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Vai ser criada nova praça e novo jardim junto à Basílica da Estrela

Projecto que venceu o concurso público para a construção de 100 casas para arrendamento acessível, no local onde funcionava parte do Hospital Militar, contempla três edifícios servidos por “duas zonas públicas de grande dimensão”.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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Quase cinco anos depois de a Câmara Municipal de Lisboa abrir caminho para a transformação em habitação e comércio ao lado do Convento da Estrela, onde funcionava parte do Hospital Militar, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) deu por concluído o concurso público de concepção para o que ali será construído. O projecto vencedor prevê a construção de três edifícios, com 100 fogos e uma área total de cerca 20.000 metros quadrados entre a Rua de São Ciro e a Avenida Infante Santo, com zonas de comércio e serviços. Mas não só: também vão nascer uma praça pública e um jardim.

A ser construído no âmbito do programa Mais Habitação, este empreendimento servirá para aumentar a oferta de arrendamento acessível em Lisboa. Todos os 100 fogos têm esse fim, estando contempladas tipologias de habitação T1, T2, T3 e T4, a que acrescem áreas para estacionamento. “O valor estimado da construção será de 19.179.400 €, a que acrescerá o IVA à taxa legal em vigor, prevendo-se o investimento total do IHRU de cerca de 32 milhões de euros em toda a operação incluindo o valor do terreno”, lê-se no comunicado daquele instituto aquando do anúncio dos resultados do concurso, no final de Junho. Não se conhecem ainda datas para o arranque da obra.

O projecto vencedor é da autoria do Masslab, escritório de arquitectura do Porto, que ainda em Março foi notícia por ter ganhado um concurso internacional na Finlândia para transformar um armazém industrial de Helsínquia num edifício de escritórios, com comércio e um hotel. Em Lisboa, convenceu o júri “pela elevada coerência conceptual, revelando consistência formal e preocupações na integração da malha antiga e dos elementos de valor patrimonial”. “A proposta apresenta uma relação interessante entre os elementos construídos e os espaços exteriores que se pretendem agregadores e dinamizadores de uma nova vida urbana, hierarquizando níveis de utilização entre o privado e o público.”

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“Foram pensadas duas zonas públicas de grande dimensão, um jardim e uma praça, ambos com um importante papel agregador na estrutura urbana”, escreveu ainda o júri. “O jardim, de características orgânicas, que acompanha a fachada do Convento, destaca o elemento água, com possibilidade de múltiplas experiências, utilizando diferentes elementos como topografia, luz, vegetação e relação visual. A praça, elemento de integração entre o Convento e a rua projectada, faz a conexão entre as várias estruturas e incorpora princípios de design circular e de reutilização de materiais.”

A Masslab, por seu lado, fala em “duas generosas praças públicas, de carácter distinto, abertas à cidade”; e em “desenhar cidade para pessoas”. Num comunicado próprio, o gabinete de arquitectura sublinha que a proposta procura “suprir a falta de pontos de encontro nas cidades e a falta de espaço exterior das habitações”. “A partir da criação de novos espaços públicos, numa relação intrínseca entre estes espaços abertos a todos e os edifícios que os conformam, intencionalmente pretende dinamizar e valorizar a vivência urbana, favorecendo a circulação pedonal e a transparência das áreas comerciais”.

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 “O jardim assumidamente orgânico possibilita múltiplas experiências e utiliza diferentes elementos multissensoriais como água, topografia, luz, vegetação e relação visual. A praça da Basílica é vista como um elemento regular e geométrico e faz a conexão numa zona de confluência de percursos principais. Assim, a proposta de espaço público e integração paisagística apresentada procuram responder integralmente ao programa, necessidades e especificidades deste tipo de espaços verdes e de utilização coletiva, articulados com toda a envolvente histórica”, lê-se ainda na nota da Masslab, que não deixa de destacar a importância deste projecto por operar numa “localização privilegiada e sensível”.

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