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Rendas em Lisboa subiram 37%. Preço médio das casas mais alto do que em Madrid

As rendas na capital portuguesa aumentaram 36,9% no último ano, passando para um valor de 21 euros por metro quadrado, mostram dados da plataforma Casafari.

Joana Moreira
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Joana Moreira
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Viver em Lisboa está mais caro. Comprar casa na capital portuguesa é mais caro do que em Madrid, por exemplo, revela a plataforma Casafari, que divulgou esta quinta-feira as conclusões do Relatório do Mercado Residencial para o quarto trimestre de 2022.

No que diz respeito a arrendamento, Lisboa teve o maior aumento entre as cidades analisadas (Lisboa, Paris, Milão, Madrid e Barcelona), com base em "mais de 180 mil imóveis" registados na plataforma especializada em dados de inteligência artificial para o setor imobiliário. A análise, referente ao último ano, mostra que que as rendas em Lisboa aumentaram 36,9%, passando para um valor médio de 21€ por metro quadrado, número só ultrapassado em Milão, onde o metro quadrado se fixa nos 23€, e em Paris, a mais cara das cidades analisadas, em que o preço ascende aos 41€.

"Os rendimentos brutos de arrendamento (rentabilidade de uma propriedade num ano) estão a aumentar nas principais cidades do Sul da Europa. O crescimento médio dos preços de arrendamento ultrapassou o crescimento médio dos preços de venda", pode ler-se no mesmo comunicado, que conclui que "dado o contínuo crescimento das rendas e maior pressão sobre os preços de venda, há fortes razões para esperar que esta tendência continue em 2023".

Também o preço médio da venda de casas aumentou nos últimos 12 meses. "Em Dezembro de 2022, Lisboa apresentava preços médios de venda por metro quadrado de 4.947 euros, superiores a cidades como Madrid (4.009€/m2), Barcelona (4.208€/m2) e Milão (4.773€/m2)", revela a mesma plataforma. Nas cidades em estudo, os preços de venda aumentaram em média 4,5%, com a maior variação a registar-se em Madrid, onde os preços subiram 8,1%, seguida de Lisboa com 7,1% e Barcelona com 6,6%. Já em Paris, a tendência inverteu-se, com a capital francesa a registar um decréscimo de 1,7%.

A Casafari prevê que "os preços futuros das habitações estagnem ou caiam ligeiramente em 2023". Mas, mesmo com um cenário de abrandamento de preços na compra de habitação, "prevê-se que a opção de arrendamento a longo prazo continue a crescer como uma alternativa popular". 

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