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Filmes originais da Netflix
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Pausa nas séries. Eis os filmes originais Netflix que tem de ver

Com uma forte aposta no cinema, a Netflix ganha cada vez mais peso em Hollywood. Estes 25 filmes originais mostram porquê.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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A Netflix não pára de crescer. Depois de mudar a forma como vemos séries de televisão – em streaming, tudo de uma vez –, este colosso do audiovisual está também a mudar a toda-poderosa indústria do cinema. Ano após ano, vai conquistando terreno às grandes produtoras norte-americanas, seduzindo realizadores, argumentistas e intérpretes de topo para os seus projectos. São os casos de Martin Scorsese, Alfonso Cuarón, Aaron Sorkin, Noah Baumbach, Anthony Hopkins, Meryl Streep, Robert De Niro, Leonardo DiCaprio, Viola Davis, Jennifer Lawrence, etc, etc. Agora, os filmes que se estreiam na sala (nas nossas salas de estar) dão tanto que falar como as estreias em sala. Estes filmes originais Netflix são disso prova.

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Filmes originais Netflix que tem de ver

A Mão de Deus

Um filme profundamente autobiográfico, e de uma lhaneza formal e emocional tocante. O realizador Paolo Sorrentino (A Grande Beleza) evoca a sua juventude na Nápoles da década de 80, quando Diego Maradona foi jogar para o clube local, a sua família patusca, a tragédia que o deixou e aos irmãos órfãos, e a sua decisão de ser cineasta. A sombra de Fellini paira sobre A Mão de Deus e o mestre até faz uma aparição.

A Oeste Nada de Novo

Uma nova adaptação do best-seller pacifista de Erich Maria Remarque, passado nas trincheiras da I Guerra Mundial, assinada pelo realizador alemão Edward Berger e de produção anglo-germânica-americana. Com Daniel Brühl, Sebastian Hülk e Albrecht Schuch, levou quatro Óscares para casa, nas categorias de Filme Internacional, Banda Sonora Original, Fotografia e Design de Produção.

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Beasts Of No Nation

Foi o primeiro grande filme de ficção da Netflix e chegou mesmo à competição do Festival de Veneza, um dos mais importantes e antigos da indústria do cinema. Beasts of No Nation, de Cary Fukunaga, conta a história de Agu, interpretado por Abraham Attah, um miúdo que se vê sem nada quando a guerra civil dilacera a sua família. Tal como no livro do escritor de origem nigeriana Uzodinma Iweala, perante a devastação da guerra civil, Agu é forçado a aderir a um grupo de guerrilheiros mercenários, liderados por Idris Elba, e transforma-se em soldado-menino.

Chamem-me Dolemite

Realizado por Craig Brewer, Chamem-me Dolemite marca o regresso de Eddie Murphy à sétima arte, bem ao seu estilo. O artista Rudy Ray Moore (Murphy), decidido a transformar a sua vida, desenvolve uma personagem ultrajante chamada Dolemite, que se torna uma sensação para um público restrito. Anti-regras e brutalmente determinado, Dolemite põe em prática o plano necessário para alcançar o sucesso em massa, numa viagem que tem tanto de cómica como de dramática.
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Diamante Bruto

Howard Ratner (Adam Sandler) é um negociante de diamantes de Nova Iorque que já foi bem-sucedido, mas o vício do jogo acabou por lhe deixar a carreira e a família em ruínas. Sempre à procura da próxima grande aposta, Howard acha que o seu grande momento finalmente chegou quando se cruza com uma pedra preciosa etíope, para a qual tem um comprador alinhavado. Mas, quanto mais próximo Howard pensa que está da fortuna, mais ele é forçado a perceber que não pode continuar a fugir das consequências das suas acções.

