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Raquel Dias da Silva

Raquel Dias da Silva

Jornalista, Time Out Lisboa

Se não fosse jornalista, seria contadora de histórias. Como é mais ou menos a mesma coisa, decidiu que faria da redacção a sua segunda casa. Depois de uma passagem pela secção de Ciência do Público em 2017, onde aprendeu que ser séria não é ser sisuda, aventurou-se pelo jornalismo de lifestyle com a extinta revista Epicur. Pouco depois, mudou-se de malas e bagagens para a Time Out. Já lá vão cinco anos e ainda há tanto por contar. Se depender dela, nenhuma família ficará sem saber o que há para fazer e ver na cidade. É verdade, também se pela por um bom livro e faz questão de partilhar as novidades e os melhores sítios para abastecer a estante. E, se o dia não estiver simpático, das duas uma: ou à mesa ou na sala de espectáculos, fica o encontro marcado. Na Internet, podem encontrá-la aqui.

Se a quiser importunar ou tiver segredos para partilhar, é enviar e-mail (raquel.silva@timeout.com). 

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Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Aproveite o fim-de-semana para descobrir uma dúzia de exposições em Lisboa. Uma proposta para tornar os próximos dias mais culturais – sozinho, com a família ou os amigos (vai tudo atrelado). Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção. Aproveite para espreitar a Bienal de Joalharia Contemporânea. Só tem de decidir por onde quer começar: pintura, fotografia, ilustração, design ou instalações de grande escala. Trace o roteiro cultural e bom fim-de-semana. Recomendado: Estas exposições gratuitas em Lisboa valem a visita

Exposições em Lisboa a não perder nos próximos tempos

Exposições em Lisboa a não perder nos próximos tempos

A agenda cultural em Lisboa continua sem dar sinais de abrandar. Com tantas galerias e museus, às vezes até ao ar livre, é quase impossível não ter o que ver. Nos próximos tempos, há uma série de exposições que merecem o seu olhar atento. Artes plásticas ou exposições documentais? Prefere pintura, desenho ou fotografia? O que se está a fazer de novo? Ou o que faz furor são retrospectivas de artistas de nome consolidado? Não há desculpa para não ir ver o que Lisboa tem para oferecer – até porque pode visitar boa parte das exposições sem gastar um cêntimo. Não acredita? Ora, espreite. Recomendado: Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

10 coisas para fazer em família este fim-de-semana em Lisboa (e arredores)

10 coisas para fazer em família este fim-de-semana em Lisboa (e arredores)

A Primavera já chegou: não se deixe ficar a anhar em casa (há tantas actividades ao ar livre para crianças em Lisboa!). Aproveite ao máximo o fim-de-semana em família. Se precisa de entreter as crianças até ficarem sem pilhas e ser hora de voltar para a cama, explore algumas sugestões para encher o sábado e o domingo. Há oficinas, espectáculos e muitas outras propostas para, arriscamos escrever, todos os gostos e feitios. Só tem de escolher como os entreter (e, se estas sugestões não chegarem, temos mais ideias de coisas para fazer em Lisboa com crianças). E, se ficar na dúvida, não nos pergunte a nós: pergunte-lhes a eles. Recomendados: 🍸 As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa🖼️ Museus para crianças em Lisboa? São mais que as mães e bem divertidos

Mergulhos low cost: as melhores piscinas até 20 euros em Lisboa (e arredores)

Mergulhos low cost: as melhores piscinas até 20 euros em Lisboa (e arredores)

Gosta de dar um bom mergulho na piscina, mas recusa-se a esvaziar a carteira para o fazer? Depois de explorar, por exemplo, as melhores piscinas de hotel sem fazer check-in, partimos em busca de mergulhos low cost, daqueles que refrescam as ideias e o corpinho sem dar cabo da conta bancária. Umas têm mais afluência, até porque são maiores, mas há opções para todos. Prepare o saco com os essenciais e vá meter água para uma destas piscinas baratas em Lisboa ou nos arredores, sem precisar de gastar mais de 20€ (bem, talvez mais um euro ou outro ao fim-de-semana). Recomendado:😎 As melhores coisas para fazer em Lisboa em Abril de 2024☀️ Há paraísos perto de Lisboa para explorar

