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Emily Sear/ Fashion Revolution

Revolução na moda: até domingo há conversas sobre transparência na indústria e soluções sustentáveis

Escrito por
Francisca Dias Real
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A associação Fashion Revolution põe o dedo na ferida sobre a verdade na indústria da moda e desafia-o a participar na Fashion Revolution Week. Decorre até 26 de Abril com conversas nas redes sociais sobre moda, e iniciativas de apoio aos hospitais e às unidades de acolhimento a sem-abrigos. 

Já se questionou sobre quem faz as suas roupas? Sabe o que acontece às suas roupas quando as deita fora? Se nunca pensou nisso, está na hora, que a Fashion Revolution já o fez por si e vai continuar a lançar o desafio a nível mundial. A associação quer alertar para os padrões de consumo rápido a que estamos habituados e que promovem uma cadeia de produção e consumo não sustentáveis. 

Por cá, somos representados pela Fashion Revolution Portugal que dá continuidade ao movimento internacional com eventos – coisa que, em situações ditas normais, aconteceria agora com a Fashion Revolution Week, que teria conversas, workshops e até mercados de trocas para alertar para uma indústria de moda mais justa, segura e transparente. 

Não sendo possível, o Instagram e o Facebook estão a ser desde esta segunda, 20 de Abril, o palco da edição deste ano. “Mais do que nunca, num momento de pausa e introspecção, é importante trazer à tona o comércio local do qual faz parte a grande maioria dos negócios de moda sustentável, ser transparente em relação às actuais dificuldades e colaborar no sentido de revolucionar um sistema já há muito obsoleto”, explica em comunicado Salomé Areias, que coordena o movimento em Portugal. 

Até domingo, 26, há programação no Instagram em torno do sector da moda. Esta quarta, às 17.00, assista a um #haulternative, onde a blogger Peggy Heart abre as portas do seu guarda-roupa e mostra as alternativas ao consumo de moda rápida, moderado pela activista ambiental Joana Guerra Tadeu. Às 18.00, será Eunice Maia, responsável pela loja Maria Granel, a falar sobre desaceleração e comércio local. 

Na quinta, discute-se branding, transparência e sustentabilidade com Joana Campos Silva, especialista em estratégia e desenvolvimento de marcas de moda, também com moderação de Joana Guerra Tadeu. Às 18.00, a equipa da Green Tag estará a falar sobre o impacto da crise nas marcas sustentáveis. Na sexta-feira, o dia começa com Ana Costa, da marca Baseville, a discutir o tema sustentabilidade 360º com Joana Guerra Tadeu (17.00) e mais tarde, às 18.00, a Fashion Revolution Portugal põe em cima da mesa o tema exploração laboral em Portugal. Às 19.00, a activista Carolina Salgueiro Pereira debate o feminismo na escravatura moderna.

Sábado é dia da actriz Joana Seixas apresentar o seu projecto – I Met God, She's Green– às 17.00; no domingo ligue-se ao Youtube da Fashion Revolution para um Virtual Stich&Bitch (17.00). 

Em paralelo, a Fashion Revolution Portugal está também a mobilizar ajuda para a criação de equipamento hospitalar com o projecto Sul em Ação (informações:sul.em.acao@gmail.com). Além disso, estão a incentivar e a direccionar apoios para as unidades de acolhimento aos sem-abrigo, com recolha de bens como roupa, cobertores ou produtos de higiene. 

A Fashion Revolution é uma associação britânica sem fins lucrativos, que surgiu depois do colapso do complexo têxtil do Rana Plaza, no Bangladesh, em 2013, que causou a morte de mais de mil trabalhadores – era lá que se encontravam confecções de marcas como Primark ou H&M. 

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