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O Bar mais Triste da Cidade
Gabriell VieiraO Bar mais Triste da Cidade

O Bar Mais Triste da Cidade abriu em Santos

Abriu na semana passada O Bar Mais Triste da Cidade. Tem o whisky, o piano e a tristeza como ingredientes principais, se bem que a decoração é tudo menos triste.

Escrito por
Clara Silva
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A noite mais triste da cidade era uma ideia antiga de Camila Prado Fonseca, nos tempos em que era sócia de O Bom, O Mau e O Vilão, no Cais do Sodré. “Uma noite às quartas-feiras só com música triste”, conta. “Mas na altura os meus sócios foram contra, achavam que quem saía à noite não queria ir para um sítio mais melancólico e eu fiquei com a ideia na cabeça.”

A responsável por O Bar Mais Triste da Cidade, a funcionar desde a semana passada, também gere o Flat, uma casa de dois andares com um terraço ideal para eventos, e o bar e restaurante Lulu, “um pub bonito”, como se auto-intitula – todos no mesmo quarteirão em Santos.

O Bar mais triste da cidade
Gabriell Vieira

N’O Bar Mais Triste da Cidade conseguiu pôr em prática essa ideia da noite melancólica e transformou-a no próprio conceito: um bar triste. “Tenho o Flat no mesmo edifício há quatro anos e o projecto de reabilitação já é bastante antigo, mas tem sido um processo lento. Com a pandemia e os processos de licenciamento só agora deu para abrir.” A funcionar desde a semana passada e ainda com capacidade limitada a 16 pessoas (cerca de 50 quando “tudo passar”, diz Camila), o bar tenta ganhar o seu espaço na noite da cidade.

“A ideia é que fosse um espaço de sing along, [daqueles para] cantar músicas tristes e que de repente já está tudo alegre a cantar”, diz a responsável. “Com tanta limitação isso foi adiado até melhores dias e agora estamos a trabalhar com músicos que tocam piano mais clássico, mais sossegados.”

Noite, Bares, O Bar Mais Triste da Cidade
©Gabriell Vieira

A música ao vivo acontece de quarta a sábado entre as 20.00 e as 22.30 e, além do piano de madeira – aberto também a quem quiser mostrar o seu talento –, o outro ingrediente especial para a melancolia é o whisky. “É uma bebida que leva para uma bebedeira assim mais estranha”, descreve Camila.

A garrafeira foi escolhida a dedo, com whiskies que começam nos nove euros e vão até aos 27 euros, incluindo bebidas mais difíceis de encontrar, como o James Martin. Só há um cocktail, a margarita de poejo, a oito euros, e ostras para petiscar.

À primeira vista, a decoração, com dourados e cortinas brilhantes, parece tudo menos triste. “Muita gente tem essa reacção, acha que é contraditório. Mas é como se fosse um pico de euforia, uma passagem que muitas vezes a depressão tem.” Mas na essência, pela música e pela garrafeira, é um bar triste, aliás o mais triste de Lisboa, garante o nome.

Calçada Ribeiro Santos, 25, Santos (Lisboa). Qua-Dom 18.00-22.30.

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