Estes programas trocam o 25 de Abril por miúdos

Estes programas trocam o 25 de Abril por miúdos

O 25 de Abril de 1974 pode parecer uma coisa um bocadinho antiga, que já faz parte da História, mas é por isso que, agora, vivemos em liberdade, num país muito menos triste e cinzento. E é por isso também que, se ainda não falou sobre a revolução dos cravos aos miúdos, está na hora de o fazer. Atenção, não é preciso dar-lhes uma seca: há muitas formas didácticas e divertidas de os ensinar quem foi Salazar, o que é uma ditadura e porque é que agora é que é bom. Para não perder tempo, aproveite que temos várias sugestões de programas que trocam o 25 de Abril por miúdos. São pelo menos meia dúzia de coisas para fazer com as crianças em Lisboa e arredores. Recomendado: A revolução para garotos. Livros infantis sobre o 25 de Abril

As melhores festas de aniversário para crianças em Lisboa (e arredores)

As melhores festas de aniversário para crianças em Lisboa (e arredores)

Os miúdos deliram com os anos e os pais gostam de lhes dar uma festa, claro. Mas bem sabemos a pressão que pode ser encontrar o sítio certo para fazer uma festa infantil. Em parques e museus, com animação e insufláveis, há muito por onde escolher (tanto quanto as imensas coisas que há para fazer em Lisboa). Tudo depende da disponibilidade, da paciência e do número de zeros na conta bancária dos pais – nesta lista encontra as melhores festas de aniversário para crianças em Lisboa à medida de todos. Afinal, eles esperam 365 dias pela chegada deste dia (o único momento capaz de rivalizar com o aniversário deve ser o Natal...), as expectativas estão ao rubro e o melhor presente que lhes pode dar é uma festa inesquecível. Recomendado: Grandes guias para pequenos aventureiros

Actividades ao ar livre para crianças em Lisboa (e arredores)

Actividades ao ar livre para crianças em Lisboa (e arredores)

Está com vontade de explorar a cidade, mas anda com os miúdos de atrelado? Não precisa de desesperar, muito menos se o tempo estiver de feição. Há propostas de coisas para fazer ao ar livre para si e para eles. Com o bónus, atenção, de o ajudar a tirar-lhes a energia sem dar cabo do orçamento (sim, zelamos pela sua carteira como se fosse a nossa). Desde jardins e parques para jogos e piqueniques em família até miradouros e roteiros de arte urbana para ver as vistas, estas sãos as melhores actividades ao ar livre para crianças em Lisboa e arredores. Recomendados:🤩 As melhores coisas para fazer em família este fim-de-semana em Lisboa🖼️ Museus para crianças em Lisboa? São mais que as mães e bem divertidos

Como ter uma horta em casa: o bê-á-bá da agricultura urbana

Como ter uma horta em casa: o bê-á-bá da agricultura urbana

Prepare-se para arregaçar as mangas e pôr as mãos na terra. Já não é preciso sair da cidade para ter a sua própria horta: a agricultura urbana está ao alcance de todos. Basta aprender o bê-á-bá da arte de cultivar plantas em casa. Desde o espaço perfeito para as suas primeiras sementes ou plântulas aos materiais e ferramentas necessários, os especialistas ensinam-lhe como ter uma horta em casa, com um orçamento simpático e sem um terreno à sua disposição. Com um pouco de imaginação e bricolage, verá como é possível poupar dinheiro nas compras do supermercado e ter ao mesmo tempo um estilo de vida mais amigo do ambiente. As dicas são da engenheira agrónoma e comunicadora de ciência Maria João Horta Parreira, uma apaixonada por horticultura e jardinagem, e de Tiago Lucena, que não só tem formação em agricultura biológica e design de permacultura, como é co-fundador do projecto sustentável A Senhora do Monte, um livro, blogue e canal de Youtube onde também pode aprender mais sobre hortas e jardins. Recomendado: Nesta escola em Lisboa, ter terra nas calças faz parte da lição

Vencer a folha em branco: cursos de escrita em Lisboa (e online)

Vencer a folha em branco: cursos de escrita em Lisboa (e online)

Nem sempre é fácil dar largas à imaginação quando à sua frente está uma folha em branco, quer seja de papel ou digital. Mas é preciso preenchê-la com alguma história, real, assim-assim ou toda ela ficção. Nestes cursos de escrita desenvolve tanto a parte criativa como a técnica – sim, porque há truques que facilitam a redacção de um texto. Se está a pensar dar largas à imaginação, nestes cursos de escrita em Lisboa (e online), pode aprender de tudo, sem ter de passar por crises de criatividade. Recomendado:👅 Para tagarelar: cursos de inglês (e outras línguas) em Lisboa🫶 Cursos em Lisboa para meter mãos à obra