Glass Onion: Um Mistério Knives Out

Daniel Craig volta a personificar o detective sulista Benoit Blanc neste segundo filme da série iniciada em 2019 com Knives Out: Todos São Suspeitos, de novo escrito e realizado por Rian Johnson. Desta feita, Blanc desloca-se até à Grécia para investigar um novo caso de assassínio. O elenco conta também com Edward Norton, Kate Hudson e Dave Bautista e, curiosamente, ambos os filmes Knives Out conseguiram uma nomeação nos Óscares para Melhor Argumento.

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Já Não Pertenço a Este Mundo

Vencedor do prémio para Melhor Filme no Festival de Sundance, esta comédia negra de Macon Blair conta a história de Ruth (Melanie Lynskey), uma auxiliar de enfermagem que está a passar por uma crise existencial. Mas Ruth descobre um novo sentido para a sua vida quando a sua casa é vandalizada, e ela decide perseguir os assaltantes. Acompanhada pelo vizinho Tony (Elijah Wood), um rapaz estranho e entusiasta das artes marciais, acaba por dar por si em situações de extremo perigo.

Mank

Gary Oldman é Herman J. Mankiewicz (Mank), o dramaturgo a quem Orson Welles (Tom Burke) recorre para o ajudar a escrever Citizen Kane – O Mundo a Seus Pés, nesta longa-metragem realizada por David Fincher, a partir de um argumento do seu pai, Jack Fincher, que aguardava financiamento desde 1997. O filme revisita a Hollywood dos anos 30 e 40 sob o olhar do irreverente e alcoólico Mank, enquanto este termina de escrever o guião daquele que é considerado por muitos o melhor filme de sempre.

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Ma Rainey: A Mãe do Blues

Realizado por George C. Wolfe, com Viola Davis e Chadwick Boseman nos papéis principais, os da cantora Ma Rainey e do trompetista Levee, o filme é uma adaptação da peça homónima de August Wilson. A história passa-se em 1927, quando uma banda se junta para gravar com a rainha dos blues, Ma Rainey, e a tensão entre todos começa a manifestar-se. Foi o último filme de Boseman antes de morrer, aos 43 anos.

Marriage Story

Seria difícil imaginar outra forma para Noah Baumbach abrir o jogo do que com doçura. Foi exactamente isso que aconteceu em Marriage Story, o drama agitado e profundo que, arriscamo-nos a dizer, é uma das melhores obras da sua carreira. Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver), um casal de Brooklyn, apresentam-se por meio de um diário duplo, co-narrado, à medida que vamos assistindo a trechos das suas vidas: fatias de pizza, histórias contadas à hora de dormir, metros perdidos na estação.

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Não Olhem Para Cima

Comédia satírica e de ficção científica de Adam McKay, com Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence nos papéis de um professor de astronomia e uma sua estudante, que descobrem que há um gigantesco cometa em rota de colisão com a Terra, embora ninguém pareça estar preocupado com isso. Também com Meryl Streep, Cate Blanchett e Jonah Hill, recebeu quatro indicações aos Óscares, incluindo o de Melhor Filme e Melhor Argumento Original.

Nyad

Annette Bening e Jodie Foster interpretam este filme baseado numa história real. A da jornalista, autora e atleta americana Diana Nyad, que aos 60 anos, e com a ajuda da sua melhor amiga e treinadora, foi nadar as 110 milhas (177 quilómetros) que separam Cuba da Florida, sem recorrer à utilização de uma gaiola contra tubarões.

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O Assassino

Há muitos anos que David Fincher queria filmar a série de álbuns de banda desenhada francesa The Killer, da dupla Matz/Jacamon. Só agora o conseguiu, com produção da Netflix. Esta versão cinematográfica (bastante livre) tem Michael Fassbender no papel do título, e é como que um manual filmado do ofício de assassino de elite solitário e impassível. A história cabe num dedal: o Assassino falha um trabalho em Paris, a sua namorada sofre as represálias pelo falhanço na República Dominicana, onde vive e aquele tem uma luxuosa casa de praia, e lá vai o matador procurar e punir os responsáveis.

