astronomia
Fotografia: Greg Rakozy/ Unsplash

Eclipses e chuvas de meteoros: o que vamos ver no céu em 2024

Olhe para cima. Já viu como o céu está bonito? Estes são os eventos astronómicos a não perder este ano.

Raquel Dias da Silva
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Apesar do calendário astronómico para 2024 contar com fenómenos raros, a maior parte dos espectáculos não vai ser visível a partir de Portugal. Os astroturistas, amadores e profissionais, vão ter de se contentar, por isso, com os poucos fenómenos previstos e lembrar-se de que o mais importante é ver as estrelas a brilhar. De qualquer forma, para não perder pitada do pouco que se vai passar lá em cima, espreite esta lista de eventos astronómicos e comece a pensar nos próximos dias à janela, no jardim ou no terraço, a apreciar eclipses e chuvas de meteoros.

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Eventos astronómicos a não perder

Março

O primeiro eclipse de 2024 está previsto para os dias 24 e 25 de Março. Em Portugal, apenas o início será visível, pelas 16.53. Como a Lua estará abaixo do horizonte na nossa geografia na maior parte do tempo, não será possível ver nem o pico máximo nem o fim do fenómeno.

Abril

Em Abril de 2024, no dia 8, haverá um eclipse solar total, que em Portugal apenas será parcial. A verdade é que vamos ter de esperar mais dois anos até vermos de facto um eclipse solar total no nosso país, a 12 de Agosto de 2026.

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Maio

Famosa pela sua velocidade, a chuva de meteoros Eta Aquáridas atinge o seu pico máximo em Maio de cada ano. Em 2024, começa a chover a 19 de Abril e termina a 28 de Maio, com o pico de intensidade previsto acontecer entre os dias 5 e 6 de Maio. A melhor altura para as ver costuma ser nas primeiras horas antes do amanhecer.

Agosto

As Perseidas ocorrem todos os anos entre meados de Julho e final de Agosto. Em 2024, a chuva de meteoros estará activa de 17 de Julho a 24 de Agosto – o pico de intensidade está previsto para dia 12 de Agosto.

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Setembro

Tirando o início do Outono, que no hemisfério norte é chamado de “Outono boreal”, a 23 de Setembro, este mês não vai contar com muitos eventos astronómicos dignos de nota. Um fenómeno comum na Europa associado a esta altura do ano é aquele “período de calor fora da estação” que geralmente ocorre no final de Outubro e Novembro. Em Portugal, chamamos-lhe o “Verão de São Martinho”.

Outubro

Outubro é mês de chuvas de estrelas (é assim que as conhecemos, mas na verdade são chuvas de meteoros). A das Draconídeas – criadas quando a Terra passa pelos detritos de poeira deixados pelo cometa 21P/Giacobini-Zinner – começa a 6 de Outubro, termina a 10 e tem o seu pico de intensidade entre os dias 8 e 9.

A decorrer de 2 de Outubro a 7 de Novembro, o pico de intensidade das Oriónidas – produzida pelos fragmentos de um dos cometas mais famosos da história, o 1P/Halley – está previsto para 20 e 21 de Outubro, com 10 a 20 eventos astronómicos por hora.

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Novembro

As Leónidas, associadas à passagem do cometa Tempel-Tuttle, podem ser observadas todos os anos por volta de 17 de Novembro. Este ano não será excepção. As chuvas começam a 6, mas o pico é de facto entre os dias 16 e 17. De 30 em 30 anos, costumam haver verdadeiras tempestades de Leónidas: a última foi em 1998, por isso só lá para 2028 é que terá oportunidade de assistir a uma. Em 2024, esperam-se cerca de 15 a 20 meteoritos por hora.

Dezembro

Em Dezembro, além da mudança de estação, com o Solstício de Inverno no dia 22, conte com duas chuvas de meteoros.

As Geminídeas são consideradas uma das mais espectaculares chuvas de meteoros do ano. Com sorte, conseguimos avistar cerca de 120 meteoros por hora no seu pico, que em Portugal será entre os dias 13 e 14 de Dezembro. Ao contrário da maioria das outras chuvas, as Geminídeas não estão associadas a um cometa mas a um asteroide: o 3200 Phaethon, que demora cerca de 1,4 anos a orbitar o Sol.

Já a chuva de meteoros Ursídeas – associada ao cometa 8P/Tuttle – está activa anualmente entre 17 e 26 de Dezembro. O pico ocorre geralmente entre os dias 22 e 23.

Guia para astroturistas

  • Música

Além de tornar as noites menos escuras e de fazer subir e descer a superfície dos mares, o satélite da Terra também agita os cantos escuros e misteriosos das almas dos compositores. De uma peça obscura de um autor ibérico anónimo do século XVI ao celebérrimo Clair de Lune, de Debussy, muitos foram os compositores que foram inspirados pela lua – como foi o caso de Haydn, Schubert ou Schumann.

  • Música

É verdade que a poluição luminosa tem vindo a arruinar o espectáculo do céu nocturno, mas nem por isso este deixou de ser uma forte inspiração para os escritores de canções pop. Das décadas de 70 e 80 até aos dias de hoje, não faltam pérolas sobre as estrelas, algumas tão boas que nos conseguem até levar ao céu.

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