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Tozzi
Gabriell Vieira

Tozzi: isto é uma forneria moderna

Marina Wisniewski e Heitor Américo trouxeram a Tozzi até Lisboa. Em São Sebastião, há novas pizzas e sandes feitas com massa napolitana.

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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“Não é necessariamente uma pizzaria”, explica Marina Wisniewski, do outro lado do balcão, enquanto Heitor Américo, mais conhecido por Tozzi, finaliza uma pizza para levar ao forno. É mais uma forneria, descrevem os donos, ao mesmo tempo que entram os primeiros clientes do dia. Afinal, aqui tudo passa pelo forno. A Tozzi Forneria Moderna abriu há coisa de um mês e meio, em São Sebastião, mas os dias têm sido de grande azáfama, apesar das contrariedades que a pandemia trouxe aos negócios de restauração. Antes de chegarem a Lisboa, passaram por Cacilhas, mas a mudança para a capital acabou por revelar-se a mais acertada.

Em 2018, Marina e Tozzi decidiram deixar o Brasil e mudar-se para Portugal. Cozinheiros de formação, trabalharam em vários tipos de restaurantes – de fine dinings a cafetarias especializadas. Tozzi, 26 anos, é um entusiasta do pão e das massas, conta Marina, 27. Quando trabalhavam no The Royal Rawness, em Marvila, cruzaram-se com um napolitano que lhes ensinou a arte de fazer pizzas napolitanas. E assim surgiu a ideia de servir pizzas e sandes, feitas a partir de massa fermentada durante 48 horas com farinha com um nível de hidratação de 80%. Querem-se muito leves, finas e com bolsas de ar nos rebordos. E é exactamente assim que nos chegam ao prato. A tentação é deixar arrefecer de tão quente que está, mas Tozzi interpela: “Tem de comer assim, enquanto está quente”.

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A Française, a pizza com figosGabriell Vieira

As pizzas foram todas pensadas pelos dois. Há, claro, os sabores mais clássicos, como a margheritta (10€), com mozzarella fior de latte, azeite e manjericão fresco, a Formaggi (10€), recheada com fior de latte, grana padano, manchego e feta, ou a Pepperoni (10€), que acompanha com salame seco e cebola roxa. Se quiser fugir às tradicionais, aposte na Pop-up (12€), uma junção da Formaggi e da Pepperoni – foi a que nos chegou à mesa e não desiludiu. Tem também a St.Mustard (12€), que combina uma linguiça artesanal, com queijo scamorza affumicata, mostarda fermentada e rebentos de dill. Aproveitando a sazonalidade de alguns produtos, encontra agora no cardápio a Française (12€), com figos e queijo brie. 

As sandes são feitas com a mesma massa e são generosas de tamanho (10€ todas). A mais intrigante será a que leva bifana cozida a baixa temperatura, molho de vinho, especiarias e mostarda fermentada. Se preferir um pouco de picante, entregue-se à de kimchi. A mistura e fermentação são caseiras. Tem direito à linguiça e acompanha com azeite de coentros.

Num estabelecimento em que tudo é feito de raiz, a bebida teria de seguir a mesma premissa. O vinho é natural e tem a chancela d’Os Goliardos. A cerveja, por sua vez, é oriunda da Mecânica Craft Beer, a nova cervejeira de Marvila.

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O pudim Gabriell Vieira

 Nas sobremesas, o pudim brûlée (3€), servido gelado, a fazer lembrar um sorvete, finaliza um repasto que nos relembra que há cada vez melhores pizzas em Lisboa.

"Pomos o coração aqui dentro”, garante Marina. No Brasil, com amigos, “sempre falámos que o Tozzi teria um restaurante”. A profecia concretizou-se e a Tozzi está de portas abertas. Se estiver a pensar fazer uma visita, não deixe de reservar. O espaço no interior é limitado e só aceitam grupos até oito pessoas. Se preferir, pode fazer a encomenda pela Uber Eats ou passar por lá e levantar o pedido.

Rua Latino Coelho, 69A (S.Sebastião). 21 598 2066. Ter-Dom 11.45-15.00/ 17.30-23.00.

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+ Onde comer uma margheritta em Lisboa

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