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Q Revolt: a revolta queer chega a Lisboa em forma de exposição de fotografia

Escrito por
Clara Silva
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Depois de uma exposição em Berlim e de um livro, Rita Braz apresenta em Lisboa, a partir de sexta, o seu projecto fotográfico com 100 mulheres que gostam de outras mulheres. 

O Q REVOLT chega à cidade um ano depois de a aventura começar. “Um ano depois de ter organizado o crowdfunding via Kickstarter, de ter viajado, conhecido e fotografado tantas pessoas”, conta a fotógrafa portuguesa Rita Braz. Até há bem pouco tempo, e durante sete anos, Rita morou em Berlim, onde apresentou em Outubro o resultado do projecto fotográfico que andou a desenvolver mundo fora, com 100 mulheres que gostam de outras mulheres. Voltou para Lisboa definitivamente e com ela trouxe a exposição (e o livro que a acompanha), que a partir de sexta, e durante três dias, vai estar na Tara Gallery, na Praça da Figueira.

Trazer a exposição para a galeria – “que desde o início me tem apoiado”, diz Rita – sempre esteve nos seus planos. À exposição junta-se também no mesmo espaço uma pop-up store, “com os livros, as T-shirts [do projecto] e outras surpresas”, conta. “Dez por cento das vendas são oferecidos à ILGA Portugal.”

Ao todo, perto de 100 pessoas contribuíram – “amigos, família e até completos desconhecidos”, – e foram angariados mais de cinco mil euros para o projecto. O objectivo era concreto, contava-nos em Outubro: “Dar visibilidade a mulheres como eu, que não se encaixam no estereótipo do que uma mulher que ama outra costuma ser”, explicava. “Queria mostrar a maior diversidade possível, mostrar que não há um só tipo de mulheres, mas todo um espectro, tal como as mulheres que amam homens.”

Para retratar essa diversidade percorreu vários lugares do mundo. De Berlim a Hamburgo, de Viena a Amesterdão, passando por Nova Iorque, até chegar a Lisboa e ao Porto. Ao todo, as retratadas são 100 mulheres de várias idades e nacionalidades. “Algumas pessoas fazem parte do meu círculo de amigos, outras pessoas contactaram-me e outras contactei eu”, contava. “Pedi-lhes que escolhessem um sítio de que gostassem e onde se sentissem confortáveis. Para mim era importante mostrar um sítio que dissesse algo sobre  a personalidade de cada pessoa, mostrar um contexto e aproximar estas mulheres da realidade.”

A revolta queer chega finalmente a Lisboa, é pena que só dure três dias.

Sexta a domingo, na Tara Gallery. Praça da Figueira 11-C. Inauguração na sexta, 18.30-22.00. Grátis

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