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The Last of Us: Part II Remastered
DRThe Last of Us: Part II Remastered

‘The Last of Us: Parte II Remastered’ eterniza um ciclo de violência

‘The Last of Us: Parte II Remastered’ não precisava de existir. Mas os conteúdos adicionais justificam mais umas horas passadas com o jogo de 2020.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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★★★★☆

Quando a Sony lançou The Last of Us: Parte I na PlayStation 5, há pouco mais de um ano, leu-se nas páginas da Time Out Lisboa que “era escusado” alguém ter perdido tempo a polir e reeditar um título que, na altura, nem dez anos tinha. E a existência deste The Last of Us: Parte II Remastered é tão ou mais desnecessária – o original foi editado há apenas três anos e meio, na PlayStation 4, e as diferenças visuais entre as duas versões, na PS5, são mínimas; além disso, a segunda parte da história de Joel e Ellie fica aquém da primeira.

Não obstante, a sua existência é compreensível. A edição de The Last of Us: Parte I (2022) precedeu a estreia da sua adaptação televisiva na HBO e a remasterização do mais recente título cumpre a mesma função antes da estreia da segunda temporada, que vai adaptar o argumento desta sequela. E a sua história de vingança, trauma e ciclos de violência é, hoje, mais pertinente do que nunca – mesmo os elementos e decisões que em 2020 pareciam questionáveis ganharam outra gravidade desde então. Além disso, a arquitectura dos níveis mantém-se irrepreensível, tal como a implementação das mecânicas e sistemas de acção furtiva e sobrevivência. Do ponto de vista técnico, poucos videojogos se comparam a este.

Um ramalhete de conteúdos adicionais 

O maior ponto a favor de The Last of Us: Parte II Remastered, porém, é a maneira como a Sony está a vendê-lo. Enquanto o anterior remake foi lançado com um preço de 79,99€ ou 89,99€ pela versão deluxe, esta remasterização custa apenas 49,99€, exactamente o mesmo preço da edição digital deluxe de The Last of Us: Parte II. E quem tiver comprado o jogo para a PS4 pode fazer a actualização para esta nova versão por 10€, como se fosse apenas uma expansão ou um pacote de conteúdos adicionais. Porque, de certa forma, é isso que é.

Quem tiver começado embarcado nesta aventura em 2020, ou nos anos posteriores, pode importar os dados guardados e continuar a partir de onde parou, reviver a narrativa desde o início, ou experimentar apenas os novos níveis e modos de jogo e ignorar o resto. Além da história que já conhecemos e que agora pode ser acompanhada por comentários dos autores, há três “Níveis Perdidos”, sequências que foram cortadas do título de 2020 e podem agora ser exploradas pela primeira vez; ou um minijogo que nos convida a tocar guitarra com um de três personagens: Ellie, Joel ou Gustavo (Santaolalla, o oscarizado autor da banda sonora).

O melhor, porém, é mesmo o novo modo roguelike, intitulado “No Return”. Controlando um de dez avatares – cada um com as suas características e fraquezas – que vão sendo desbloqueados à medida que se completam objectivos específicos, temos de vencer sucessivas vagas de inimigos. Sempre que morremos, há que começar do início. Apesar de reaproveitar os personagens e os cenários de The Last of Us: Parte II, é uma experiência completamente nova. E o grande trunfo desta edição aumentada e definitiva.

Disponível para PlayStation 5

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