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Mariana Valle LimaThaís Pires

O canto mais doce do Bairro Alto é da SMØR

Numa rua pouco movimentada, esconde-se esta pastelaria artesanal. Pequenina em tamanho, grande em oferta.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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A história deste espaço começou ainda antes de Thaís Pires deixar o Brasil. Foi aqui que em 2019 João Luc e Catarina Terenas criaram o Miolo, o pequeno café com comida para todas as horas e que não tardou a ganhar um espaço maior no Castelo. Desde então, o número 50 da Rua Luz Soriano tem estado de portas fechadas, até que recentemente, imbuída do mesmo espírito, ali se instalou a SMØR, a pastelaria artesanal de Thaís Pires. 

Quem tiver conhecido o Miolo, perceberá que pouca coisa mudou no espaço. Continua um pequeno café bonito, de ambiente harmonioso, onde apetece entrar. O nome até pode ser dinamarquês, mas o que aqui se faz tem pouco de nórdico e muito de brasileiro. “SMØR significa manteiga em dinamarquês e eu achei interessante porque é um ingrediente que eu uso muito, mas para mim a SMØR é o sonho da vida toda, uma coisa que sempre gostei e tive oportunidade de fazer”, diz Thaís, que se mudou para Portugal há cerca de ano e meio. A SMØR apareceria pouco depois, em Fevereiro do ano passado, ainda em casa e sem um espaço físico. “No Brasil [em São Paulo], eu também tinha uma confeitaria, durante oito anos, aí decidimos avançar.”

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Mariana Valle Lima

Ainda chegou a encontrar um espaço em Alfama, mas quase nem teve tempo de se instalar. “Ficámos lá de Setembro até ao final de Outubro, até que o dono pediu o espaço de volta e deu a sorte de achar este espacinho tão gostoso. Falámos com a Catarina e o João [do Miolo], que foram incríveis, ajudaram muito. Este espaço foi criado com tanto carinho e eles queriam uma proposta que sentissem que tivesse a mesma energia”, conta a brasileira, enquanto mexe aqui e ali e pede a Alexa (a assistente virtual da Amazon) que vá cronometrando tempos dos bolos que vai pondo no forno. Aqui, faz-se tudo o que se vê no balcão. Dos brigadeiros de vários sabores (1,50€) aos brownies, que tanto podem ser simples (2,80€) como levar cobertura de brigadeiro, nido com nutella ou doce de leite (3,50€), até aos croissants (1,60€/simples) e bolos. 

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E é nos bolos que Thaís é especialista. Para comer à fatia, há bolo do dia (2,10€) e bolo de coco (2,10€), mas também há a mais-valia de haver sempre bolos maiores para levar para casa (perfeito para safar qualquer data que mereça um bolo que não foi encomendado a tempo). São eles o bolo piscina (13€), que como o nome indica abriga uma piscina de brigadeiro, e o mais pequeno bolico (9€), com três brigadeiros. “Como trabalhamos com os aplicativos [Glovo, Uber Eats, Bolt Food], temos sempre estes bolos disponíveis”, explica Thaís, que também faz cake design – mas só por encomenda, avisa. Se quiser um bolo personalizado, a encomenda deve ser feita uma semana antes, para outro bolo de aniversário, como um red velvet ou outra conjugação de sabores, bastam três dias. Conforme o tamanho e o que for escolhido, os preços variam entre os 20€ e os 47€. 

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Sendo Thaís brasileira, não podia faltar aqui o famoso e guloso pão de queijo, embora de uma forma diferente do habitual. Em vez de uma pequena bolinha, o pão de queijo da SMØR (1,80€) tem a forma de uma waffle. “O pão de queijo tem tido uma saída bem boa. Em vez de assar a bolinha, pensei fazer assim directo. Fica quentinho e é diferente. A bola é bonitinha, mas passa um tempo e não tem mais o mesmo gostinho de quando sai do forno. Assim fica bonitinho e guloso”, diz a responsável, destacando ainda o brunch disponível todos os dias. Por 9€, inclui uma bebida quente, um sumo de laranja, um croissant, ovos mexidos e uma fatia do bolo do dia. “Ainda é um esboço do que pretendemos, até porque não temos muito espaço.” Mesmo assim, vai tendo saída, especialmente aos fins-de-semana. “Eu me assusto um pouco com a rapidez com que está tudo a acontecer, com o retorno das pessoas. Temos muito turista porque há este prédio ao lado de alojamento local, mas também temos muitos portugueses e brasileiros, até porque estamos ao lado da Casa do Brasil”, continua Thaís. “Tem uma mistura boa, passa muita gente, entra, sai. Num dia só falamos todas as línguas praticamente.”

Rua Luz Soriano, 50 (Bairro Alto). Ter-Sex 08.30-17.30, Sáb 08.30-20.00.

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