Piscinas naturais em Portugal para mergulhar na natureza

Piscinas naturais em Portugal para mergulhar na natureza

A praia e as piscinas de hotel não são as únicas opções se quiser dar uns mergulhos ou ir chapinhar com as crianças. As piscinas naturais, por exemplo, têm muitas vantagens e são mais abundantes do que se possa pensar. Normalmente no meio da natureza, permitem-no observar a beleza selvagem que o rodeia, enquanto nada em águas sem cloro. Já para não falar que são excelentes alternativas para fugir de enchentes. Fomos à procura das piscinas naturais em Portugal mais imperdíveis e partilhamos esta lista para o fazer sair de casa. Aproveite e junte a família. Mas com cuidados, não se esqueça. Recomendado:😎 A hora mudou? Temos ideias para aproveitar os 60 minutos extra de sol☀️ Há paraísos perto de Lisboa para explorar

Amor, política e família: seis novos livros para crianças

Amor, política e família: seis novos livros para crianças

Livros nunca são demais e a melhor altura para lhes apanhar o gosto é logo desde pequeninos. A verdade é que os miúdos nem precisam de saber ler para se começarem a maravilhar com as páginas ilustradas e as histórias onde nunca falta uma bela lição. Em prosa curta ou em verso, sem nunca dispensar a ilustração aprimorada e cheia de bons esconderijos, estas obras prometem fazê-los abrir a boca de espanto. Uns foram lançados há pouco tempo, outros estão prestes a sair, mas são todos livros infantis e juvenis fresquinhos (da fornada de 2024) que convencem até os adultos. Recomendado:🌹 A revolução para garotos: livros para crianças (e jovens) sobre o 25 de Abril💖 Dez livros infanto-juvenis que nos chamaram à atenção em 2023

Beachcombing: um guia para famílias e naturalistas

Beachcombing: um guia para famílias e naturalistas

Quando era criança, Ana Pêgo brincava quase sempre no areal das Avencas, na Parede. Fazia passeios, observava as poças de maré e coleccionava tesouros naturais, que as correntes marítimas tinham transportado até à linha de costa. Desde vidro-do-mar, fosco e colorido, até vestígios curiosos de animais, como búzios, conchas e fósseis. Ainda sem saber, praticava beachcombing ou, em bom português, a arte de “pentear a praia”. A actividade naturalista ainda não tem grande tradição em Portugal, mas entusiasma cada vez mais veraneantes, que a vão abraçando em família durante todo o ano. Evocando as peregrinações de menina, que fazia acompanhada com o pai, com quem ia de umas praias para as outras na maré baixa, Ana recebe-nos “no seu quintal” de braços abertos. “São muito boas recordações”, diz, já com os pés a enterrarem-se na areia das Avencas. “Às vezes nem falávamos, ele fotografava e fazia as suas observações, eu as minhas. Agora, venho sozinha ou com as minhas sobrinhas, que fazem imensas perguntas.” Beachcomber desde tenra idade, Ana acabou por tornar-se bióloga marinha e educadora ambiental: matar a curiosidade de mini-exploradores faz tanto parte da sua vida como do seu trabalho. “É incrível como há muitas crianças que moram aqui ao lado e passam o Verão na praia e não sabem nada sobre os animais e os vestígios de fauna marinha que encontram.” As oficinas que dinamiza já não procuram apenas tesouros do mar. Em 2014, em co-autoria com o fotógrafo de natureza Luís Quinta, as

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Desassossego by Maria Food Hub

Desassossego by Maria Food Hub

O Maria Food Hub nasceu nos Anjos, em 2021, como montra do bairro inteiro. Agora, encontramo-la também em Campo de Ourique, na Casa Fernando Pessoa, onde nasceu Desassossego by Maria Food Hub. O nome é um aceno ao Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, um dos heterónimos de Pessoa, e calha bem que o único heterónimo feminino do poeta seja Maria José. A coincidência é só isso, mas Miguel Leal e a sua equipa aproveitaram o acaso para “fazer uma brincadeira”: no logótipo do novo restaurante, Maria, de copo de vinho na mão, surge mascarada com um chapéu, uns óculos e até um bigodinho. Já à mesa, a cozinha é, como no irmão mais velho, de inspiração internacional, com opções para todas as dietas e horas do dia, entre opções de pequeno-almoço, como granola caseira, iogurte grego, fruta e mel ou torrada de queijo curado e marmelada; e pratos “mais substanciais” para brunch, almoço e jantar.  O bestseller é a shakshuka verde, com batata-doce, espinafres, bimi (os chamados “brócolos-bebé”, que são um cruzamento de brócolos com couve kailan), pimentos assados e dois ovos escalfados com molho de abóbora, coco e amendoim.