O Conde

O ditador chileno Augusto Pinochet morreu em 2006, mas neste filme de Pablo Larraín não só está vivo como tem 250 anos. Nesta sátira, Pinochet é um vampiro, numa história cheia de metáforas sobre os poderes instalados (igreja incluída) e como sugam tudo à sua volta. Filmado a preto e branco, a fotografia é um dos pontos fortes desta produção, assim como o argumento, assinado por Larraín e Guillermo Calderón, que se sagrou vencedor no Festival de Cinema de Veneza.

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Okja

Durante dez anos, Mikha (An Seo Hyun) criou um estranho e enorme animal, uma espécie de porca gigante, a quem deu o nome de Okja, na sua casa nas montanhas da Coreia do Sul. As duas viviam pacificamente até ao dia em que uma grande multinacional vê em Okja uma forma de ganhar dinheiro, levando-a para Nova Iorque, onde a CEO Lucy Mirando (Tilda Swinton) tem grandes planos para o animal. É então que a menina empreende uma perigosa missão de resgate. Um filme para todos os amantes dos animais e que levantou algumas questões como o activismo animal, a ganância corporativa e a ética científica.

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O filme de Martin Scorsese é a longa despedida do realizador a uma geração extinta de mafiosos, e ao próprio género de gangsters tal como ele o definiu e celebrizou. Robert De Niro interpreta Frank Sheeran, o irlandês do título, que serviu a Máfia ao longo de várias décadas, foi muito próximo do desaparecido líder sindical Jimmy Hoffa, e já velho e doente, tendo sobrevivido a toda a gente, recorda esses tempos. Em O Irlandês, o Scorsese de Tudo Bons Rapazes e Casino encontra o Scorsese de A Última Tentação de Cristo e Silêncio. A sobreexcitação visual e a violência espectacular são substituídos pela calma, pela compostura, pela melancolia, pelo peso do tempo, pela agonia moral e pelo sentimento de culpa. Também com Al Pacino num Hoffa espalha-brasas e Joe Pesci surpreendente num chefe mafioso todo ele ponderação, bom senso e discrição. Até quando manda matar alguém, é de forma reservada.

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O Outro Lado do Vento

O lendário Orson Welles começou a filmar o seu último filme em 1970 e passou vários anos a rodá-lo, morrendo antes de o concluir, em 1985. Ficou inacabado, mas estreou-se finalmente no Festival de Veneza em 2018 e pouco depois chegou à Netflix, com nomes como John Huston, Peter Bogdanovich, Susan Strasberg e Oja Kodar no elenco. É a história presciente de um realizador que regressa a Los Angeles depois de um autoexílio na Europa. Ao mesmo tempo uma homenagem à velha Hollywood e ao que se seguiu.

O Poder do Cão

Vencedor do Festival de San Sebástian, Prémio de Melhor Realização no Festival de Veneza e o título mais nomeado para os Óscares de 2022, o filme de Jane Campion passa-se em 1925, num rancho do Montana, propriedade de dois irmãos com personalidades opostas: um é bondoso, o outro boçal. Quando um deles se casa com uma viúva que tem um filho muito sensível, a tensão instala-se no rancho. Com Benedict Cumberbatch, Jesse Plemons, Kirsten Dunst e Kodi Smit-McPhee.

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Os 7 de Chicago

A longa-metragem de Aaron Sorkin passa-se no final dos anos 1960, quando a Guerra do Vietname era altamente contestada e um grupo de activistas é levado a tribunal, acusado de ser o responsável por causar confrontos violentos entre manifestantes e a polícia, durante uma convenção nacional do Partido Democrata em Chicago. Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt  e Alex Sharp são alguns dos nomes no elenco.

Pieces of a Woman

É o primeiro filme em inglês do húngaro Kornél Mundruczó, cuja narrativa explora as consequências e o luto de um parto dramático. Vanessa Kirby (The Crown) e Shia LaBeouf (Transformers) formam uma família desolada por um parto caseiro que resulta na perda da filha. O plano-sequência que abre o filme tem dado que falar pela intensidade com que a actriz desempenha a longa cena de 20 minutos. Ellen Burstyn é a avó metediça que leva o caso para os tribunais à procura de justiça, apesar de a filha desolada ser contra.

