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Desdicionário Luis Leal Miranda
Wandson Lisboa

Sabe o que é um pirilampo trágico? Vá ver ao Desdicionário

Cansado das 200.000 palavras do dicionário, Luís Leal Miranda, ilustre colaborador da Time Out, começou a inventar os seus próprios verbetes que deram origem ao Desdicionário da Língua Portuguesa.

Escrito por
Luís Leal Miranda
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Ao desafio de criar palavras específicas para os alfacinhas, o autor respondeu com estes 12 “lisboísmos”, expressões ou palavras inventadas de propósito para serem usadas por lisboetas. 

aluminismo

s. m. Movimento de renovação das varandas de Lisboa que teve no alumínio a sua principal matéria-prima e deu origem a centenas de marquises.

avistadário

s. m. Sinónimo de “miradouro”. maluco dos corvos informal Expressão usada para designar as pessoas que mostram um entusiasmo louco pela cidade de Lisboa.

pirilampo trágico

informal Indivíduo que deixa o carro em segunda fila, com os quatro piscas ligados, acrescentando drama desnecessário à vida dos condutores lisboetas.

calcáries

s. f. Falhas no padrão das pedras de calcário da calçada portuguesa.

metropolitangas

s. f. pl. Justificações esfarrapadas para os atrasos frequentes do Metropolitano de Lisboa.

cruzeiradores

s. m. O mesmo que chinelómanos, chapelistas e carteiras com pernas; sinónimos para a palavra “turista”.

chaxixe

s. m. Droga de chacha que é vendida aos turistas na Baixa. porta-turistas popular Nome alternativo para o eléctrico 28.

embustedorismo

s. m. Espécie de empreendedorismo oportunista que cria negócios ao sabor das modas.

taxismos de aeroporto

informal Expressão usada para argumentações longas e demoradas que dão uma grande volta até chegar a uma conclusão simples e óbvia, com um caminho muito mais directo.

Desdicionário da Língua Portuguesa, Luís Leal Miranda (texto), José Cardoso (ilustração) Stolen Books, 208 pp, 12,59€ 

Outras leituras

  • Arte

Dificilmente adivinharia o autor: “O turista, como se sabe, é logo a seguir à galinha (de aviário ou não), o animal menos viável da criação”. Estes textos, publicados em Luanda no ano de 1971, no Notícia – Semanário Ilustrado, devolvem-nos um Herberto Helder (1930-2015) que muito poucos conhecerão (o próprio filho, Daniel Oliveira, que prefacia o livro, nunca os lera), num registo entre a reportagem e a crónica, munido de um humor espantoso e de uma verve crítica que, todavia, não apagam um certo traço poético na sua escrita. 

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Mamas & Badanas. O livro que afinal é só silicone
  • Arte

Mamas & Badanas está dividido em dois por um profundo rego: de um lado uma centena de páginas sobre os textos nas badanas e contracapas dos livros de autores portugueses; do outro um volume similar de páginas que inventariam ocorrências de seios. Ambos possuem elevado potencial humorístico.

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