A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
O Ministério da Guerra na Feira Popular
Biblioteca de Arte – Fundação Calouste GulbenkianO Ministério da Guerra na Feira Popular

O Pátio das Antigas: O Ministério da Guerra na Feira Popular

Em 1947, além de andar num carrossel, comer uma fartura, dar uns tiros nas respectivas barracas e apreciar os carros no pavilhão da General Motors, o visitante da Feira Popular podia ainda ver material de guerra feito em Portugal.

Escrito por
Eurico de Barros
Publicidade

Quando abriu, em 1943, na Palhavã, e durante muitos anos, inclusivamente quando passou para Entrecampos, em 1961, a Feira Popular de Lisboa foi também uma Feira de Amostras, segundo o modelo americano. Além dos divertimentos e dos locais de comes e bebes, havia também pavilhões de empresas, indústrias, instituições e departamentos estatais que promoviam os seus produtos ou mostravam o seu funcionamento e o trabalho que realizavam.

Sem dúvida que a mais insólita e curiosa exposição que a Feira Popular recebeu foi a do Ministério da Guerra (actualmente, Ministério da Defesa), na edição de 1947, quando ainda se encontrava na Palhavã, e incluída nas comemorações dos 800 anos da Conquista de Lisboa aos mouros. Aliás, foram três os ministérios que nesse ano estiveram presentes na Feira Popular, já que o da Marinha e o da Economia se vieram juntar ao do Exército, embora a exposição deste fosse a maior. 

Assim, além de andarem num carrossel, comerem uma fartura, darem uns tiros nas respectivas barracas e passarem por pavilhões como os da General Motors ou da Frigidaire, os visitantes da feira desse ano podiam ainda ver o variado material de guerra então produzido em Portugal pela Fábrica do Braço de Prata, que era mostrado com particular destaque. Mas também secções dedicadas aos Serviços Cartográficos do Exército, às Transmissões, à Farmácia Central do Exército, às Oficinas Gerais do Exército ou à Manutenção Militar, entre outras. Depois de se instalar em Entrecampos, a componente de Feira de Amostras da Feira Popular foi diminuindo gradualmente de importância, até quase desaparecer. E nunca voltou a haver uma exposição como a do Ministério do Exército.

Coisas e loisas de outras eras:

+ O restaurante que tinha um whisky exclusivo

+ O cabeleireiro para a “mulher moderna” do Marquês

+ O sangue teve uma exposição em Lisboa

+ O retiro onde Vasco Santana ia comer

Últimas notícias

    Publicidade