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Casar a arte com a tecnologia no The New Art Fest

Escrito por
Francisca Dias Real
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De mãos dadas, a arte e a tecnologia dão o mote para o The New Art Fest. A segunda edição deste festival arranca na sexta-feira, dia 10, e estende-se até dia 30 de Novembro. Decorre no Museu Nacional de História Natural e Ciência (MUHNAC) e, este ano, tudo gira à volta do tema “Lisboa Cidade Aberta”.

As artes e novas tecnologias são a base deste festival que tem como grande objectivo promover a reflexão sobre as transformações tecnológicas das cidades, e este está especificamente focado na nossa cidade de Lisboa. “É um festival vocacionado para as manifestações artísticas mais recentes – sobretudo as artes visuais – com foco particular nas tensões entre arte, tecnologia e ciência”, explica António Cerveira Pinto, director artístico do festival.

Dasha Battelle

No primeiro lugar do pódio do The New Art Fest está o mundo digital, um reinado que é mostrado na grande exposição “Lisboa Cidade Aberta”, que junta mais de 40 artistas no Picadeiro do antigo Colégio dos Nobres do MUHNAC. O português Leonel Moura (com os seus robots artistas), os norte-americanos Katai e Miza Coplin, Nashin Mahtani da plataforma PetaBencana.id, Tiago Rorke, Dasha Batelle, André Sier ou Maria Lopes são alguns dos artistas presentes na exposição no Picadeiro.

O festival reúne especialistas em locative media, inteligência artificial, robótica e post-internet art, tudo para que perceba que entrámos numa nova era artística. “Queremos atingir um público muito amplo. Nesse sentido vamos desde autores com mais de 60 anos até autores com 20 e tal anos”, explica. “Depois há obras de arte que se vêem no local e outras que foram pensadas para determinados formatos. Somos um festival multiplataforma.”

Ken Rinaldo

Para não falar de uma série de camadas incontornáveis na vida da cidade que, apesar de muitas vezes passarem despercebidas ao olho humano, assumem cada vez mais relevo. “Desde o início que as cidades assentam no princípio de haver uma rede – de esgotos, telefones, estradas –, mas com o aparecimento da era digital já não existem só redes físicas. Hoje temos redes digitais que na realidade acrescentam uma série de layers novos que não são visíveis”, refere. Qual é a ideia então? A ideia é construir um mapa electrónico de Lisboa, que desenhe essas linhas digitais que precisamos de conhecer.

Mas para perceber o que não pode perder no The New Art Fest, o melhor é saber quais são os nossos destaques da programação:

Segunda Cidade

Como já explicámos, todas as cidades assentam em redes que deixaram de ser apenas físicas para se transporem para o mundo digital – e a Segunda Cidade será a apresentação de um protótipo do mapa cultural electrónico da cidade. Ora isto trocado por miúdos significa que poderá perceber onde andam as redes digitais que não vemos e como se interligam. Algoritmos e mais algoritmos, porque no fundo é isso que rege a nossa presença no mundo online. “A Lisboa Cidade Aberta, primeiramente, é a ideia de que a cidade é maior do que aquilo que parece, porque tem uma dimensão imaterial, digital”, afirma António Cerveira Pinto.

Picadeiro do MUHNAC. Sex até 30 de Novembro. Ter-Dom 11.00-17.00. 5€ (preço da entrada no museu).

Turismo 3.0

Além das obras expostas, esta edição vai dar atenção, através de um debate, a fenómenos novos com implicações relevantes na vida alfacinha: o novo turismo, alimentado pelas redes sociais e pelos novos meios tecnológicos, e o grande influxo de massa cinzenta criativa na cidade. Helena Barranha, Nuno Correia e Pedro Andrade sentam-se para debater uma temática que preocupa os habitantes da cidade. “Vamos discutir as mudanças tecnológicas no turismo porque um dos factores que mais atrai pessoas é efectivamente a divulgação dos turistas nas redes sociais e que está a ter um impacto muito rápido na cidade”, explica António Cerveira Pinto, que será o moderador nesta conversa que decorre no sábado, dia 11, às 16.00 no Picadeiro.

Picadeiro do MUHNAC. Sáb 16.00. Entrada livre.

Passeio Psicogeográfico

No dia 25 de Novembro há um passeio psicogeográfico pela cidade. Terá de instalar uma app no seu smartphone que lhe vai dar coordenadas para vaguear por Lisboa segundo um algoritmo. O grande objectivo é conhecer a capital com outros olhos, sem ser através de um percurso definido por si. Vai ver que encontra ruelas e coisas que nunca viu e onde nunca esteve.

Ponto de partida: MUHNAC. 25 de Novembro 11.00-16.00.

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