milhões de euros são do Orçamento de Estado, sendo que nem o município de Loures nem o de Odivelas entram no financiamento. O orçamento foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros e envolve a concepção e construção de toda a infra-estrutura ferroviária, o material circulante e o trabalho de reordenamento do território. 

O aumento do custo previsto justifica-se pela mudança do projecto, que passa agora a incluir troços subterrâneos, o que encareceu significativamente a obra, conforme explicou na segunda-feira o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, no debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024. A nova via de circulação foi inicialmente pensada para circular exclusivamente à superfície, mas o Metro de Lisboa teve de voltar atrás, dada a topografia dos terrenos.

A Linha Violeta ligará Loures a Odivelas, desde o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado, numa extensão de 11,5 quilómetros em forma de C e num total de 17 estações, tornando mais simples e ecológicas as viagens de e para freguesias como Ramada, Póvoa de Santo Adrião, Santo António dos Cavaleiros e Odivelas, o actual terminal da Linha Amarela. Deverá, assim, beneficiar uma população de mais de 345 mil habitantes, dos concelhos de Loures e Odivelas, a partir do segundo semestre de 2026.

Traçado da Linha Violeta
DR/Metro de LisboaTraçado da Linha Violeta

Recorde-se que esta alteração do traçado não é a primeira a acontecer no âmbito do projecto da Linha Violeta. Em Janeiro deste ano, 801 pessoas subscreveram uma petição pública contra a passagem do metro pela Urbanização do Infantado, em Loures, por considerarem o projecto um “atentado à qualidade de vida dos milhares de cidadãos” que habitam a zona. A perda de lugares de estacionamento, a redução de espaço de circulação automóvel, o aumento do tráfego, a perda de segurança, abate de árvores e poluição sonora foram os receios partilhados pelos moradores, que conseguiram que o Metro de Lisboa recuasse, retirando cerca de um quilómetro e duas estações ao plano.

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