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Pátio das Antigas, Lisboa, Ferro de Engomar, Fado
©DRFado no Ferro de Engomar

O Pátio das Antigas: Petiscos, vinho e fados

Coisas e loisas da Lisboa de outras eras

Escrito por
Eurico de Barros
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Primeiro como retiro, em Campolide, e depois como restaurante, em Benfica, o Ferro de Engomar funcionou até 2013.

O fado cantava-se já, e bem, no Retiro Ferro de Engomar, originalmente instalado em Campolide, à sombra do Aqueduto das Águas Livres, e transferido no final do século XIX para Benfica. Sempre com aquela canção como principal atracção – além da pinga e dos petiscos, com destaque para o peixe frito, as saladas de boa alface, o pão de Belas e o vinho “sem mistura”, isto é, sem ser “baptizado” com água, ou vinho de menor qualidade, para dar mais rendimento.

Depois de ter feito obras em 1918, o retiro sofreu remodelações e melhoramentos alguns anos mais tarde, reabrindo em 1927 com novos proprietários e como Restaurante Ferro de Engomar. Foi o primeiro do seu género em Lisboa a ter um elenco de fadistas privativo, que cantavam às segundas, quartas e sábados, encontrando-se regularmente entre a clientela muitas figuras conhecidas, sobretudo ligadas à vida artística, cultural e jornalística da capital. A fadista Maria Alice, que lá se estreou, chegaria depois a ser sócia do estabelecimento. O Ferro de Engomar foi demolido em 1953 para dar lugar a prédios novos, num bairro de Benfica que não parava de crescer. Reabriu em 1956, num edifício erguido no local onde se encontrava antes, agora só como restaurante, cervejaria, pastelaria e adega, e sem os fados que o tinham celebrizado. Fechou em definitivo em 2013.

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