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O novo restaurante do Cais do Sodré é um rebelde asiático

Escrito por
Inês Garcia
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Não vai ser preciso escolher tailandês ou vietnamita no Rebel Asian, o novo pan-asiático do Cais do Sodré que o faz embarcar numa viagem de sabores tradicionais para partilhar. 

No novo restaurante pan-asiático Rebel Asian, vizinho do mexicano Pistola y Corazón na Rua da Boavista, não há pad thais ou nasi gorengs, dois dos pratos asiáticos mais conhecidos e com mais saída. É que Hugo e Luís Gasparinho, irmãos e sócios, e Mário Sousa Borges, o chef, querem mostrar que a comida de rua asiática vai “além desses pratos mais operários” – quiseram ser rebeldes. 

Tempura de bacalhau
Fotografia: Manuel Manso

Depois de abrirem o bar Desordem, também no Cais do Sodré, no Verão, surgiu a oportunidade de ficarem com o espaço do antigo Natural Crave – o restaurante saudável que resolveu apostar antes nos food courts dos centros comerciais – e puseram em prática a ideia que tiveram depois de uma viagem à Ásia há uns anos. “Eu não apreciava muito picantes e cheguei lá e percebi que tinha uma  ideia completamente diferente do que é a cozinha deles”, admite Luís. A primeira opção para este projecto de restauração era “uma coisa pequenina, mais purista, só com lugares ao balcão”, conta, mas apareceu este espaço e tiraram partido dele. Chamaram o amigo e chef Mário Sousa Borges, que passou os últimos anos a trabalhar no restaurante E.A.T (European Asian Taste) em Estocolmo e começaram a definir conceitos: o Rebel Asian faria jus ao nome e iria ter pratos que nenhum outro restaurante em Lisboa tivesse, mais que não seja porque teria modos de confecção ou molhos diferentes. 

Barriga de porco
Fotografia: Manuel Manso

Recomendam quatro a cinco pratos para cada duas pessoas, além de mente aberta e apetite. A primeira secção da carta é a dedicada aos pratos quentes, onde há propostas como a tempura de milho, servida com molho agridoce (4€) ou a de bacalhau, feita com bacalhau fresco, kimchi e rebentos de coentros (6,50€), os camarões salteados com chili, alho, sola e coentros (9€), o pork wok, uma barriga de porco que se desfaz à primeira colherada, com pimento, bok shoy e molho hoisin (6€) ou os pulled pork sliders, baos de porco cozinhado a baixa temperatura com salada iceberg, pepino e kimchi (8€). Nos “not so warm” estão os crus e braseados, como o prato salmon tapioca, com cubos de salmão braseado em molho de soja, com pérolas de tapioca e raiz salsifi laminada e frita (7,50€), o tártaro com picle de malagueta, amendoim e ovo de codorniz curado (7,50€), a malga de arroz de sushi com cubos de atum, rabanetes e abacate (7€) ou a salada de rosbife com noodles, sem caldo (6,50€). 

Salmon tapioca
Fotografia: Manuel Manso

A própria decoração do espaço espelha os vários países que aqui se juntam à mesa. Há lanternas de papel que chegaram da China, com caracteres especiais, ou os chapéus cónicos vietnamitas pintados de vermelho, a cobrir toda uma parede. 

Os chapéus vietnamitas cónicos servem de decoração
Fotografia: Manuel Manso

O toque mais ocidental chega com as sobremesas que, ainda assim, trazem surpresas. O parfait de sésamo com gelo de gengibre (4€) é um desses casos – quando lhe puserem uma tacinha preta com gelo à frente, não pense que é engano. O gelo, feito com Seven Up, é infusionado com gengibre e logo na primeira colherada deve apanhar um pouco deste gelo, os bocadinhos de sésamo e o recheio do meio, o parfait. É quase um limpa-palato para os pratos picantes que acabou de provar. Na lista de doces há ainda um curd de yuzu com gelado de coco (4€) ou o sempre democrático brownie de chocolate com gelado de lima (3,50€). 

Parfait de sésamo com gelo de gengibre
Fotografia: Manuel Manso

Para acompanhar a refeição, ou ficar por lá depois de provar tudo, há cocktails criados pelo chefe de bar João Sancheira, responsável também pelas bebidas de autor no Desordem. Pode pedir um Sun Tzu Negroni, uma versão da bebida mais clássica aqui com sake (9€), ou o Amaterasu Midori, com vodka de gengibre, o licor de melão japonês e sumo de limão (8€). Tem também a refrescante sangria de líchias (20€). 

Curd de yuzu com gelado de coco
Fotografia: Manuel Manso

Luís Gasparinho quer que este seja um restaurante a que se regressa várias vezes, por isso ele e os sócios optaram por estes pratos de partilha a preços acessíveis. Para breve, está também prometido um menu de almoço. 

Se quiser começar o ano novo na Ásia, pode ser rebelde e ir até ao número 32 da Rua da Boavista já no dia 1 de Janeiro – vão estar abertos das 14.00 às 22.00.

Rua da Boavista, 32 (Cais do Sodré). 21 599 9912. Seg-Qui 12.00-15.00/19.00- 00.00, Sex-Sáb 12.00-15.00/19.00-00.30, Dom 12.00- 16.00. 

+ Nestes restaurantes pan-asiáticos em Lisboa cabe a Ásia toda

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