No ano em que se assinala o 50.º aniversário da Revolução de 1974, o Centro Cultural de Belém promove um ciclo de leitura focado no conceito de liberdade, a falta dela e a forma como a vivemos. Com orientação da crítica literária Helena Vasconcelos e a primeira sessão marcada para 7 de Março, a proposta é começar por revisitar os acontecimentos de há cinquenta anos, com Revolução, o romance de Hugo Gonçalves que acompanha esses tempos de exaltação, bem como tudo o que se seguiu na construção da nossa democracia. Seguem-se várias análises sobre os traumas ligados à escravatura, com A Estrada Subterrânea, de Colson Whitehead (14 Mar); ao vício, com O Jogador, de Fiódor Dostoiévski (4 Abr); à falta de liberdade provocada pelo totalitarismo, com História de uma Serva, de Margaret Atwood (18 Abr); pela incapacidade física, com As Primas, de Aurora Venturini (9 Mai); e pela pressão da religião numa comunidade, com Se o disseres na Montanha, James Baldwin (23 Mai). A participação custa 7€ por sessão ou 33€ o conjunto.
Há muitos clubes de leitura por onde escolher (e mesmo para ir variando). São para adultos, são para jovens ou crianças, são para gente dos 8 aos 90, e estão por todo o lado, em Lisboa e nos arredores. Desde o novo Ursula Reading Club, que promove ficção científica feminista, até ao clube de leitura do Instituto Cervantes, para quem faz questão de ler na língua de nuestros hermanos, o importante é encontrar um onde se sinta bem-vindo. Vai ver que ler não tem de acontecer só entre trocas de metro, à noite, antes de ir dormir, ou nas férias de Verão. E não, também não precisa de o fazer sozinho. Palavra.
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