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Tudo o que precisa de saber antes de ver ‘Furiosa: Uma Saga Mad Max’

George Miller volta ao seu universo pós-apocalíptico com a prequela de ‘Mad Max: Estrada da Fúria’, feita com recurso a um orçamento astronómico.

Escrito por
Eurico de Barros
Furiosa: Uma Saga Mad Max
DRFuriosa: Uma Saga Mad Max
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Em 2015, George Miller regressou à saga Mad Max com um quarto filme, Mad Max: Estrada da Fúria, já sem Mel Gibson no papel do lacónico e solitário herói pós-apocalíptico (e a fazer bastante falta). Tom Hardy veio substituí-lo, mas Charlize Theron disputou-lhe o centro de atenção da fita no papel de Imperator Furiosa. Ela é uma mulher com tanta capacidade de sobrevivência como Max, e que se revolta contra o tirânico Immortan Joe, fugindo ao seu jugo com o jovem harém dele, e arrastando Max com elas numa vertiginosa aventura pelas paisagens da Austrália devastada por um conflito nuclear já longínquo.

Quando Miller anunciou, em 2010, que ia fazer Mad Max: Estrada da Fúria, era sua intenção rodar ao mesmo tempo uma prequela, intitulada Mad Max: Furiosa, o que não foi possível devido a uma querela jurídica entre o realizador e os estúdios Warner Bros,. produtores dos filmes da série. Só em 2020, após ter realizado a fantasia Três Mil Anos de Desejo e haver resolvido os seus problemas com a Warner Bros., é que Miller voltou a pegar na história de Mad Max: Furiosa. Desistindo ao mesmo tempo da ideia de voltar a ter Charlize Theron no papel da personagem, rejuvenescida por computador, tal como James Mangold fez a Harrison Ford nas sequências de abertura de Indiana Jones e o Marcador do Destino.

Foi então escolhida Anya Taylor-Joy para interpretar a jovem Imperator Furiosa, bem como Alyla Brown para a personificar na infância, durante a primeira hora da narrativa. O título do filme, escrito por George Miller e Nico Lathouris, tal como já havia sucedido em Mad Max: Estrada da Fúria, foi também alterado, passando a chamar-se Furiosa: Uma Saga Mad Max, para reforçar a referência aos filmes anteriores. A história desta prequela passa-se entre 15 a 20 anos antes dos acontecimentos narrados em Mad Max: Estrada da Fúria. Furiosa vive no Lugar Verde das Muitas Mães e é raptada por uma horda de motociclistas liderada por Dementus (Chris Hemsworth), um dos muitos senhores da guerra de então. Numa das suas jornadas, vão dar à cidadela controlada por Immortan Joe (Lachy Hulme), e os dois tiranos e os seus homens combatem sem quartel pelo domínio desta. 

Furiosa: Uma Saga Mad Max
DRFuriosa: Uma Saga Mad Max

Enquanto isso, Furiosa procura sobreviver, ao mesmo tempo que planeia libertar-se de Dementus e regressar a casa, o que vai ser bastante mais difícil do que ela pensa. (Note-se que Mad Max faz uma breve aparição no filme, interpretado por Jacob Tomuri, que foi o “duplo” de Tom Hardy em Mad Max: Estrada da Fúria). Há mais uma personagem nova que tem bastante relevo e importância no argumento deste quinto filme da série. Trata-se de Praetorian Jack, vivido por Tom Burke, o condutor de um dos Carros de Guerra da horda de Dementus, e que vai ser um precioso aliado de Furiosa.

Rodado integralmente na Austrália ao longo de um ano (mais seis meses de montagem a seguir) com o astronómico orçamento de 233 milhões de dólares, Furiosa: Uma Saga Mad Max teve a sua estreia mundial na abertura do Festival de Cannes, há alguns dias, tal como havia acontecido com Mad Max: Estrada da Fúria em 2015. Numa entrevista ao The Los Angeles Times, George Miller frisou que a história, mais do que os efeitos digitais, continua a ser o elemento mais importante do filme: “A história é que manda, no que me diz respeito. Sou viciado em histórias. É um hábito de uma vida, procurar histórias que tenham muito iceberg por baixo da ponta”.

O realizador pretende ainda rodar pelo menos mais um filme desta já lendária série de ficção científica pós-apocalíptica (chegou a falar-se em dois) iniciada em 1979 com Mad Max – As Motos da Morte, e que deverá chamar-se Mad Max: The Wasteland. Quanto a um possível regresso de Mel Gibson à figura de Max Rockatansky, George Miller disse, numa outra entrevista, ser “uma possibilidade” que fica em aberto. 

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