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'The End of the F***ing World' é a primeira grande série do ano

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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The End of the F***ing World é uma adaptação livre da fulgurante banda desenhada (quase) homónima de Charles Forsman. Uma história de violência e amor adolescente em oito episódios, já disponíveis na Netflix.

Ou melhor, é uma história de amor, estrada e violência (por esta ordem). Uma narrativa tipicamente americana, transferida para o Reino Unido, nesta adaptação – o original passa-se nos Estados Unidos.

A mudança de localização não é a única diferença entre as duas versões. Charlie Covell, que assina esta adaptação, tomou muitas liberdades criativas, e limou as arestas do original, bem mais cru. No entanto, a maior parte das mudanças foram para melhor, e funcionam melhor em televisão.

James (Alex Lawther) é um adolescente e possível psicopata que se fartou de matar pequenos animais e decidiu matar uma pessoa – uma das mudanças mais difíceis de compreender. Alyssa (Jessica Barden, deslumbrante) é uma rapariga insurrecta e descontente com a estupidez apaziguada dos seus pares, das colegas da escola à mãe.

Ela sente-se atraída pela atitude meio desligada, e misteriosa dele; ele vê nela uma primeira vítima tão boa como outra qualquer. É o início de uma história de amor fora do vulgar, que os leva numa viagem de descoberta pessoal, violenta e trágica.

É diferente, mas não singular. Há pontos de contacto óbvios com Noivos Sangrentos (Badlands, 1973), de Terrence Malick, ou Amor à Queima-Roupa (True Romance , 1993), realizado por Tony Scott e escrito por Tarantino. No entanto tem uma atitude e estética diferentes de qualquer um destes filmes, moderna e descomplexada, indie mesmo (Submarino, de Richard Ayoade, também ecoa aqui), reflectida na jubilante banda sonora.

É a primeira grande série do ano.

 

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