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Francisco Romão Pereira RubyRosa

RubyRosa. Um speakeasy com a coquetelaria de outros tempos e uma vista 360º

Há um novo bar no último piso do hotel Lisbon Art Stay, com um interior inspirado numa caixinha de jóias e uma vista panorâmica sobre a cidade.

Teresa David
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Teresa David
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Apesar de morar na Baixa, onde os negócios que o circundam tentam sobressair entre os demais, o RubyRosa é praticamente indetectável. Não há sinalética alguma e, para lá chegar, é preciso entrar dentro de um hotel e subir até ao último piso. Podia ser invulgar, não fosse o espaço inspirado nos speakeasies – estabelecimentos que vendiam álcool ilegalmente durante a Lei Seca, uma lei norte-americana em vigor de 1920 a 1933, que proibia a produção, o transporte e o comércio de bebidas alcoólicas. “Pegámos nesse conceito para criar um espaço que fosse escondido, porque o bar não tem uma porta para a rua. Só quem sabe é que consegue vir cá ter”, diz Francisco Remondes, um dos responsáveis pelo novo RubyRosa e por outros projetos do hotel Lisbon Art Stay, como o restaurante-bar Navega. 

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Francisco Romão PereiraRubyRosa

“É algo mais exclusivo, mais intimista”, acrescenta a gerente, Mariana Axel. Também por isso, a estética do interior assemelha-lhe a uma caixinha de jóias, com as paredes e o tecto espelhados a lembrar um diamante. “Quisemos pegar na parte mais preciosa, mais exclusiva, do que são as jóias”, justifica Francisco. Uma interpretação da designer de interiores Chiara Gerer, que encheu o espaço de padrões, apontamentos de arte, e, claro, tons rosa. O exterior, com uma vista 360º, é outro ponto alto. 

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Francisco Romão PereiraKnickerbocker

O espaço e a vista impressionam, mas a prata da casa é mesmo a coquetelaria de Alex Camargo, o autor da carta de cocktails clássicos, da época da Lei Seca, e de assinatura. Nos clássicos, o knickerbocker (15€), uma bebida adocicada, cítrica e frutada, feita com calda de framboesa, licor de casca de laranja e sumo de lima é uma boa escolha; e nos de assinatura vá pelo bold fashioned (15€), com um perfil cítrico, encorpado e amargo, preparado com cachaça, caramelo, melaço de cana com romã, amaro averna e bitters.

Também há opções sem álcool, entre elas o weisberry (11€), com xarope de framboesa e weissbier. A acompanhar, uns petiscos do chef Marcus Stoll, como o bembom de pato (12) em grué de cacau, melgão, castanha portuguesa e redução de líchia e o tártaro de coco (10€) com pepino, maçã verde, aipo, gengibre, manjericão e crumble salgado de lima. No total, o RubyRosa senta apenas 35 pessoas, e por isso há ainda uma sala de espera, onde é servido espumante. 

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Francisco Romão Pereira

“Vamos aproveitar o Verão para fazer sunset parties. No Inverno vamos manter todo este conceito do speakeasy, da coquetelaria de excelência”, revela a gerente. Além disso, este será também um sítio para eventos privados. Em Março, o Lisbon Art Stay ganha uma outra sala – o Fancy, um espaço de festa com DJ sets.

Rua dos Sapateiros 158 (Baixa). Seg-Dom 14.00-23.00

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