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O Baile Tropicante faz 6 anos com Los Mirlos

Escrito por
Miguel Branco
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Los Mirlos, referência da chicha peruana, são os convidados de honra para o sexto aniversário do Baile Tropicante, esta sexta. Ainda assim dizemos-lhe para não descurar este trio na imagem. 

Je suis cumbia. Tomemos esta frase de arranque como uma causa lisboeta, como se sempre tivesse existido, como se os ritmos latinos e as festas condizentes sempre tivessem feito parte desta cidade. Só que não. Recuemos seis anos para perceber que antes de nascer o Baile Tropicante não havia cá latinidades para ninguém. Quem o diz é Pedro Azevedo, aka La Flama Blanca, aka programador do MusicBox.

“Desculpa se há aqui alguma presunção, mas sem dúvida que foi essencial. O Baile acompanhou e impulsionou a tendência sul-americana que se sentiu na Europa há 5, 6 anos e tornou-se uma referência nos contextos nacional e europeu". 

São esses seis anos de história, a partir pedra, que esta sexta-feira se assinalam no Musicbox, com actuações dos Los Mirlos, La Flama Blanca, Un Niño Llamado Sue (alter-ego-latino do já habitual A Boy Named Sue) e Mr. Ferrary (Francisco Ferreira, teclista dos Capitão Fausto, também em versão exótica). É melhor preparar as pernas porque isto vai ser a doer. 

Mas antes convém explicar que nem tudo o que é latino vem da Colômbia e tem o nome de cumbia – há muitas outras texturas e tradições de países diversos ao barulho. E, mais uma vez, se os lisboetas hoje estão mais conscientes disso, a culpa é do Baile Tropicante. “Isto surge numa altura em que eu – enquanto programador do Musicbox– sinto a necessidade de ter uma noite latina, exótica e tesuda que não toque só salsa e merengue. Que saia do eixo México-Colômbia e possa ir também ao Chile, Peru, Bolívia. Hoje em dia o Baile vai a qualquer canto do mundo”, descreve Pedro Azevedo. 

O sexto aniversário corresponde à 72ª edição do Baile Tropicante, “e se tivermos em mente que cada noite dura em media 5 horas (ou seja 300 minutos) estamos a falar mais ou menos de 22 mil minutos de festa”, contas do programador do Musicbox e um dos actores principais do conceito. Isto para se desculpar de ser difícil nomear as noites mais memoráveis destes seis anos. Ainda assim, recorda Chancha Via Circuito (que regressará em Julho), Onda Vaga, Barrio Lindo, Nicola Cruz, Guacamayo Tropical, Umoja. 

Los Mirlos, “a principal referência (a par dos Destellos) da chicha peruana, que é o género que me trouxe até estes mundos”, garante Azevedo, promete juntar-se ao grupo dos inesquecíveis. “Isto tem tudo para ser histórico, memorável e nunca mais se repetir”.

Depois de Los Mirlos, assume as lides do palco o trio da fotografia: La Flama Blanca, Un Niño Llamado Sue e Mr. Ferrary. O que esperar? Actuam juntos ou separados? “Juntos, em separado e provavelmente a fazer o pino. Não há regras.” E porquê estas pessoas? “Porque acho que nós os três nascemos uns para os outros. Porque fazemos isto sem merdas, sem nenhum a querer ser mais que o outro. Tudo pela festa. Tudo por um bom tesão”. E isso, por aqui, é tudo.

Musicbox. Sex 23.30. 10€. 

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