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fajã do ouvidor
Fotografia: Rui Soares

À descoberta de São Jorge

Podia ser obra de um qualquer arquitecto conhecido, mas esta ilha é uma das obras-primas da natureza. Fomos à descoberta de São Jorge para lhe contar tudo o que tem de explorar

Escrito por
Luís Leal Miranda
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É a ilha dos trilhos e dos desportos radicais, do atum em conserva e do queijo da Ilha (o verdadeiro). Mas também é – e talvez seja sobretudo – o paraíso das fajãs. Por acaso sofre de vertigens?

Costa Sul

Bem-vindo a Velas
Fotografia: Rui Soares

Bem-vindo a Velas

A capital de S. Jorge é uma pequena e acolhedora vila construída à volta do porto. No centro vai encontrar umas das praças mais bonitas do país: o Jardim da Praça da República. Um lugar que parece saído de um cenário de novela com um belíssimo coreto vermelho e uma gaiola cheia de pássaros. Sente-se num dos bancos e fique à espera que alguém grite “Corta!” e comece a desmontar o cenário.

  • Atracções

Um dos cartões de visita de São Jorge é o queijo com o nome da ilha. Há vários sítios onde o pode provar e comprar – pode andar de cooperativa em cooperativa só a trincar queijo, que nem um rato. Na Lactaçores, onde se faz o fantástico Lourais, há para provar queijos com uma cura de meses, de meses ou um ano. Se vai trazer queijo de volta para o continente aconselha-se uma cura de meses ou mais. “Viaja melhor”, explicou-nos uma funcionária. Os preços variam entre os e os o quilo. Uma vez chegado à Beira, na estrada principal, pergunte pela Cooperativa dos queijos. Sim, sim, como indicação num guia isto não é grande coisa mas acredite que é a melhor forma de lá chegar. 

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  • Compras
  • Alimentos especializados

As conservas de Santa Catarina estão entre as melhores que se produzem por cá. É verdade que se podem comprar em todo o lado mas vale a pena ir até à fábrica e adquiri-las no pequeno quiosque que há logo à entrada. São mais baratas e há mais variedade – incluindo as novas receitas, como os fantásticos filetes de atum em azeite com molho cru (um molho típico de São Jorge à base de cebolas, alhos, salsa, pimentos e malaguetas). Pode também fazer uma visita guiada à fábrica por e sob marcação, só durante o turno da manhã.

Vá até à Ponta dos Rosais
Fotografia: Rui Soares

Vá até à Ponta dos Rosais

Miradouro por excelência do ponto mais ocidental de São Jorge, a Ponta dos Rosais tem um extra: um farol abandonado (nota mental: refúgio perfeito na eventualidade de um apocalipse zombie).

Dali consegue avistar Pico, Faial, com sorte a Graciosa e, dizem alguns, as Flores. O parque dos Rosais, a caminho do miradouro, é um respeitável piquenicódromo.

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Veja a Torre Sineira que resistiu ao vulcão na Urzelina
Fotografia: Rui Soares

Veja a Torre Sineira que resistiu ao vulcão na Urzelina

Por alguma razão a erupção de  destruiu grande parte da povoação e deixou intacta a torre – e nada mais – desta igreja. Entra- -se por um portão que diz “Acesso Público” que está ao lado de uma placa que diz “Propriedade Privada”. Entre um jardim e uma horta muito bem cuidados (atentai aos dragoeiros) está este fantasmagórico testemunho da sorte/da fé/ da robustez da nossa arquitectura religiosa.

  • Restaurantes
  • Pastelarias

Na Dulçores, Ribeira Seca, há mulheres que passam o dia a fazer espécies. Este trocadilho brilhante serve para indicar o sítio onde são feitos os típicos bolos da ilha à base de especiarias (daí o nome): erva-doce, pimenta, canela e noz moscada fazem parte da receita. Cada caixa de seis custa e dá-lhe ainda a oportunidade de oferecer a alguém e dizer: “Toma lá isto para não estares sempre a fazer espécie”. É rir a bom rir.

Costa Norte

Fajã da Caldeira de Santo Cristo
Fotografia: Rui Soares

Fajã da Caldeira de Santo Cristo

É a rockstar do fajãnismo nacional, muito por culpa do surf – as ondas da caldeira são muito elogiadas – das amêijoas que só se apanham ali e de um suposto isolamento, muito romantizado. Não há estrada até lá é diz-se que, em tempos, só se ligava o gerador aos domingos para pôr a tocar a missa no rádio da igreja.

As histórias ajudam à mitologia da fajã, mas não estamos a falar do sítio onde Judas perdeu as botas. Estamos a falar, talvez, do sítio onde Judas perdeu os calções de banho. Hoje em dia há um surfcamp, alojamentos locais e muitos turistas – que fazem o caminho a pé a partir da Fajã dos Cubres (aproximadamente uma hora) ou a partir da Serra do Topo (mais bonito, mais longo, mais duro, premiado com uma cascata a meio do caminho).

Fajã do Ouvidor
Fotografia: Rui Soares

Fajã do Ouvidor

Uma fajã pequena que é usada sobretudo como poiso de férias para os habitantes da ilha. E percebe-se porquê: a Poça Simão Dias é um dos sítios mais bonitos para ir a banhos em São Jorge.

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Fajã dos Cubres
Fotografia: Rui Soares

Fajã dos Cubres

É conhecida por ser a Fajã a partir da qual se vai a pé para a Caldeira de Santo Cristo, mas a Fajã dos Cubres é muito mais do que isso: uma das mais bonitas e exóticas de São Jorge, um paraíso para a observação de aves e um lugar perfeito para um passeio e piquenique entre as suas pequenas lagoas.

Fajã do Além

O acesso faz-se apenas a pé, através de dois trilhos: o atalho do lado Norte e o atalho de Santo António. O “atalho” demora três horas e leva-o até uma fajã de 20 casas onde os bens necessários para sobreviver são içados por um cabo. Queria paz e sossego? 

O melhor dos Açores

  • Restaurantes
Deixe-se levar pela vistas e pelos trilhos mas quando lhe der a fome, não se deixe enganar. Não o deixamos arranjar lugar em qualquer buraco - vá por nós e encha a barriga com os melhores sabores dos Açores. 
  • Viagens
Nem só de Lagoas se faz São Miguel. Ponha as pernas de molho, gele os ossos num mergulho no Atlântico, salte para uma piscina de rochas ou nade em águas de terra - nesta ilha há opções para todos (e são todas tão boas). Pegue no fato de banho e vá até uma destas 10 maravilhas de água em São Miguel. 
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  • Hotéis
São nove as ilhas e 21 as nossas sugestões. Dormir num destes hotéis é por si só uma experiência a não perder nos Açores. Já escolheu onde vai ficar depois daquele passeio e daquele mergulho?
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