Espaço Ulmeiro

Espaço Ulmeiro

Estávamos em 1969 quando José Antunes Ribeiro fundou a Ulmeiro, no 13A da Avenida do Uruguai, em Benfica. No tempo da ditadura, a livraria-distribuidora foi um dos locais preferidos para quem andava em busca de ideias alternativas e livros proibidos. A audácia resultou em algumas visitas indesejadas, mas o proprietário, um livreiro-editor-poeta, manteve-se sempre resistente. Quarenta e sete anos depois, em 2016, quando José anunciou o fecho do espaço, ninguém quis acreditar – nem o próprio, que reinventou a roda e conseguiu manter as portas abertas mais três anos, antes de se mudar para a Fábrica Braço de Prata. Agora, graças a uma parceria com a Junta de Freguesia de Benfica, o Espaço Ulmeiro – Associação Cultural está novamente de portas abertas. Entre a morada original e a nova, no número 19B, encontra-se o “Passeio Ulmeiro”, que inclui nomes como o de Agostinho da Silva e António Lobo Antunes.

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Depressão à vista: as temperaturas descem e a chuva volta a Lisboa

Depressão à vista: as temperaturas descem e a chuva volta a Lisboa

Parece que as temperaturas acima da média para esta época do ano foram sol de pouca dura. Uma depressão fria associada a uma massa de ar polar marítima, vinda da Gronelândia, está a percorrer o Atlântico e traz o “Inverno” de volta a Portugal. Em Lisboa, já se começa a sentir a diferença na quinta-feira, 25 de Abril, com o céu nublado e muito vento. A partir de sexta, 26, a temperatura mínima desce para os 12º (no domingo chega mesmo aos 9º) e volta a chover, em princípio até à quinta-feira seguinte, 2 de Maio. Segundo Alfredo Graça, geógrafo e especialista do projecto de informação meteorológica Meteored, vem aí uma depressão atlântica, “nascida” a sul da Gronelândia, que se está a deslocar “vertiginosamente” rumo ao noroeste da Península Ibérica. “É possível que seja classificada como uma depressão de grande impacto e, neste caso, receberá um nome. Caso tal aconteça, será a tempestade Sancho, o próximo nome na lista oficial pré-determinada pelos Serviços Meteorológicos do Sudoeste Europeu.” Já no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a previsão descritiva para quinta-feira antecipa, para a Grande Lisboa, “céu com períodos de muita nebulosidade”. Na mesma nota, destaca-se também o vento moderado, “soprando por vezes forte (até 45 km/h) e com rajadas até 60km/h até final da manhã, em especial junto ao Cabo Raso”, bem como a descida da temperatura máxima. Já a partir de sexta-feira, há “períodos de chuva ou aguaceiros no litoral das regiões Norte e Centro [

Nos Anjos, Selim faz política com a sua mercearia a granel

Nos Anjos, Selim faz política com a sua mercearia a granel

Estávamos em 2021 quando Selim B. Taziri, então com 25 anos, arriscou abrir uma modesta mercearia a granel no bairro dos Anjos. Era o segundo ano de pandemia, o mundo ainda estava confinado e desconfiado, e Selim trabalhava sozinho e sem armazém. “Tinha orçamento de estudante, mas estava disposto a fazer o sacrifício e os clientes foram aparecendo porque pensavam ‘é só um gajo, com um espaço pequeno, a tentar fazer uma coisa boa’”, conta-nos, já na sua nova morada, no número 8B da Rua de Macau, o sol ao alto e a esplanada cheia. Aberto há quase três meses, mas ainda com muitas novidades por anunciar, este novo Ecolonco também é café e, se tudo correr bem, no Verão inaugura um espaço de aprendizagens e activismos vários, com programação para todas as idades. “Desde workshops e oficinas amigas do ambiente até aulas de dança, yoga, pilates, boxe, o que for preciso para ter uma cabeça e um corpo mais tranquilos.” © Francisco Romão Pereira / Time Out Quando perguntamos como veio aqui parar, Selim revela-nos que nasceu em Paris e cresceu na Tunísia, mas sonha com Portugal há muito, muito tempo – muito antes de se mudar de vez, já cá vinha surfar umas ondas. O pai é franco-tunisino, a mãe portuguesa. “Não me sinto francês e crescer na Tunísia foi difícil, com a ditadura, o governo, depois a revolução de 2011 e o facto de não sermos muçulmanos num país onde a religião predominante é o islamismo. Queria viver num país onde pudesse realmente discutir política e economia, e ser ouvido

