O cenário é digno de filme, o que tem alguma graça quando se descobre que ali já houve um armazém da Tobis, a mais antiga produtora do cinema português. Os tons dourados, que reluzem, a sereia que, quando se entra, parece esconder um aquário enorme, sofás de veludo espaçosos, frisos e colunas, candeeiros únicos… Podíamos continuar a enumerar, mas o melhor é dizer que a Nunes Real Marisqueira sofreu uma revolução. Não foi só uma mudança de sítio, para umas portas ao lado. Foi um investimento de “quatro e muitos milhões” que fez renascer uma casa – não que alguma vez tivesse morrido, mas há um antes e um depois desta transformação. A essência, essa, não mudou, tal como grande parte das caras que nos recebem ali, agora com novas fardas (calçado incluído) e tudo. A carta subiu de nível, mas não deixou de fora os clássicos. O marisco nacional continua a ser a aposta central.
A fome arranja-se facilmente com uma corrida pelo passeio que acompanha a margem do rio, ou mesmo com umas pedaladas de bicicleta. Uma paragem talvez para a observação de turistas junto dos Jerónimos e dos Pastéis de Belém ou até para uma voltinha no Museu Colecção Berardo (até quando?). Deixe as selfies com vista para a ponte 25 de Abril para depois e comece a pensar em talheres. Esta lista dos melhores restaurantes de Belém inclui estrela Michelin, uma tasca com uma estrela benfiquista na parede e muito foco na dobrada.
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