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Tiago Rodrigues, director artístico do D. Maria II, vence Prémio Pessoa

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Júri reconhece o “contributo notável para o desenvolvimento do campo das artes performativas portuguesas”. Tiago Rodrigues é o 33.º vencedor do Prémio Pessoa, anunciado esta sexta-feira no Palácio de Seteais, em Sintra.

Aos 42 anos, Tiago Rodrigues recebeu uma das mais importantes distinções no país. O director artístico do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) recebeu o prémio Pessoa pela sua “carreira de excepcional projecção dentro e fora do país”.

O júri, presidido por Francisco Pinto Balsemão e Emílio Rui Vilar, reconhece o “ambicioso projecto de internacionalização” do TNDMII, ao qual Tiago Rodrigues “imprimiu um novo dinamismo desde logo reconhecido pela crítica e pelo público”. A nota do júri destaca ainda “o papel que, sob sua orientação, o Teatro Nacional tem vindo a desempenhar na articulação com os projectos teatrais independentes e com a circulação de produções por todo o país”.

O encenador, dramaturgo e produtor teatral nasceu na Amadora, em 1977, e começou por pisar o palco com os Artistas Unidos, de Jorge Silva e Melo, antes de trocar, aos 21 anos, a escola de teatro pela companhia belga tg STAN, com a qual colaborou até 1998. Mais tarde, em 2003, co-fundou o projecto Mundo Perfeito, através do qual apresentou mais de três dezenas de produções, tanto em Portugal como em alguns dos mais importantes palcos internacionais. 

Premiado, em 2012, com um Globo de Ouro, com “Três Dedos Abaixo do Joelho”, e o prémio de Teatro da Sociedade Portuguesa de Autores, Tiago Rodrigues já deu aulas em Portugal e em Bruxelas, tendo sido inclusive o coordenador da única licenciatura em Artes Performativas de Lisboa, na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. No currículo, conta ainda com trabalhos como actor e argumentista, para cinema e televisão, ainda antes de se iniciar como director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em 2015.  Actualmente, está em Londres a encenar com a Royal Shakespeare Company a peça Blindness and Seeing, uma adaptação de dois romances de José Saramago: Ensaio sobre a Cegueira e Ensaio sobre a Lucidez.

O Prémio Pessoa, entregue pela primeira vez em 1987 ao historiador José Mattoso, é uma iniciativa conjunta do jornal Expresso e da Caixa Geral de Depósitos. Tem o valor de 60 mil euros e distingue, a cada ano, uma personalidade portuguesa com “intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica”. 

Na edição deste ano, integraram ainda o júri Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Maria de Sousa, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.

No ano passado, o premiado foi o investigador e biogeógrafo Miguel Bastos Araújo, um dos maiores especialistas no impacto das alterações climáticas na biodiversidade. 

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