Mais alto! Vem aí um livro-disco e um concerto para nos fazermos ouvir

Mais alto! Vem aí um livro-disco e um concerto para nos fazermos ouvir

Pôr grandes e pequenos a pensar sobre o poder da música nas mudanças sociais e políticas – e como as canções que se fazem também são um reflexo dos tempos que se vivem. É esta a ambição de Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa e Sérgio Nascimento, que se estrearam como grupo em 2021, com um concerto comentado que agora se apresenta como livro-disco. Editado com o selo louva-a-deus e distribuído pela Planeta Tangerina, com ilustrações de Bernardo P. Carvalho e comentários de Isabel Minhós Martins e João Vaz Silva, Mais Alto! reúne novas versões de canções de intervenção e protesto, algumas bem conhecidas, outras que ainda se hão-de fazer intemporais e que cristalizam os ideais democráticos e de liberdade. As primeiras apresentações acontecem a 27 e 28 de Abril, no LU.CA – Teatro Luís de Camões. A música pode mudar o mundo? O mundo pode mudar a música? Foram sobretudo estas, entre outras questões, que levaram Susana Menezes, directora artística do LU.CA, a desafiar Francisca Cortesão, que lidera Minta & The Brook Trout, a criar um concerto comentado de canções reivindicativas. Estávamos em 2019 e Francisca aproveitou para estender o convite ao baterista Sérgio Nascimento, membro dos Despe & Siga nos anos 1990 e cujo vasto currículo inclui Sérgio Godinho, Humanos e Cara de Espelho. Um ano depois, já se tinham juntado também Afonso Cabral, vocalista dos You Can't Win, Charlie Brown, e Inês Sousa, que gravita pelo jazz e faz parte da banda Julie & The Carjackers. Mas a pri

O Desassossego de Maria deu um novo restaurante na Casa Fernando Pessoa

O Desassossego de Maria deu um novo restaurante na Casa Fernando Pessoa

Maria nasceu nos Anjos, em 2021, como montra do bairro inteiro. Agora, encontramo-la também em Campo de Ourique, na Casa Fernando Pessoa, onde nasceu Desassossego by Maria Food Hub. O nome é um aceno ao Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, um dos heterónimos de Pessoa, e calha bem que o único heterónimo feminino do poeta seja Maria José. A coincidência é só isso, mas Miguel Leal e a sua equipa aproveitaram o acaso para “fazer uma brincadeira”: no logótipo do novo restaurante, Maria, de copo de vinho na mão, surge mascarada com um chapéu, uns óculos e até um bigodinho. Já à mesa, a cozinha é, como no irmão mais velho, de inspiração internacional, com opções para todas as dietas e horas do dia. A ideia é que, para viajar, só precisemos dos talheres. “O nome evoca isto de estarmos num restaurante a ouvir o som dos talheres, a comida a ser confeccionada, e aquele desassossego de provar o que nos chega enquanto se conversa à mesa”, diz Miguel Leal, sócio-gerente do Maria Food Hub e do novo Desassossego. “A identidade visual tem muito a ver com o Maria, mas é lógico que queremos homenagear Fernando Pessoa, estando na sua casa, e achámos que seria giro fazer esta simbiose do mesmo conceito em dois espaços. E estamos muito satisfeitos. Acreditamos estar a acrescentar valor à restauração de um museu que, em muitos locais pela cidade, fica aquém do que poderia ser", acrescenta ainda, destacando a aposta nos produtos portugueses, nas especiarias e nos sabores de outras partes do m

