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Por terem a cabina dos passageiros revestida de palha, os táxis da Cooperativa Lisbonense de Chauffeurs eram conhecidos como “Palhinhas”.
Corria o més de Abril de 1925, quando António Domingos dos Santos, antigo motorista dos directores do Diário de Notícias, fundou, juntamente com outros colegas, a Cooperativa Lisbonense de Chauffeurs, pondo a circular em Lisboa 11 táxis da marca Citroën, com a bandeirada no valor de um escudo e atingindo a velocidade máxima de 70 km/h. O sucesso foi tal que os carros desta cooperativa, que tinha meia centena de membros, rapidamente subiram dos 11 para 100, sendo inclusivamente disputados na rua pelos clientes, dando-se por vezes cenas de pugilato.
Estes táxis rapidamente foram apelidados de “Palhinhas” pelos lisboetas, porque a cabina dos passageiros era revestida de palha entrançada. E assim, em vez de dizerem “Vou apanhar um táxi”, os alfacinhas passaram a dizer “Vou apanhar um Palhinhas”. E o nome ficou, mesmo quando, a partir de 1929, a palha foi substituída por um material mais adequado, moderno e resistente. É que uma vez Palhinhas, sempre Palhinhas. Com o passar das décadas, a frota da cooperativa foi-se, naturalmente, modernizando, mas a designação popular para os seus táxis perdurou. Em 1976, a Cooperativa Lisbonense de Chauffeurs foi comprada por uma outra empresa de viação, que seria depois integrada na Rodoviária Nacional.
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