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O clássico Varanda Azul, no estádio do Restelo, ganhou uma nova vida

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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No Estádio do Restelo, casa do Belenenses, o mítico restaurante Varanda Azul voltou a abrir portas à espera das glórias do passado.

Foi durante anos um restaurante de encontros. Um clássico para refeições em família e apreciadores de boa gastronomia portuguesa, mas entre o passar do tempo e mudanças de proprietários foi-se perdendo o misticismo e o Varanda Azul foi ficando esquecido. Até agora. O restaurante do Estádio do Restelo, com uma vista privilegiada para o Tejo, ganhou uma nova vida pelas mãos dos donos do vizinho Matateu.

Quando no Verão do ano passado o restaurante fechou portas, Bernardo Moreira, um dos sócios da petisqueira Matateu, viu ali uma oportunidade. “Não era só pela história, a vista e a localização, mas também porque ao fim-de-semana no Matateu temos sempre de rejeitar reservas”, diz Bernardo, acrescentando depressa que o Varanda Azul não é uma continuação do restaurante de petiscos.

Se de um lado celebra-se o futebol com petiscos, cerveja e televisão, no Varanda Azul privilegia-se um ambiente mais íntimo e familiar com música ambiente (com uma lista que vai da bossa nova ao jazz). “É um espaço mais premium”, explica. “Houve uma altura que era uma tradição aqui da zona vir ao domingo ao Varanda Azul. É isso que queremos recuperar”, continua.

Manuel Manso

As paredes roxas que na sua última vida chamavam à atenção passaram a ser de um azul tão suave que torna o restaurante mais sóbrio e luminoso, permitindo que a vista dos janelões brilhe por si. Ao fundo o rio e o Mosteiro dos Jerónimos. Do que ali existia, ficou apenas uma grande mesa redonda colada às janelas. Era para ter ido embora, não fosse uma escolha recorrente dos clientes.

Da carta do Matateu estão os croquetes de vitela nas entradas porque são um best seller, mas não há mais nada que se repita. Até porque a estrela aqui são as carnes grelhadas,  essencialmente de vaca e algumas delas maturadas. Bernardo destaca o tomahawk aroquesa (56,90€) perfeito para duas pessoas (na foto), tal como o t-bone aroquesa (38,90€). Ainda para partilhar, para três ou quatro pessoas, há uma picanha no espeto de um quilo (47€). “É servida como num rodízio, mas não é partilhada com nenhuma mesa”, explica. 

Mas nem só destas carnes se faz a carta do restaurante, pensada com a chef Filipa Ruas que esteve na origem do Matateu e mais tarde no Antigo Talho, que entretanto fechou. 

Voltando às entradas, além dos croquetes, há um guloso queijo chèvre que vai ao forno com tomate (7,90€), uma salada caprese para dias quentes (6€) ou um tataki de atum (9,90€).

E se, eventualmente, não lhe apetecer uma carne grelhada, tem mais por onde escolher. De um risoto de cogumelos e camarão (13,90€) a um magret de pato com puré de batata doce (12,90€) ou umas bochechas de porco preto (13,90€). E um clássico da história do restaurante: um filete de robalo com arroz de feijão (13,90€).

Bochechas de porco preto
Manuel Manso

Por fim, guarde espaço para as sobremesas. Há cheesecake (5,50€), uma delícia de chocolate (5,50€), crème brulée com espuma de moscatel (5,40€) ou uma panacotta de lavanda com uma sopa fria de morangos e suspiro (4,90€). Mas o nosso conselho é que não desconfie da combinação “banana e caramelo salgado” (5,40€), um copo com caramelo salgado, crumble, banana e natas.

Caramelo salgado e banana
Manuel Manso

Avenida do Restelo, Estádio do Restelo (Belém). Seg-Sex 12.30-15.00, 19.30-23.00. Sáb-Dom 12.30-16.00, 19.30-23.00. 

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