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Pinóquio de Guillermo del Toro

Depois da versão de Robert Zemeckis para a Disney, o clássico de Carlo Collodi ganhou mais uma adaptação, esta em animação de volumes, agora sob a égide de Guillermo del Toro. Conta com as vozes de nomes como Gregory Mann, Ewan McGregor, Ron Perlman, Cate Blanchett ou Christoph Waltz, e é uma visão mais sombria da história do menino de madeira que aspira a ser humano. Uma produção que arrecadou, sem surpresas, o Óscar de Melhor Filme de Animação de 2022.

Roma

Roma, de Alfonso Cuarón, foi o primeiro filme da Netflix a conquistar um grande prémio de cinema: o Leão de Ouro em Veneza. É apontado por muitos como o melhor filme do realizador que conquistou os Óscares em 2014 com Gravidade. É também o mais pessoal: são as memórias de infância de Cuarón numa clara homenagem à empregada doméstica que ajudou a criá-lo. O filme, a preto e branco, reconstitui a casa onde o realizador nasceu, num bairro burguês, Roma, da Cidade do México.

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The Meyerowitz Stories (New and Selected)

Adam Sandler, Ben Stiller, Dustin Hoffman, Elizabeth Marvel e Emma Thompson são as estrelas do elenco de The Meyerowitz Stories (New and Selected), mais um filme de Noah Baumbach sobre a complexidade das relações familiares. Três irmãos adultos enfrentam relações familiares difíceis com o pai, um artista nova-iorquino mal-humorado.

The Two Popes

Frustrado com a direcção da Igreja, o cardeal Bergoglio (Jonathan Pryce) pede permissão ao Papa para se aposentar, em 2012. Em vez disso, enfrentando escândalos e dúvidas, o introspectivo Papa Bento XVI (Anthony Hopkins) convoca o seu mais severo crítico e futuro sucessor ao Vaticano para lhe revelar um segredo que abalará os pilares da Igreja Católica. Por detrás dos muros do Vaticano começa uma luta entre tradição e progresso, culpa e perdão, entre dois homens muito diferentes que enfrentam o seu passado para encontrar um terreno comum e criar um futuro.

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Tick, Tick… BOOM!

Lin-Manuel Miranda adapta aqui o musical autobiográfico de Jonathan Larson, o criador de Rent, passado na década de 90. Andrew Garfield interpreta Jon, um jovem compositor à beira dos 30 anos, que trabalha como empregado de mesa enquanto escreve aquele que espera ser o próximo grande musical da Broadway. O papel valeu-lhe a indicação ao Óscar para Melhor Actor.

Mais filmes para ver na Netflix

  • Filmes
  • Documentários

Nem só de grandes séries se faz a gigante do streaming. Os documentários são, nos últimos anos, outras das razões do sucesso da Netflix e parecem despertar cada vez mais atenção; pelo factor humano, pela curiosidade, porque as grandes histórias precisam sempre de ser contadas, mas nem sempre precisamos de um filme ou, lá está, de uma série. A crueza da realidade é muitas vezes a receita necessária ao sucesso, e o registo documental é o epicentro desse olhar. Estes são os 21 documentários na Netflix que tem mesmo de ver.

  • Filmes
  • Romance
  • preço 1 de 4

A oferta cinematográfica na Netflix é limitada ou pelo menos relativamente volátil – hoje um determinado filme está lá, amanhã (ou no mês que vem) não sabemos. Mesmo assim, começando por Os Bons Amantes (1986) e acabando em Marriage Story (2019), encontrámos na maior das plataformas de streaming uma dúzia de filmes românticos que vale a pena ver (ou rever) agarradinho ao mais que tudo. Ou então sozinho e a queixar-se de como o mundo é injusto. Também está a valer. Espreite as nossas sugestões de filmes em que o romance é a peça central, seja para chorar a rir ou para chorar-chorar.

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