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Otherwise: as camisas com tecidos da Índia chegaram a Campo de Ourique

Escrito por
Francisca Dias Real
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As atenções estão todas nelas, todas catitas em charriots, cada uma de sua nação e com tecidos vindos directamente da Índia para Campo de Ourique. Falamos de camisas, a estrela da nova loja do bairro, a Otherwise, que quer homens e mulheres a desfilar com atitude na calçada portuguesa.

Abriu numa das laterais do Mercado de Campo de Ourique para dar uma casa à marca de Manuel Ochoa, criada em 2017. “A Otherwise nasceu de um desafio da minha irmã, que já tinha uma marca de roupa e que me pediu para fazer uma linha para homem”, explica, referindo-se à irmã Maria Ochôa Pires e à sua marca Dream Catcher's, com loja no Areeiro, cuja produção é feita na Índia com materiais têxteis ricos. “Ela viveu e estudou na Índia, apaixonou-se pela riqueza e originalidade dos materiais e começou a trabalhá-los quando criou a marca. E eu segui o exemplo”, diz.

Mergulhar no mundo do mono-produto foi quase imediato para Manuel, que não deixou fugir a oportunidade de pegar nos tecidos indianos para fazer nascer a marca de camisas. “Os tecidos, padrões e texturas são o que nos distinguem, e a Índia tem uma cultura e indústria têxtil muito forte, por isso quis continuar a apostar na qualidade e na originalidade”, conta.  

A primeira colecção saiu em Abril do ano passado, e como as camisas – todas de edição limitada – saíram que nem pãezinhos quentes, em Julho Manuel decidiu despedir-se do seu emprego para se dedicar a tempo inteiro à Otherwise, para “profissionalizar a coisa”.

Fotografia: Manuel Manso

Há três modelos de camisas para deitar o olho: a de manga comprida, a de manga curta básica e outra também de manga curta mas sem botões no colarinho (50€-70€). E nada é feito ao acaso – os próprios botões das camisas são feitos de casca de côco, para apostar ainda mais no conceito da sustentabilidade. “Uma das minhas preocupações também passa pela consciência ambiental, acho que é cada vez mais importante as pessoas saberem aquilo que estão a vestir e de onde vem e como é feito”, diz.

Manuel dá garantia da qualidade dos materiais e mesmo da própria confecção. “Não temos produção em massa, não promovemos isso. O facto de ser feito na Índia não significa que não tenha qualidade, até porque trabalhamos com uma pequena fábrica local que se segue pelos princípios de fair trade”, afirma.

Quanto aos materiais, Manuel tem uma camisa de algodão orgânico, com fibra de bananeira, outras 100% algodão e ainda modelos feitos com block print, uma técnica indígena onde artesãos cravam em blocos de madeira os padrões e pintam para depois estamparem os tecidos. Coloridos ou mais discretos, os padrões são únicos e irrepetíveis: há para todos os gostos, feitios e usa quem quer, homem ou mulher.

Sob o mote “Wearable Attitude”, Manuel diz que “a confiança e a atitude podem ser a chave do sucesso, e ter uma camisa com pinta ajuda na tarefa”.

Dos restos de tecido com os padrões das camisas nascem sacos de pano, que usam para substituir o saco de plástico ou de papel no acto de compra, até porque “dá outra pinta sair daqui com um saquinho destes”.

Para além da loja própria, pode encontrar estes modelitos na Boutik ou na Degrau e, claro, no site da marca.

Rua Coelho da Rocha, 104. Seg-Sex 12.00-20.00, Sáb-dom 11.00-19.00.

+ Vamos às compras em Campo de Ourique

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