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Plano para a alta velocidade prevê Lisboa-Porto numa hora e um quarto

Lisboa vai ficar a uma 1h59 do Porto a partir de 2028 e a 1h15 até 2030. As obras devem arrancar em 2024.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
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O programa de modernização da ferrovia, apresentado esta semana, prevê um investimento faseado na alta velocidade (AV), que permita triplicar o actual número de serviços ferroviários entre Lisboa e Porto, passando dos actuais 25 para 77. No final da primeira fase, em 2028, a viagem de Lisboa ao Porto passará a durar apenas 1h59m. Até 2030, deverá reduzir para 1h15.

A primeira fase prevê um custo de 2,95 mil milhões de euros, dos quais mil milhões são provenientes de fundos europeus, e será dividida em duas concessões: Porto-Aveiro, por 1,65 mil milhões de euros, e Aveiro-Soure, por 1,3 mil milhões de euros. O plano inclui a adaptação das actuais estações para a AV, uma nova estação para a AV em Vila Nova de Gaia, a construir em Santo Ovídio, e uma nova ponte rodo-ferroviária sobre o rio Douro, pensada pelas autarquias do Porto e de Gaia, que também servirá a nova linha, que será construída em bitola ibérica. As obras devem arrancar em 2024 e concluir quatro anos depois, em 2028.

Se não houver atrasos, a segunda fase, que incidirá sobre o percurso entre Soure e Carregado, arrancará ainda antes, em 2026, e deverá estar concluída em 2030, com um investimento de mais 1500 milhões de euros. A ideia é que o trajecto entre as duas cidades possa ser feito em apenas 1h19. Com três paragens – Leiria, Coimbra e Aveiro –, são mais 30 minutos.

Ainda não há calendário definido, mas a terceira fase, que fará a ligação entre o Carregado e Lisboa, será a última. Na actual linha do Norte, o eixo será duplicado de duas para quatro vias, no percurso entre Castanheira do Ribatejo e Alverca, ao abrigo do Programa Nacional de Investimentos 2030. O projecto tirará mais quatro minutos à viagem de AV entre as duas principais cidades portuguesas, ficando Lisboa-Porto à distância de 1h15 (sem paragens) ou 1h45 (com as já mencionadas três paragens). Em termos de passageiros, estima-se um aumento em dez milhões, que se juntam aos actuais seis milhões.

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