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VdB: o novo bistro do Campo das Cebolas

Escrito por
Inês Garcia
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O conceito bistronomie tornou-se movimento global no último ano: trata-se de restaurantes que servem alta cozinha a preços acessíveis, com ingredientes maioritariamente biológicos, ética sustentável, vinhos naturais, sem divisões entre entradas e pratos principais. O mais recente na cidade a seguir esse conceito é o VdB, no Campo das Cebolas, por enquanto só a servir jantares.

Depois de quatro anos à frente de um bar de vinhos em Paris, Clément Van den Bergh mudou-se para Portugal e depois de uma primeira experiência à frente de um restaurante de raízes portuguesas, o Casa dos Picados, tornou-se sócio da mãe, Marianne, actriz, com a ideia fixa de abrir um espaço onde se sentissem em casa, sem grandes formalismos, com comida de alta qualidade. “É uma coisa descontraída mas muito gastronómica. Pratos pequenos que podes partilhar ou não”, resume.

Na cozinha está Alana Mostachio, que conheceu no seu primeiro restaurante em Lisboa e foi acompanhando a evolução. “Queria que este fosse o tipo de restaurante onde eu gosto de ir. Não o fiz antes porque para abrir uma coisa assim tens de ter um chef que te siga”, diz.

Kefir com beterraba assada
Fotografia: Duarte Drago

Encontraram o espaço em Março, renovaram-no de modo a que as arcadas ficassem à vista e decoraram-no com cores sóbrias para o destaque ser a cozinha aberta, com um balcão e uns quantos lugares à frente. Até à abertura, andaram pelo país à procura de quintas biológicas e pequenos produtores de tudo e mais alguma coisa. 

Camarões laminados com aguachille
Fotografia: Duarte Drago

A carta está em constante mudança e nas duas semanas primeiras semanas de vida já mudou quase totalmente. “Mais do que mudar com a estação, mudamos todas as semanas, às vezes todos os dias. Dentro da estação também há prazos e como trabalhamos com pequenos produtores e tudo biológico, não há tudo a toda a hora nem grandes quantidades”, explica. 

Porco preto do Alentejo a baixa temperatura
Fotografia: Duarte Drago

No pequeno caderno preto Moleskine que faz de menu, escrito à mão, a primeira ementa tinha opções como os croquetes de beterraba com feta e hortelã (4,50€), o ovo a baixa temperatura com creme de cogumelos (6,50€), camarões marinados com aguachile e morangos brancos, mais ácidos (8,50€) ou uma espécie de escabeche de codorniz (8,50€). Clément, que recomenda cerca de três pratos por pessoa, destaca ainda o rabo de vitela com polenta de tinta de choco e cerveja preta (7€) ou o porco preto do Alentejo a baixa temperatura (11,50€). Nas novidades do dia estava o kefir caseiro com beterraba assada laminada, temperada com xarope de rosas e vinho de tinto. O kefir é usado também para uma sobremesa com figos frescos e nozes (5€) ou o crocante de biscoito, limão e merengue (4,50€).

Kefir com figos frescos
Fotografia: Duarte Drago

Para acompanhar tudo isto, têm 60 referências de vinho, todas naturais ou biodinâmicos – 30% portuguesas, 50% francesas e as outras de Espanha, Itália ou Áustria. Para quem não é apreciador de vinho, há cerveja artesanal da Dois Corvos. “Para mim, são as mais interessantes, criativas. São cervejas gastronómicas e queremos fazer um pairing com cervejas para além do pairing de vinhos. A comida realça os sabores salgados, frutados ou ácidos da cerveja”, diz Clément.

Por enquanto servem apenas jantares, para garantir uma equipa coesa. E sempre com uma garantia: “Se as pessoas voltarem todas as semanas, terão sempre novidades.”

Rua das Canastras, 8 (Campo das Cebolas). 21 886 3259. Qua-Dom 18.00-00.00.


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