Pessoa, Bukowski, Woolf: Penguin “ressuscita” escritores no Instagram

Pessoa, Bukowski, Woolf: Penguin “ressuscita” escritores no Instagram

E se, ao navegar pelo Instagram, começasse a ver grandes escritores, como Virginia Woolf, Fernando Pessoa e George Orwell, a comentar a actualidade, desde os preços da electricidade a debates sobre o papel da mulher? A iniciativa é da Penguin Random House, que estreia Comentários de Autor esta terça-feira, 23 de Abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A ideia é relembrar a importância da leitura e promover obras de aclamados autores nacionais e internacionais – e de como, mesmo nos dias de hoje, muitos dos seus pensamentos são pertinentes (outros, arriscamos dizer, nem tanto). Ao longo desta semana, dezenas de excertos de obras de seis escritores – Virginia Woolf (@virginia.w00lf), Fernando Pessoa (@pessoa.akaoutros), Charles Bukowski (@the.charles.bukowski), Eça de Queirós (@eca.queiros_), Jane Austen (@a.jane.austen) e George Orwell (@_george_orwell_1984) vão chegar aos portugueses na forma de comentários. A ideia é pôr os portugueses a ler grandes clássicos da literatura, mesmo sem se aperceberem. Além disso, estes seis autores também têm um perfil com várias publicações bem-humoradas. Por exemplo, virginia.w00lf comenta, numa fotografia da adaptação cinematográfica da sua obra Orgulho e Preconceito, o seguinte: “Matthew Macfadyen, LOL, prefiro-te de longe no Succession #prideandazeitice”. “Este é um dia de celebração dos livros e dos autores. Sabemos que a concorrência com as redes sociais é difícil – e prova disso são as muitas horas que muitos

Este parque faz anos e a festa dura um dia inteiro. E é grátis

Este parque faz anos e a festa dura um dia inteiro. E é grátis

Um dia inteiro de actividades gratuitas. É assim que se vai celebrar o primeiro aniversário do Parque Metropolitano da Biodiversidade no próximo sábado, 27 de Abril. Com entrada livre, a Câmara Municipal do Seixal faz a festa com programação para todas as idades, desde aulas de body balance e chi kung até ateliers, exposições e jogos tradicionais. A manhã começa pelas 10.00, com uma aula aberta de body balance até às 11.00. A partir das 10.00 e até às 12.00, há também ateliers “da liberdade” para crianças dos quatro aos 12 anos. Se preferir, entre as 11.00 e as 12.00, há aula aberta de chi kung, uma arte milenar chinesa que combina exercícios físicos com técnicas de respiração e meditação. A ideia é despertar os sentidos, ao mesmo tempo que se liberta o corpo e a mente. Já da parte da tarde, a partir das 15.00, a autarquia e a Associação Vita Nativa juntam-se para fazer o balanço do primeiro ano de vida do Parque Metropolitano da Biodiversidade. Segue-se, das 16.00 às 17.30, uma acção de voluntariado ambiental, que convida os visitantes a participarem no controlo de infestantes. Mais tarde, das 18.00 às 19.00, há um momento de poesia alusiva ao 25 de Abril. A iniciativa realiza-se com o apoio da Associação Vita Nativa, da Associação de Moradores do Aldeamento da Verdizela, da Associação para o Desenvolvimento Sociocultural e Desportivo de Belverde e da Mensageiro da Poesia – Associação Cultural Poética. Câmara Municipal do SeixalParque Metropolitano da Biodiversidade Um par

Prepare-se para se vestir à época. Há Feira Medieval em Maio

Prepare-se para se vestir à época. Há Feira Medieval em Maio

Costuma acontecer no Verão, em Julho, mas este ano chega mais cedo. A Feira Medieval de Benfica arranca no Dia do Trabalhador, 1 de Maio, e prolonga-se até domingo, 5. Aos visitantes, pede-se que entrem no espírito da Idade Média – vestindo-se à época, por exemplo. Com entrada gratuita, a programação inclui o habitual mercado, com tavernas e bancas de artesanato, bem como jogos tradicionais, animação de rua e bailias do oriente e da corte. As portas abrem às 12.00 de quarta-feira, 1 de Maio, com a inauguração do mercado, mas a abertura do acampamento, com demonstração de ofícios e exposição de materiais de época só acontece pelas 15.00. Por essa altura, conte também com a chegada de saltimbancos, malabaristas e bobos trapalhões. O grande destaque do dia vai, contudo, para a arruada das 19.00, que inclui desfile de músicos, bailias e cavaleiros pelas ruas do mercado. Nos dias 2 e 3 de Maio, o mercado só abre pelas 17.00, embora feche exactamente à mesma hora que no dia 1, às 22.00. Entre a agenda prevista, sobressai a presença do “incrível Fakir” na sexta, 3. A partir das 19.00, poderá vê-lo deitado na sua cama de pregos, antes de um espectáculo de teatro com fogo pelas 22.00. No sábado, 4, o mercado abre ao meio-dia e fecha pela meia-noite. De rábulas e pelejas com cavaleiros até jograis, melodias e bailios do oriente, passando por treinos de armas e cortejo histórico pelas ruas, não falta o que fazer. Por fim, no domingo, 5, a feira volta a abrir às 12.00 – o programa comple

