A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Fotografia subaquática
© Tom St George“Underwater Photography Collection Exhibition", no Museu da Marinha

O melhor da fotografia submarina chegou a Lisboa

De 6 a 8 de Outubro, a Underwater Photography Collection Exhibition convida a mergulhar em grutas no México ou na Ria Formosa, através das imagens de alguns dos melhores fotógrafos subaquáticos do mundo.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Publicidade

O Museu da Marinha, em Lisboa, acolhe uma das mais importantes exposições de fotografia subaquática do mundo, a "Underwater Photography Collection Exhibition". A mostra insere-se na terceira edição das Diving Talks e inclui imagens de fotógrafos como Brandi Mueller, Ellen Cuylaerts, Natalie Gibb, Nuno Sá (curador da colecção), Nuno Vasco Rodrigues ou Tom St George.

Entre as fotografias em exibição no Pavilhão das Galeotas, estarão imagens que alertam para a perda da população de cavalos marinhos na Ria Formosa ou para o próprio desafio que acarreta a fotografia subaquática. Sobre o primeiro tema, desenvolvido por Nuno Sá, fotógrafo e curador desta colecção, o autor destaca a imagem Fifty Tones of Me, vencedora do Underwater Photographer of The Year em 2015. “Muitas pessoas não sabem, mas o Algarve detém a maior população de qualquer espécie de cavalos-marinhos a nível mundial, ou pelo menos detinha, em 2006”, contextualiza o fotógrafo, chamando a atenção para o facto de se estimar que “cerca de cinquenta toneladas de pequenos cavalos-marinhos sejam retiradas dos oceanos todos os anos, tanto para serem usadas em aquários como para consumo na China, na medicina tradicional chinesa”. 

Já Tom St George traz a Lisboa uma gruta mexicana, fotografada durante o documentário do Projecto de Exploração de Mergulho na Caverna de Xunaan Ha. Como sublinha o autor, “a fotografia de mergulho em cavernas é sempre um esforço colectivo” e esta imagem serve como ponto de partida para compreender a mecânica dos jogos de luz e sombra no universo subaquático. Também Pete Mesley entra em detalhes sobre o processo fotográfico, para explicar o que pode, por vezes, estar por detrás de uma única imagem. Sobre uma fotografia também captada no México, explica como o trabalho exigiu “uma paciência e controlo imensos”. “Um único toque descuidado da barbatana ou uma mão mal colocada podem perturbar o frágil sedimento e destruir a imagem”, ilustra. A título de exemplo, para conseguir a fotografia perfeita, foram necessárias mais de três horas e três mergulhos.

A exposição pode ser vista no Pavilhão das Galeotas e é de acesso livre para todos os visitantes do Museu da Marinha.

Praça do Império, 1400-206 Lisboa. 6-8 Out, 10.00-17.00. Entrada livre.

+ As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa

+ Leia grátis a edição digital da Time Out Portugal deste mês

Últimas notícias

    Publicidade