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Papelaria Progresso
Biblioteca de Arte GulbenkianPapelaria Progresso

O Pátio das Antigas: A papelaria que passou por três séculos

A Papelaria Progresso, situada na Rua do Ouro, abriu no final do século XIX, atravessou o século XX de portas abertas e aproveitou para se modernizar, e só fechou já no século XXI, em 2003, sendo absorvida pela Papelaria Fernandes.

Escrito por
Eurico de Barros
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Que nunca se diga que a Papelaria Progresso, que teve portas abertas na Baixa, mais precisamente na Rua Ouro (esquina com a Rua da Vitória), durante cerca de 120 anos, não esteve à altura do seu nome. Desde a sua abertura, nos inícios da década de 80 do século XIX (e alguns anos antes de a Papelaria Fernandes, que se instalaria mesmo ao lado, em 1891) até ao encerramento, já no século XXI, em 2003, que os seus vários proprietários tudo sempre fizeram para que fosse um estabelecimento modelar, requintado e líder na sua especialidade. 

Quando foi inaugurada, por exemplo, tinha já uma oficina a vapor de litografia, tipografia e carimbos situada numa rua próxima. Em meados do século XX, a Papelaria Progresso abriu uma galeria de exposições de pintura, escultura e fotografia no primeiro andar; e em 1961, foi toda remodelada e modernizada pelo arquitecto Conceição Silva (autor, entre muitos outros, do Edifício Castil e do Hotel do Mar, em Sesimbra), mudando inclusivamente o logótipo. Foram postas montras rasgadas, que de noite ficavam profusamente iluminadas para que os transeuntes pudessem ver as instalações e a oferta de objectos e produtos “tão bem como se fosse de dia”, como na altura disse o seu proprietário, que tinha também outra das papelarias emblemáticas da Baixa, a Papelaria da Moda. Tanto esta como a Papelaria Progresso, após desaparecerem, respectivamente em 2013 e 2003, passaram para a concorrente Papelaria Fernandes.

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