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Os filmes em cartaz esta semana, de ‘Golda’ a ‘Rua dos Anjos’

Há todo o género de filmes em cartaz. Saiba o que ver no cinema, entre estreias em sala e no streaming e os títulos que teimam em ficar em exibição semana após semana.

Escrito por
Eurico de Barros
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Tanto cinema, tão pouco tempo. Há filmes em cartaz para todos os gostos e feitios. Das estreias em cinema aos títulos que, semana após semana, continuam a fazer carreira nas salas. O que encontra abaixo é uma selecção dos filmes que pode ver no escurinho do cinema, que isto não dá para tudo (não sobra tempo nem dinheiro). Há que fazer escolhas e assumi-las (coisa que fazemos, com mais profundidade, na nossa página de críticas). Nas semanas em que há estreias importantes de longas-metragens no streaming, também é aqui que as encontra. Bons filmes.

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Filmes em estreia esta semana

Golda

Helen Mirren personifica a primeira-ministra israelita Golda Meir nesta fita passada durante a Guerra do Yom Kippur, que se prolongou durante 19 dias de Outubro de 1973. No dia 6 desse mês, o mais sagrado de Israel e durante o Ramadão, forças egípcias, sírias e jordanas lançaram um ataque-surpresa à Península do Sinai e aos Montes Golã, e Golda Meir viu-se confrontada com a hipótese de uma catástrofe capaz de pôr em causa a sobrevivência do seu país.

O Criador

Filme de ficção científica passado durante uma guerra futura entre a humanidade e as forças da Inteligência Artificial. Um antigo elemento das forças especiais é escolhido para eliminar o Criador, o arquitecto da IA, que desenvolveu uma arma capaz de acabar com o conflito – e com a humanidade.

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Sangue

Michelle Monaghan interpreta esta fita de terror, no papel de uma enfermeira cujo filho pequeno é mordido pelo cão da família, após ter regressado do bosque, raivoso e ensanguentado. A criança piora dia após dia e a mãe descobre uma cura que a faz questionar-se sobre até onde está disposta a ir para o manter vivo. 

Rua dos Anjos

Maria Roxo e Renata Ferraz assinam este filme que mergulha na história pessoal de ambas, enquanto partilham as suas experiências e histórias pessoais, e as técnicas dos seus ofícios: o trabalho sexual e o cinema.

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Patrulha Pata: O Super Filme

Mais uma longa-metragem de animação da Patrulha Pata. Quando um meteorito cai na Cidade da Aventura, os seus membros ganham poderes e transformam-se na Super Patrulha. Entretanto, Humdinger, o arqui-inimigo da Patrulha Pata, foge da prisão.

Filmes em cartaz esta semana

  • 2/5 estrelas
  • Filmes

No dia 3 de Abril de 1996, o FBI prendeu um homem chamado Ted Kaczynski na cabana isolada e sem luz nem água corrente onde vivia há vários anos, em Lincoln, no Montana. Formado em Matemática, Kaczynski era o chamado Unabomber, um eco-terrorista revoltado contra o progresso e a cada vez maior intromissão do homem no meio ambiente. Desde 1978, ele tinha matado três pessoas e ferido 28 com bombas fabricadas em casa e enviadas pelo correio. Já foram feitos vários filmes e documentários sobre o Unabomber, ou baseados na sua figura. Surge agora Ted K – O Unabomber, de Tony Stone, com o sul-africano Sharlto Copley no papel principal (e um dos produtores). Stone, também um dos autores do argumento, foi buscar os abundantíssimos escritos deixados por Ted Kaczynski (cerca de 25 mil páginas) para construir a fita e tentar conseguir, por um lado, dramatizar com plausibilidade a sua existência; e pelo outro estudar-lhe a psicologia e procurar clarificar os motivos da sua aversão radical e hostil à sociedade contemporânea, e das suas acções terroristas. A interpretação de Sharlto Copley, nervosa, febril, em quase constante sobressalto de indignação e revolta, dá veracidade e contextura emocional e psicológica a Kaczynski, evitando que seja uma caricatura pronta-a-odiar ou um vilão estereotipado de fita policial. Tony Stone é que parece não confiar apenas no Unabomber e na sua história para que o filme se proponha conseguir o que quer, já que recorre a liberdades ficcionais (caso da inclusão de uma figura feminina, que nunca existiu) e a sequências onírico-fantasiosas, levando-o com isso para terrenos mais convencionais, contradizendo as suas intenções de objectividade e factualidade, e afectando a aproximação descritiva e analítica à complicada e inquietante personagem de Ted Kaczynski.