Em Oeiras, faz-se a festa de Abril com grandes braçadas (e prémios)

Em Oeiras, faz-se a festa de Abril com grandes braçadas (e prémios)

A iniciativa é gratuita e há prémios para sortear. A ideia é assinalar os 50 anos do 25 de Abril com “50 horas a nadar” nas Piscinas Municipais de Barcarena, Linda-a-Velha e Outurela-Portela. “Entre os dias 24 e 25 de Abril, convidamos todos a participarem desta celebração, vindo nadar na piscina em regime de natação livre”, lê-se em nota do Município de Oeiras. O programa é o seguinte: das 11.00 do dia 24 ao 12.00 do dia 25, há natação livre na Piscina Municipal de Outurela-Portela e na Piscina Municipal de Barcarena. A partir das 21.00 do dia 24 e até às 09.00 do dia 25, os participantes ficam habilitados ao sorteio de prémios. Além disso, há aula de hidroginástica para todas as pessoas séniores no dia 24, às 15.00, em todas as piscinas municipais de Oeiras. No dia seguinte, 25 de Abril, há “mega aula de hidroginástica para todos”, mediante pré-inscrição, na Piscina Municipal de Outurela-Portela e na Piscina Municipal de Barcarena. Para participar, basta comparecer numa das piscinas indicadas, que vão estar abertas durante 25 horas. O desafio é aberto, com inscrição gratuita, a qualquer participante que tenha mais de 13 anos e domine, no mínimo, uma técnica de natação. Por cada 45 minutos na água, receberá um carimbo no Passaporte + Desportista, acumulando 50 pontos. Mas, atenção, entre a 01.00 e as 06.00 da manhã, cada sessão de natação vale mais 100 pontos: se for neste horário, cada 45 minutos valem 150 pontos. Siga o novo canal da Time Out Lisboa no Whatsapp + Na noite

Sílvio é herdeiro do cravo e guardião da manhã (e nós também)

Sílvio é herdeiro do cravo e guardião da manhã (e nós também)

Foi numa aldeia de Rossas, Vieira do Minho, que Francisco Duarte Mangas viveu a Revolução dos Cravos. Tinha 14 anos e viu tudo acontecer pela televisão. Estava nas aulas – naquela altura, havia a Telescola, com emissão das duas às sete da tarde – e lembra-se do crucifixo de um lado e dos retratos de Américo Thomaz e Marcello Caetano do outro. “Estávamos a ter francês quando interromperam a emissão, veio um dos militares do Conselho da Revolução comunicar o que estava a acontecer e a professora nos mandou ir para casa”, recorda Francisco, que neste mês de Abril, a propósito dos 50 anos do 25 de Abril, nos convida a reflectir sobre o que significa viver em liberdade – e, mais importante, como podemos assegurar que Portugal não volta a ser o “País da Gente Triste”. No seu novo livro, editado pelo Caminho das Palavras e desenhado por Ana Biscaia a carvão e aguarela, o protagonista é um menino curioso que, ao ver a mãe de cravo na mão, quer saber porque anda ela com uma flor tão linda. Sílvio, herdeiro do cravo chega às livrarias este sábado, 20 de Abril. “Naquela altura [antes do 25 de Abril], já tínhamos ouvido falar num golpe de Estado, mas não sabíamos o que era, eu não sabia, e lá fomos para as aulas, até que aconteceu”, conta-nos Francisco, que eventualmente haveria de ir estudar para o Porto, para se formar em História. Actualmente, é escritor a tempo inteiro e presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. “Lembro-me que fizemos a nossa primeira man

