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Nuno Correia

Lisboa 2017: adeus obras, olá praças e quiosques

Nada como um ano de eleições para Lisboa se transformar numa menina e moça de banho tomado. Finalizadas as renovações de uma série de largos e praças alfacinhas, recorde as zonas de passagem obrigatória na cidade

Escrito por
Maria Ramos Silva
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“Uma praça em cada bairro”. Não é que em muitos casos não as houvesse já, mas era como imaginar uma Lisboa meio desmazelada, com restos de maquilhagem na cara e aspecto duvidoso para apresentar às visitas, essas hordas de forasteiros que não param de chegar, para logo se enamorarem por esta senhora.

São 30 os largos da cidade abrangidos por aquele desafio lançado em 2014 pela Câmara Municipal e pelas Juntas de Freguesia, e que deveria ser cumprido até 2017. De Santos à Graça, de Campolide ao Cais do Sodré, o objectivo era renovar as principais áreas nobres dos diferentes bairros lisboetas. Pois bem, muita obra se arrastou para lá do prazo estimado, mas nada como o aproximar das eleições autárquicas para agilizar processos e respectivas inaugurações (não é por acaso que só em 2016 se começou a assistir à intensificação dos trabalhos ).

Mas vamos ao resultado final, e ao impacto directo na vida de quem cá mora e trabalha, volvido o incómodo natural provocado pelo pó, pelo barulho, pelos necessários desvios e por uma série de outros compreensíveis motivos de queixume por parte dos fregueses . Chegados ao final do ano, temos mais espaço para os peões, mais ciclovias para os utilizadores das duas rodas, e muitos mais quiosques de portas (ou janelinhas, neste caso) abertas, em perfeita sintonia com um Verão que se estendeu para lá do tempo expectável. Note-se até o saudável efeito contagioso de uma cidade um bocadinho mais virada para quem a deve usufruir – que bom foi receber o novo quiosque da Biblioteca Galveias, por exemplo, ou acabar de saber que o campo Mártires da Pátria ganhou um dog park, para gáudio dos alfacinhas de quatro patas.

Entretanto, tome nota do elenco de obras na calha para os próximos tempos, porque há sempre trabalho pela frente: largo do Conde Barão, Praça do Chile, Avenida de Roma e Rato são alguns dos eleitos.

Lisboa de cara lavada

1. Eixo Central

Entrecampos-Saldanha-Picoas. Um dos principais eixos da cidade respira hoje de forma mais desafogada. Os automobilistas não terão morrido de amores por esta marcha mas os passeios estão bem mais bonitinhos.

Cais do Sodré
Fotografia: Arlindo Camacho

2. Cais do Sodré

Foi no final de Fevereiro que as obras encetadas em 2015 disseram adeusinho e nada como assinalar a data com festa à altura. Dead Combo e B Fachada deram música a quem passava.

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Campolide
©CML

3. Campolide

Velho-novo largo e velha-nova Rua de Campolide. Para juntar à festa, três meses de obras depois, abriu portas no final de Agosto uma renovada churrasqueira Valenciana, ex-líbris da zona, com direito a esplanada e jardim vertical.

4. Alcântara

Ajudar a resolver o problema das cheias, algo costumeiro para as bandas de Alcântara quando o céu desata a chorar, o que não tem sido o caso, foi um dos desígnios desta intervenção. Hoje vale a pena sentar-se um pouco no largo do Calvário, por onde passámos em Outubro.

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5. Graça

As obras começaram em Junho de 2016 e deveriam ter terminado em Novembro desse ano. Mas graças a todos os santinhos ficaram prontinhas a tempo dos Santos Populares. Foi em Junho deste ano.

Campo das Cebolas

6. Campo das Cebolas

Um espaço verde em cima e um futuro parque de estacionamento em baixo. A obra a cargo da EMEL ainda continua mas, mais de um ano e meio e muitos achados arqueológicos depois, já se pode passear entre os dois espaços ajardinados rasgados por um largo caminho em cimento. A zona até acaba de receber uma loja Benamôr.

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