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O World Press Photo chega ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Como já é habitual, Lisboa recebe a exposição do World Press Photo. A mostra com as fotografias do concurso deste ano estará patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência e não no Hub Criativo do Beato, como no ano passado. A exposição abre ao público a 27 de Abril.

A 62.ª edição do World Press Photo, o mais importante concurso de fotojornalismo do mundo, fica patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência até 19 de Maio. O grande prémio foi entregue este ano a John Moore, fotógrafo e correspondente especial da Getty Images, pela fotografia de Yanela Sanchez, uma criança hondurenha a chorar no momento em que a sua mãe está a ser revistada na fronteira dos EUA em McAllen, Texas.

Depois da fotografia vencedora ter sido publicada mundialmente, a Alfândega e Protecção de Fronteiras dos EUA, a maior agência federal de aplicação da lei do Departamento de Segurança Interna do país, confirmou que Yanela e a sua mãe não se encontravam entre as milhares de famílias que foram separadas nas fronteiras pelas autoridades, mas o clamor público sobre a prática resultou na reversão da política pelo presidente Donald Trump.

Para a fotógrafa e jurada Whitney C. Johnson, “os detalhes desta fotografia são interessantes, desde as luvas que o oficial de patrulha da fronteira está a usar até aos atacadores [dos sapatos da criança e da sua mãe] que foram removidos”.

É possível consultar os vencedores das restantes categorias no site do World Press Photo. Estes prémios são atribuídos desde 1995 pela fundação homónima, com sede em Amesterdão. Na edição deste ano, foram analisadas 78.801 fotografias, enviadas por 4738 fotógrafos de 129 nacionalidades. O vencedor recebe dez mil euros de prémio, além de uma máquina e de um conjunto de lentes, enquanto os distinguidos com os primeiros prémios em cada categoria recebem 1500 euros.

Living Among What's Left Behind
Living Among What's Left Behind
Mário Cruz

As fotografias distinguidas estarão expostas no antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, até 19 de Maio, de quinta-feira a domingo e feriados, das 10.00 às 20.00. Nesta que é a mais reconhecida exposição de fotojornalismo internacional, estarão em exibição 140 fotografias, de 43 fotógrafos de 25 países, incluindo a do fotojornalista português Mário Cruz que conquistou o terceiro lugar na categoria Ambiente.

“Living Among What's Left Behind" ("Viver entre o que foi deixado para trás", na tradução do inglês) é o título da imagem captada pelo fotógrafo da agência Lusa que desenvolveu, a título pessoal, este projecto sobre comunidades de Manila, nas Filipinas, que vivem sem saneamento e rodeadas de lixo, junto ao rio Pasig, declarado biologicamente morto na década de 1990. A imagem vencedora mostra uma criança que recolhe materiais recicláveis deitada num colchão rodeado por lixo que flutua no rio. Esta foto pode ser vista também na exposição que Mário Cruz tem no Palácio Anjos, em Algés, onde mostra mais de 40 imagens sobre o tema.

Aos sábados e domingos, o público poderá, para além de visitar a exposição principal, participar em talks, rallies e workshops de fotografia gratuitos com fotógrafos conceituados, como Arlindo Camacho, Isabel Saldanha, Luís Barra, Mário Cruz, Gonçalo F. Santos e Nuno Sá. Os bilhetes (4€) estão à venda no local da exposição. Estudantes e seniores pagam metade do valor.

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