António Galapito
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

António Galapito ao sabor da estação

É o restaurante de quem gosta de comer bem e não é por acaso. Hoje, não há quem não fale da sazonalidade, dos produtores e da sustentabilidade, mas há seis anos já era isso que movia o chef no Prado. À carta, juntou agora um menu de degustação (68€).

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Chef ou cozinheiro?
Cozinheiro.

Actividade favorita quando não estás a cozinhar?
Andar de skate.

O melhor prato tipicamente português?
Qualquer açorda.

Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?
Belmiro.

Se só pudesses fazer uma refeição por dia, qual é que seria?
Almoço. 

E o que é que comias?
Um bom presunto, provavelmente, entre outras coisas.

O que é que não suportas comer?
Pescada cozida e banana.

E cozinhas alguma dessas coisas?
Não, nunca. Nem pensar. Cozinhar coisas que não gosto é o primeiro passo para correr mal, nem consigo provar.

Para quem é que gostarias de cozinhar?
Não queria dar uma resposta tão óbvia como um chef qualquer, mas acho que acaba por ser isso. Gostava que o Victor [Arguinzoniz] do [Asador] Etxebarri viesse cá.

E o que é que prepararias?
Algum prato que levasse pezinhos de coentrada.

O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?
O Fifty Seconds, que ainda não fui.

Qual foi o prato que mais dores de cabeça te deu?
Normalmente não acontece porque se der muitas dores de cabeça eu desisto. Move on

Tens algum ingrediente que ainda não tenhas conseguido trabalhar?
Beringela é, provavelmente, o ingrediente que me parte mais a cabeça, mas neste momento estamos a conseguir.

Programa de culinária favorito?
Chef's Table.

Palavrão favorito quando se entorna o caldo?
Merda.

Sobremesa predilecta?
Pudim Abade de Priscos.

Colher de pau ou de borracha?
Várias colheres de metal para provar várias vezes.

O que é que nunca pode faltar no frigorífico?
Água com gás. Se eu disser Pedras pode ser que eles enviem umas [risos]. Água das Pedras.

Qual foi a coisa mais estranha que já comeste e onde?
Escorpiões na China, estranho mas bom.

E qual foi a coisa mais surpreendente?
O caviar fumado que o Victor faz no Etxebarri.

A melhor bebida enquanto cozinhas?
Champanhe.

Condimento favorito?
Sal.

Qual foi o primeiro prato que serviste?
Um prato que, quando fiz, a minha mãe disse: ‘Acho que tens de ser cozinheiro’. Ovos mexidos com salsicha Sicasal. A minha mãe disse: epá, tens mesmo jeito. [Risos]

Qual é a pergunta que mais te fazem sobre comida?
Como é que estás de pessoal? É a pergunta número um da restauração.

Onde jantas quando estás de folga?
Por norma, tento ir a restaurantes onde ainda não tenha ido, mas vou muitas vezes ao Tati. É perto de casa, a carta de vinhos é excelente, a comida é muito boa e é muito barato.

Petisco favorito?
Presunto, mas bom.

Um sítio para comer bom e barato?
Velho Eurico e Tati.

O que comes ao pequeno-almoço?
Não como pequeno-almoço.

Qual é que seria a tua última refeição?
Uma refeição no Etxebarri, para não dizer presunto outra vez.

O que levas para um jantar para o qual foste convidado?
Vinho. Dependendo do convite, escolho a qualidade do vinho. 

Melhor região de vinhos em Portugal?
Dão, provavelmente.

*Este artigo foi originalmente publicado na edição Outono2023 da revista Time Out Lisboa

Questionário ao chef

Ele até pode não ser uma cara conhecida, mas já não é estranho no meio. Só no último ano passou por dois restaurantes badalados – Casa Reîa e Tasca Pete. Agora, sob a alçada de Bruno Caseiro e Bruno Contreras, Marcelo Oliveira assume a cozinha do CAV 86.

Abriu um restaurante no pacato Multicentro, em Entrecampos, mas mesmo assim conseguiu fazer do seu Potzalia, com comida tradicional mexicana, um sucesso. A demanda tem sido tanta que Sandra aventura-se agora num segundo espaço, o RePotzalia.

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