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System Of A Down regressam a Portugal 15 anos depois

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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A banda norte-americana é o cabeça-de-cartaz da próxima edição do VOA – Heavy Rock Festival, que a 2 e 3 de Julho de 2020 se muda para o Estádio Nacional. Álbum novo, nem vê-lo.

A digressão europeia dos System Of A Down, agendada para o Verão de 2020, vai passar por Oeiras. A banda, que se notabilizou nos anos da mudança de século pela abordagem simultaneamente punk e melódica ao metal, é a primeira grande confirmação do VOA – Heavy Metal Festival. Se isso acontecerá a 2 ou a 3 de Julho, os dois dias em que decorre o festival, ainda não é certo. O que se sabe desde já é que será no Estádio Nacional.

Há 15 anos que os System Of A Down não passavam por Portugal. Em 2005, integraram a comitiva de peso que o Super Bock Super Rock levou ao Parque Tejo – e que incluía ainda Marilyn Manson, Slayer, Mastodon ou Ramp. Na altura, estavam a promover Mezmerize, o primeiro dos dois álbuns que editaram nesse ano; o outro foi Hypnotize, o último agora. A banda cessou actvidade no ano seguinte, regressando em 2010 só para actuar ao vivo. 

As divergências criativas no seio do quarteto têm travado a edição (e até a gravação) de um novo trabalho. Apesar de os elementos da banda não serem totalmente explícitos, depreende-se que de um lado está o vocalista e guitarrista Serj Tankian e do outro Daron Malakian (guitarra), Shavo Odadjian (baixo) e John Dolmayan (bateria), uma vez que estes últimos revelaram terem composto “10 ou 11 canções” juntos há cerca de dois anos.

“Acho que somos capazes de ultrapassar o que quer que seja. Não como se alguém tivesse feito algo tão horrível que não se consiga ultrapassar. Nada disso. São apenas diferenças criativas que estão a durar há tempo demais para mim, para o meu gosto”, disse Shavo Odadjian, recentemente, aos microfones da rádio americana SiriusXM. Para o baixista, a banda já poderia ir no “nono ou no décimo álbum”, em vez de estar a pensar no sexto.

O disco que tornou os System Of A Down num fenómeno internacional foi Toxicity, em Setembro de 2001. É aí que se encontram êxitos como “Chop Suey!”, “Aerials” ou “B.Y.O.B.”. A banda actuou em Lisboa e em Coimbra no ano seguinte, no seguimento do multiplatinado álbum e alguns meses antes de Steal This Album! chegar às lojas. Mas os System Of A Down já tinham estado em Portugal em 1998, com o disco de estreia homónimo, editado nesse mesmo ano, a abrir para um concerto de Slayer.

Quarenta milhões de discos vendidos depois (muito graças à vaga de nu metal dos anos 2000), o grupo é agora o principal chamariz para os passes “early birds” que o VOA põe à venda nesta sexta-feira, dia 20. No caso, o inglês para pássaros madrugadores significa que quem comprar bilhete para os dois dias com tanta antecipação paga apenas 70€, e não os 80€, que é o preço normal que os passes terão a partir das 10.00 de segunda-feira. Os bilhetes diários custarão 50€.

Recorde-se que o VOA, que deveria ter acontecido este ano no Estádio do Restelo, acabou por decorrer no Altice Arena devido a “problemas de segurança”. Em 2020, “assumindo a visão itinerante que faz parte do seu ADN”, como escreve em comunicado a promotora Prime Artists, o festival volta a mudar-se – desta feita para o Estádio Nacional do Jamor, em Oeiras. A sigla, de resto, vem do nome original: Vagos Open Air. Foi na vila de Vagos que nasceu este festival dedicado ao metal, em 2009. Cumpriu sete edições naquela vila do distrito de Aveiro e, em 2016, rumou a Sul, instalando-se em Corroios durante dois anos. Em 2018 não houve festival.

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