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Pátio das Antigas - Gado no Mercado Geral
DRPátio das Antigas - Gado no Mercado Geral

O Pátio das Antigas: Gado na cidade

Coisas e loisas da Lisboa de outras eras

Escrito por
Eurico de Barros
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O Mercado Geral de Gados só foi desactivado nos anos 50, para dar lugar à Feira Popular em 1961. Até aí, os lisboetas viam gado de todo o tipo desde o Campo Pequeno até ao Campo Grande.

Bois, vacas, ovelhas, carneiros, cabras, porcos, galinhas e ainda cavalos. Estes animais eram uma visão normal em Lisboa, entre o Campo Pequeno e o Campo Grande, até finais dos anos 50, já que era ali que estava situado o enorme Mercado Geral de Gados da capital, construído pela Câmara Municipal de Lisboa em parceria com dois empresários privados, nos finais do século XIX, e projectado pelo arquitecto Parente da Silva. O edifício tinha, inclusivamente, um ramal de caminho de ferro próprio, para nele entrarem os comboios transportando animais que vinham dos arredores.

Durante várias décadas, os lisboetas que circulavam pela zona do Campo Pequeno, Entrecampos e Campo Grande, ou ali moravam, estavam habituados a ver gado de todo o tipo espalhado pela zona e a pastar, conduzido pelos proprietários e seus ajudantes, que o vinham comerciar no Mercado Geral, como ficou registado na foto desta página, datada da segunda década do século XX. As suas instalações podiam acolher mil bois e vacas, duas mil ovelhas, carneiros e cabras, 500 porcos e 200 cavalos, e tinham até uma zona destinada a exposições. O Mercado Geral de Gados foi desactivado na década de 50 para dar lugar à Feira Popular de Lisboa, que ali se instalou em 1961, vinda da Palhavã, onde se ergue hoje a Fundação Calouste Gulbenkian. Só então os alfacinhas deixaram de ver gado circular em plena cidade.

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