A madrasta de Teresa não é como as dos contos de fadas

A madrasta de Teresa não é como as dos contos de fadas

As madrastas são todas más, é o que nos dizem os contos de fadas: a da Branca de Neve é uma bruxa invejosa, a da Cinderela força-a a cozinhar e a limpar a casa sozinha. E, quando dizemos que a vida nos é madrasta, queremos dizer que tem sido dura, que as felicidades são poucas e os dissabores fazem fila à porta. Mas a palavra “madrasta” vem do latim vulgar matrasta, que significa apenas “mulher do pai”. O sentido depreciativo nada tem a ver com a sua etimologia e, claro, as madrastas não são todas más. Que o diga Inês Neves Rosa. Além de filha e enteada, Inês também é mãe e madrasta (consta que sem reclamações). Tal como a fictícia Joana, que dá muitos mimos e chama à enteada Teresa a “coisa-boa-mais-linda-do-mundo”. Editado pela Porto Editora, A Minha Madrasta, o álbum ilustrado que Inês assina com Mariana Dimas, procura desfazer o estigma e ressignificar a palavra. Chega às livrarias esta quinta-feira, 18 de Abril. “Encontrei a página Somos Madrastas, da brasileira Mariana Camardelli, em 2021. Fiquei a pensar ‘adorava fazer isto em Portugal’. Falei com a Mari, que foi impecável e me ajudou, e agora o movimento também tem crescido cá [são cinco mil seguidores no Instagram], com vários testemunhos sobre a madrastidade, desde as dificuldades aos sentimentos de invisibilidade, de insegurança, de incompreensão que provocam. Foi por causa disso que me convidaram para falar, por exemplo, n’Um Género de Conversa e foi precisamente por causa desse podcast que a Mariana me contactou

Ir às praias da Arrábida só de transportes públicos (ou modos suaves)

Ir às praias da Arrábida só de transportes públicos (ou modos suaves)

A Câmara Municipal de Setúbal aprovou um novo Programa Arrábida sem Carros e em Segurança, que antecipa as regras para a época balnear, que arranca a 1 de Junho e se prolonga até 15 de Setembro. Mas, salvo uma ou outra medida, é o habitual. A aposta continua a ser nos transportes públicos e nos modos suaves, como bicicletas e trotinetas, impondo-se as clássicas restrições rodoviárias em prol dos bens naturais e da biodiversidade do concelho. “As condições muito particulares deste território impõem que se estabeleça um modelo específico de mobilidade e acesso às praias do concelho de Setúbal, designadamente para o período correspondente à época balnear, em que se regista maior afluência de utentes”, lê-se em comunicado da autarquia, que destaca o compromisso com “acções de preservação e sustentabilidade ambiental” numa das duas áreas protegidas do concelho. Segundo a mesma nota, a ideia é contribuir para a redução da emissão dos gases de estufa no concelho, rumo à neutralidade carbónica que o país está obrigado a atingir até 2050, bem como prevenir riscos, nomeadamente os associados ao socorro e prevenção de incêndios rurais e florestais, e promover a utilização dos transportes públicos e da circulação em modos suaves. “As condições particulares do Parque Natural da Arrábida, com características naturais, morfológicas e ambientais da orla costeira, não se compadecem com a elevada pressão exercida pela circulação e parqueamento irregular de viaturas automóveis, em particular, d

Veja as imagens das futuras estações de metro da Estrela e de Santos

Veja as imagens das futuras estações de metro da Estrela e de Santos

As estações do Rato, da Estrela e de Santos estão unidas por um túnel desde Março, depois da demolição da estrutura que as separava, mas a Linha Circular só deverá inaugurar no primeiro trimestre de 2025. Em antecipação da conclusão da obra, que tem sido adiada devido a vários atrasos, o Metropolitano de Lisboa lançou um conjunto de três vídeos com imagens em 3D, que permitem conhecer, de uma forma mais aproximada, o resultado da construção das futuras estações da Estrela e de Santos, bem como da remodelação da actual estação do Cais do Sodré. Na Estrela, as escavações começaram há um ano. A futura estação, localizada no cimo da Calçada da Estrela, em frente à Basílica, será acessível na extremidade sul do Jardim da Estrela, a partir do antigo edifício da farmácia do Hospital Militar, e estará servida por seis ascensores e duas escadas mecânicas. Já a futura estação de Santos – localizada a poente do quarteirão definido pela Av. D. Carlos I, Rua das Francesinhas, Rua dos Industriais e Travessa do Pasteleiro – terá acessos na Travessa do Pasteleiro e na Avenida D. Carlos I, com o acesso principal no Largo da Esperança, integrando o elevador dos bombeiros. Existirá também um acesso ao Bairro da Madragoa por elevador, com todos os níveis da estação, desde o cais à superfície, servidos por escadas mecânicas. Segundo o Metropolitano de Lisboa, os trabalhos decorrem a bom ritmo. Quanto à actual estação do Cais do Sodré, será criado um novo átrio poente com novos acess