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astronomia
Fotografia: Greg Rakozy/ Unsplash

O céu de 2023: eventos astronómicos a não perder

Olhe para cima. Já viu como o céu está bonito? Estes são os eventos astronómicos a não perder em 2023.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Apesar do calendário astronómico para 2023 contar com fenómenos raros, a maior parte dos espectáculos não vai ser visível a partir de Portugal. Os astroturistas, amadores e profissionais, vão ter de se contentar, por isso, com os poucos fenómenos previstos e lembrar-se de que o mais importante é ver as estrelas a brilhar. De qualquer forma, para não perder pitada do pouco que se vai passar lá em cima, espreite esta lista de eventos astronómicos e comece a pensar nos próximos dias à janela, no jardim ou no terraço, a apreciar eclipses e chuvas de meteoros.

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Eventos astronómicos a não perder

Agosto
Fotografia: Austin Human/ Unsplash

1. Agosto

Além da chuva de estrelas das Perseidas, que teve o seu pico de intensidade a 12 e 13 de Agosto, mas dura até 1 de Setembro, Agosto é um dos melhores meses para ver Saturno ao telescópio (sobretudo se rumar até ao Observatório do Lago Alqueva, onde encontrará até dia 31 alunos dos cursos de Mestrado e Doutoramento em Astrofísica e Cosmologia, para participar em sessões de observação astronómica). 

Depois de uma super-lua a 1 de Agosto, a próxima ocorre no dia 31 – e, como é a segunda do mês em lua cheia, também é considerada uma lua azul, uma vez que é raro haver duas luas cheias no mesmo mês. Aliás, tão raro que só voltará a acontecer em 2031.

2. Setembro

Tirando o início do Outono, que no hemisfério norte é chamado de “Outono boreal”, a 23 de Setembro, este mês não vai contar com muitos eventos astronómicos dignos de nota. Um fenómeno comum na Europa associado a esta altura do ano é aquele “período de calor fora da estação” que geralmente ocorre no final de Outubro e Novembro. Em Portugal, chamamos-lhe o “Verão de São Martinho”.

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Outubro
© Hamid Khaleghi / Unsplash

3. Outubro

Outubro é mês de chuvas de estrelas (é assim que as conhecemos, mas na verdade são chuvas de meteoros). A das Draconídeas – criadas quando a Terra passa pelos detritos de poeira deixados pelo cometa 21P/Giacobini-Zinner – começa a 6 de Outubro, termina a 10 e tem o seu pico de intensidade entre os dias 8 e 9.

A decorrer desde 26 de Setembro e até 22 de Novembro, o pico de intensidade das Oriónidas – produzida pelos fragmentos de um dos cometas mais famosos da história, o 1P/Halley – está previsto para 20 e 21 de Outubro, com 10 a 20 eventos astronómicos por hora.

Já no dia 28, será possível ver um eclipse lunar parcial, que acontece quando uma parte da lua é obscurecida pela sombra terrestre. Este evento começa pelas 19.03, tem o seu pico pelas 21.38 e termina pelas 23.24. Antes, no dia 14, vai haver um eclipse solar parcial, mas esse não será visível em Portugal.

Novembro
© Time and Date

4. Novembro

As Leónidas, associadas à passagem do cometa Tempel-Tuttle, podem ser observadas todos os anos por volta de 17 de Novembro. Este ano não será excepção. As chuvas começam a 6, mas o pico é de facto entre os dias 17 e 18. De 30 em 30 anos, costumam haver verdadeiras tempestades de Leónidas: a última foi em 1998, por isso só lá para 2028 é que terá oportunidade de assistir a uma. Em 2023, esperam-se cerca de dez meteoritos por hora.

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Dezembro
© Time and Date

5. Dezembro

Em Dezembro, além da mudança de estação, com o Solstício de Inverno no dia 22, conte com duas chuvas de meteoros.

As Geminídeas são consideradas uma das mais espectaculares chuvas de meteoros do ano. Com sorte, conseguimos avistar cerca de 120 meteoros por hora no seu pico, que em Portugal será entre os dias 14 e 15 de Dezembro. Ao contrário da maioria das outras chuvas, as Geminídeas não estão associadas a um cometa mas a um asteroide: o 3200 Phaethon, que demora cerca de 1,4 anos a orbitar o Sol.

Já a chuva de meteoros Ursídeas – associada ao cometa 8P/Tuttle – está activa anualmente entre 17 e 24 de Dezembro. O pico ocorre geralmente por volta de dia 23 – em Portugal será entre os dias 22 e 23 e os observadores vão poder ver até dez meteoros por hora.

Guia para astroturistas

  • Música

Além de tornar as noites menos escuras e de fazer subir e descer a superfície dos mares, o satélite da Terra também agita os cantos escuros e misteriosos das almas dos compositores. De uma peça obscura de um autor ibérico anónimo do século XVI ao celebérrimo Clair de Lune, de Debussy, muitos foram os compositores que foram inspirados pela lua – como foi o caso de Haydn, Schubert ou Schumann.

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  • Música

É verdade que a poluição luminosa tem vindo a arruinar o espectáculo do céu nocturno, mas nem por isso este deixou de ser uma forte inspiração para os escritores de canções pop. Das décadas de 70 e 80 até aos dias de hoje, não faltam pérolas sobre as estrelas, algumas tão boas que nos conseguem até levar ao céu.

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