Os feitos arquitectónicos lisboetas estão longe de ter acabado na empreitada pombalina. Milhares de toneladas de betão, ferro e vidro depois, não faltam grandes obras de arquitectura e de design, ao estilo de cada época, para ver sem pagar bilhete. Visitar estes ex-líbris da cidade está ao alcance de todos os que quiserem ver as melhores obras de design e arquitectura de Lisboa. Só tem de se orientar pela nossa lista cheia de curvas e contracurvas arquitectónicas. Dê corda aos sapatos e explore este roteiro obrigatório pelas melhores obras de arquitectura e design em Lisboa.
84 espaços, 38 estreias. À sétima edição, o Open House, que abre as portas de espaços em Lisboa habitualmente inacessíveis ao público, não pára de surpreender e não só apresenta novos sítios, como um novo site e até um guia de bolso coleccionável com tudo o que vai poder conhecer em apenas dois dias.
A tarefa está longe de ser fácil, mas este ano há uma ajuda bem preciosa e amiga dos smartphones: o site está renovado e nele é possível planear o seu próprio roteiro através das nove zonas de Lisboa seleccionadas para o Open House: Alvalade/ Cidade Universitária; Avenidas Novas; Baixa/ Chiado/ Castelo; Beato/ Marvila: Belém/ Restelo; e Santos/ Príncipe Real/ Campo de Ourique. Se quiser, escolha apenas uma.
Mas o que o evento pretende é também dar a conhecer os diferentes habitats da capital, que embora sejam dinâmicos e se adaptem à passagem do tempo, acabam por ter características próprias que dão uma leitura do conjunto de cada zona.
Sejam as moradias do Restelo ou os bairros da zona Oriental de Lisboa, do qual é exemplo o conjunto habitacional Pantera Cor-de-Rosa, no Bairro dos Lóios, Marvila. E desafia os visitantes a conhecer as entranhas de uma cidade cada vez mais cosmopolita, mas cujos processos de mudança não se fazem sentir, pelo menos da mesma forma, em todo o território.
As visitas aos espaços podem ser feitas em três modalidades: a Visita por Voluntário, que dá a conhecer o espaço em detalhe; a Visita por Especialista, que é comentada pelo autor do projecto ou por um especialista convidado; e a Visita Livre, aquela onde terá de perceber tudo sozinho.
Comissariada pelo arquitecto, crítico e professor Luís Santiago Baptista e pela arquitecta, professora e investigadora Maria Rita Pais, esta edição vai contar ainda com nove Percursos Urbanos concebidos por especialistas, uma da grandes novidades deste ano. Todos os percursos a pé duram 1h30, e na sua maioria não precisam de marcação –mas isso pode resolver no site oficial a partir da tarde de 13 de Setembro.
À semelhança do ano passado, a organização continua a criar condições para visita de pessoas cegas, com baixa visão, surdas ou com deficiência cognitiva, tendo planeado um conjunto de visitas específicas para que este público tenha a experiência mais completa possível. Estufa Fria, Museu Nacional dos Coches, Palácio da Justiça, Museu do Dinheiro e Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha fazem parte deste cardápio, num total de 14 visitas que recorrem à descrição, a experiências tácteis e à língua gestual portuguesa.
O guia é gratuito e pode ser levantado na sede da Trienal de Lisboa (Campo de Santa Clara, 145) às quartas entre as 16.00 e as 21.00. Ou pode sempre descarregá-lo aqui.
Fotografias de Duarte Drago.
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