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Vai rolar um Micro Clima na Parede

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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A música e as artes performativas coexistem no Micro Clima da Sociedade Musical União Paredense. A segunda edição do chamado Festival de Música e Performance da Parede acontece entre sexta-feira e sábado e intercala concertos de bandas e artistas portugueses com momentos de performance concebidos pelo Teatro Riscado, um projecto ligado à Companhia de Teatro da SMUP.

“Há um ano, na primeira edição, o festival ainda a estava a descobrir o modelo [de funcionamento]. Experimentaram a ideia de misturar música com artes performativas e alguns criadores do Teatro Riscado participaram, mas a título individual”, explica Manuel Jerónimo, encenador e director da Companhia de Teatro da SMUP. “Este ano, com o crescimento do Micro Clima e do Teatro Riscado, decidimos fazer uma coisa mais oficial.”

“Vai haver performances que acompanham todo o festival e momentos teatrais mais tradicionais, entre os concertos”, diz o encenador. Tudo concebido de raiz para se integrar num festival de música. “O desafio é fazer com que alguém que vem ver um concerto de B Fachada se interesse pelo que estamos a fazer e com o que está a passar aqui.”

B Fachada é o cabeça de cartaz da primeira noite e um dos mais influentes e prolíficos escritores de canções portugueses deste século. Passou parte do ano passado a laborar na regravação e reinvenção de Viola Braguesa, o seu opus de 2008, e a reinterpretar (em todos os sentidos da palavra) o repertório de José Afonso, que mais cedo ou mais tarde vai gravar num disco. Depois de ter tocado há umas semanas com o comparsa de longa data Benjamim na Noite Xita de 2019, sobe sozinho ao palco da SMUP.

Sexta-feira, no Micro Clima, vai rolar ainda a pop-rock lisboeta dos Reis da República e o garage-punk dos portuenses The FAQs. A noite termina com um DJ set de Candy Diaz.

A festa continua pelas seis da tarde de sábado, com a folk fantasmagórica de April Marmara e o funk de Os Compotas. Depois de uma pausa para jantar, é a vez de o Conjunto Corona continuar a apresentar o álbum do ano passado, Santa Rita Lifestyle. O duo portuense também vai rodar uns discos a partir das duas da manhã, contudo, antes do DJ set de Homem do Robe e Manaiger (é assim que eles se apresentam enquanto DJs), vai ser possível ouvir mais uma vez os Ena Pá 2000.

O grande líder Manuel João Vieira promete que vai ser “um dos piores concertos que os Ena Pá 2000 alguma vez podiam dar. E os concertos normais já são em si muito maus.” Mas já se sabe que não podemos acreditar muito nele.

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