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O Rossio na Betesga #6: a Câmara é um doce

Helena Galvão Soares
Jornalista
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A 7 de Novembro de 1996 um incêndio destruía os pisos superiores dos Paços do Concelho de Lisboa. O projecto de reconstrução do edifício recuperou o traçado inicial do século XIX, que sofrera adulterações nos anos 30 e 40.

Assim, em 1997 tínhamos então uns Paços do Concelho não só renascidos das cinzas, como diferentes da memória recente que havia deles. Foi isso que os profissionais de hotelaria finalistas do Curso de Formação “Peças montadas em Açúcar”, do Centro de Formação Profissional para o Setor Alimentar, resolveram celebrar. E deitaram mãos à obra.

Começaram por fazer o levantamento fotográfico de todo o exterior do edifício e das plantas existentes, de forma a chegarem a uma maquete à escala. Depois meteram a mão na massa: ao longo de 300 horas foram trabalhados 70 kg de açúcar (98% do peso total da peça), mais água, gelatina, amido, corante alimentar, verniz alimentar e película de acetato, para criar cada detalhezinho do edifício, incluindo a belíssima cúpula. A arma secreta foi a técnica de confeitaria usada: a pastilhagem, uma técnica francesa que permite obter uma massa muito dura e que, por isso, não se deteriora. Ainda hoje, 21 anos depois, poderia ser comida, sem perigo. Quanto a esta hipótese, tire daí a ideia, mas se quiser ir admirar de perto os pormenores da peça, é só dirigir-se à recepção dos Paços do Concelho e perguntar por ela.

(A maquete tem 101 x 111 cm e 85 cm de altura)

+ O Rossio na Betesga #5: o brasão sem cara metade

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