  • 1/5 estrelas
  • Filmes
  • Suspense

É difícil dizer o que é pior em Mistério em Veneza, de Kenneth Branagh, que aqui interpreta Hercule Poirot pela terceira vez (após Um Crime no Expresso do Oriente e Morte no Nilo, que também realizou). Se o facto de Poirot, tal como Branagh o personifica, ser na verdade quase um anti-Poirot, de tal forma contraria, do aspecto físico e dos ridículos bigodes à caracterização psicológica, aos modos de ser e à traição à essência racional e “cerebral” da imortal personagem de Agatha Christie; se a retorcida e inverosímil história, vagamente inspirada no livro A Festa das Bruxas, transposto do campo inglês para a Veneza pós-II Guerra Mundial; se a realização amaneirada, arrevesada e cabotiníssima de Branagh. Mistério em Veneza é um crime de lesa-Poirot e um atentado à memória de Agatha Christie e do seu universo policial. Valha-nos São David Suchet! 

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  • 3/5 estrelas
  • Filmes

Davide Ferrario teve a plena colaboração da família do falecido autor de O Nome da Rosa para fazer este documentário em que dá alguma atenção à colossal biblioteca deixada por Eco (cerca de 32 mil volumes, 1500 dos quais antigos, incluindo vários muito raros). O realizador italiano parte dela, e da personalidade de omnívoro cultural do escritor, para falar dos gostos pessoais deste, e das excentricidades, em matéria de literatura e de leituras (Umberto Eco valorizava tanto os “livros importantes” como os policiais ou a banda desenhada, uma das suas paixões); para salientar os seus pontos de vista sobre temas como o confronto entre o mundo da cultura digital e o da cultura impressa, o papel sempre importante do livro, o crescente excesso de informação que se transforma em ruído e contraria o conhecimento, e a sua aversão aos telemóveis, ou ainda o papel das bibliotecas, pessoais ou outras, para a preservação do acervo de conhecimento e da memória colectiva da humanidade. Ferrario serve-se abundantemente das imagens de arquivo das muitas entrevistas, intervenções públicas e conferências protagonizadas por Umberto Eco ao longo das décadas, ouve a viúva, os filhos e o neto do autor, bem como amigos e colegas, e filma um punhado de momentos em que actores e actrizes dão voz a ensaios dele sobre vários temas, o que, apesar de interessante, torna Umberto Eco – A Biblioteca do Mundo demasiado e desnecessariamente digressivo. Os fanáticos de O Nome de Rosa (e os que só leram apenas este livro de Eco) poderão ver os desenhos dos monges protagonistas da história, bem como os vários esquemas do labirinto da biblioteca da abadia, feitos pelo próprio Eco. Que odiava o livro (e aparece a dizê-lo veementemente em público), por ter ofuscado, com a fama planetária que ganhou, os seus romances seguintes, que ele considerava serem “bem melhores que O Nome da Rosa”.

  • 3/5 estrelas
  • Filmes

François Ozon casa a borbulhante comédia de boulevard francesa e a destravada screwball comedy americana em O Crime é Meu, adaptação de uma peça de teatro dos anos 30 que Hollywood já filmou duas vezes. Na Paris da década de 30, a jovem Madeleine Verdier (Nadia Tereszkiewicz), uma actriz sem cheta, sem trabalho e sem talento, que partilha um apartamento decadente com a melhor amiga, Pauline (Rebecca Marder), advogada recém-formada e também desempregada, é acusada de ter assassinado um famoso produtor que se tentou aproveitar dela em troca de um papel numa peça. Madeleine não é culpada, mas as duas amigas, tão bonitas como mentirosas e manipuladoras, vão aproveitar para dar fama e papéis a uma, e publicidade e causas à outra. Ozon dirige esta história tão divertida como amoral com o tom exacto, o ritmo galopante e a leveza pedida, Tereszkiewicz e Marder são muito boas, os segundos papéis saborosamente preenchidos por caras mais do que conhecidas (Fabrice Luchini, André Dussollier, Dany Boon) e Isabelle Huppert quase que rouba o filme a fazer uma vedeta canastrona e esquecida do cinema mudo que quer voltar à mó de cima, dê por onde der.

Filmes em estreia no streaming

Semana Wes Anderson

Quatro curtas-metragens realizadas por Wes Anderson baseadas em contos de Roald Dahl: A Incrível História de Henry Sugar, O Cisne, O Caçador de Ratos e Veneno. Interpretam Benedict Cumberbatch, Sir Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Dev Patel, Rupert Friend e Richard Ayoade.

Netflix. Estreias a 27, 28, 29 e 30 de Setembro

Do Not Disturb

Filme turco passado durante a pandemia e centrado em Ayzek, um homem que é despedido após anos de trabalho nos ferries de Istambul, e consegue depois arranjar emprego no turno nocturno de um hotel da cidade. Mas a sua primeira noite vai ser difícil.

Netflix. Estreia a 29 de Setembro

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