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Resident Evil: A Série
MARCOS CRUZ/NETFLIXResident Evil: A Série

‘Resident Evil: A Série’ mergulha o mundo num apocalipse canibal

A Netflix promove um novo regresso a ‘Resident Evil’. Depois da série animada, estreia-se esta quinta-feira uma produção de carne e osso.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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Sem Milla Jovovich nem Paul W. S. Anderson, Resident Evil está desde o ano passado a reinventar-se em produções de carne e osso. Primeiro através de Resident Evil: Raccoon City, que serviu como reboot no cinema à saga inspirada nos videojogos da Capcom. Agora, através de Resident Evil: A Série, que se estreia esta quinta-feira, 14 de Julho, na Netflix. O que significa que passamos a ter duas histórias de Resident Evil a correr em paralelo, uma no grande ecrã, outra no pequeno, tendo em comum pouco mais do que a produtora alemã que adquiriu os direitos de adaptação em 1998, a Constantin Film. Até porque o filme (escrito e realizado por Johannes Roberts) olha para trás, enquanto a série nos lança num futuro apocalíptico em que o T-Vírus contagiou quase toda a humanidade.

A acção desta nova série passa-se em 2036, com flashbacks para 2022, quando Albert Wesker aceita mudar-se com as filhas adoptivas, Jade e Billie, para New Raccoon City, cidade construída e governada pela Umbrella Corporation, para a qual o cientista vai trabalhar. É então que Jade e Billie percebem que algo sinistro se passa e vão tentar descobrir os segredos daquela opaca organização. Aparentemente, as duas jovens estão a servir como cobaias no desenvolvimento de um fármaco, o antidepressivo Joy (Alegria), e, como se isso não fosse suficientemente perturbador, este é depois comercializado contendo o nefasto T-Vírus, que transforma humanos em zombies com exacerbadas capacidades físicas e queda para o canibalismo. Passados 14 anos, em 2036, a doença mergulhou o mundo num cenário pós-apocalíptico, em que seis mil milhões de pessoas foram infectadas e só 15 milhões escaparam. Voltamos a encontrar Jade nessa altura, a lutar pela sobrevivência e assombrada pelo passado e pelo que entretanto aconteceu à irmã.

Wesker é pela primeira vez interpretado por um actor não-branco, Lance Reddick (John Wick, Godzilla vs. Kong), e é claro que isso levantou sobrolhos. Mas o showrunner Andrew Dabb, que vem de Supernatural e mostra aqui o início do seu trabalho com a Netflix, já veio dizer que os alegados puristas (cof, cof) estão a olhar para esta mudança a partir de um ponto de vista errado. Em Maio, o argumentista lembrou a uma sala de jornalistas que a base de Resident Evil: A Série continua a ser os videojogos e que, por isso, o Wesker que conhecemos morreu em Resident Evil 5 (2009). Como é que a personagem chega aqui? É um mistério para descobrir ao longo destes oito episódios. Outro é a origem das duas irmãs, interpretadas por Ella Balinska e Tamara Smart (Jade em 2036 e 2022, respectivamente), e Adeline Rudolph e Siena Agudong (Billie em 2036 e 2022, respectivamente). Mantendo o raciocínio de Andrew Dabb, sabemos que várias crianças vítimas de experiências eugenistas receberam o apelido Wesker. Será o caso delas?

Embora já tenha passado pelos livros e pelo teatro, o universo narrativo de Resident Evil nasceu e cresceu sobretudo nos ecrãs – nas consolas, no cinema e na televisão. E não é novidade no catálogo da Netflix, que estreou no ano passado uma série animada original, Resident Evil: Infinite Darkness, que segue os acontecimentos de Resident Evil 2, a versão de 1998 do videojogo. Além de ter disponível o último filme da saga anterior, Resident Evil: Capítulo Final (2016). Não faltarão horas e horas de terror, suspense e carnificina para ver.

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