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Daniel Mordzinski/ Porto EditoraLuis Sepúlveda

Luis Sepúlveda (1949-2020): cinco livros para celebrar o escritor chileno

Luis Sepúlveda morreu esta quinta-feira. Recorde o premiado escritor chileno através de cinco dos seus livros

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Luis Sepúlveda morreu esta quinta-feira, aos 70 anos, no Hospital Universitário Central de Asturias, em Oviedo, Espanha. Com quase toda a sua obra publicada em Portugal pela Porto Editora, o escritor chileno era presença assídua nos festivais literários nacionais. Há dois meses participara no Correntes d’Escrita, na Póvoa de Varzim, antes de ser diagnosticado com Covid-19. Da sua vasta obra, destacam-se O velho que lia romances de amor e a História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar. Mas desde o primeiro livro, o premiado Crónicas de Pedro Nadie, que conquistou a admiração dos leitores. Para além de romancista, foi realizador, argumentista, jornalista e activista político. Detentor de vários prémios literários, Luis Sepúlveda é também conhecido pela sua veia dissidente – foi expulso da Universidade Lomonosov de Moscovo, por “atentado à moral proletária”, e pouco mais tarde da Juventude Comunista do Chile. Para o recordar, seleccionámos cinco das suas obras, incluindo o seu último livro, O Fim da História.

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Luis Sepúlveda: cinco livros para recordar o escritor chileno

O velho que lia romances de amor (1988)
O velho que lia romances de amor, de Luís Sepúlveda

1. O velho que lia romances de amor (1988)

Um clássico da literatura latino-americana, este romance descreve as aventuras e emoções do velho Bolívar Proaño, que vive em El Idilio, um lugar remoto na região amazónica dos índios shuar, com quem aprendeu a conhecer a selva e a respeitar os animais que a povoam, mas também a caçar e a descobrir os trilhos mais indecifráveis. Um certo dia, o protagonista, que procura alhear-se da fanfarronice estúpida dos “gringos” armados até aos dentes, resolve ler os “romances de amor” que o seu dentista lhe recomenda duas vezes por ano.

Preço: 8,99€/ebook (Porto Editora)

Patagónia Express (1995)
Patagónia Express, de Luis Sepúlveda

2. Patagónia Express (1995)

Desde os seus primeiros passos na militância política, que o levaram à prisão e depois ao exílio em diferentes países da América do Sul, até ao reencontro feliz, anos depois, com a Patagónia e a Terra do Fogo, é longa a viagem (e o exercício de memória) a que Luis Sepúlveda nos propõe e se propõe a fazer neste que é um dos livros de referência do autor chileno. Homenagem a um comboio que já não existe fisicamente, mas que continua a morar no pensamento de muitos homens e mulheres, é mais do que uma história: é uma colectânea de histórias e uma extensa galeria de personagens a não esquecer.

Preço: 9,99€/ebook (Porto Editora)

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História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar (1996)
História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, de Luis Sepúlveda

3. História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar (1996)

O que faria um gato se a seu cuidado ficasse um ovo de gaivota? Com a graça de uma fábula, a força de uma parábola e deliciosas ilustrações de Sabine Wilharm, esta história sobre esperança, já considerada por muitos um clássico, conta-nos como Zorbas, um gato de palavra, fica responsável por cuidar do ovo de uma gaivota, posto momentos antes de a progenitora ser apanhada por uma maré negra de petróleo. A premissa é a honra dos compromissos assumidos, por mais hercúlea que se possa apresentar essa tarefa.

Preço: 9,99€/ebook (Porto Editora)

A sombra do que fomos (2009)
A sombra do que fomos, de Luis Sepúlveda

4. A sombra do que fomos (2009)

O regresso de Luis Sepúlveda aos romances foi também uma homenagem ao “idealismo dos perdedores”, com esta história sobre três sexagenários militantes de esquerda que se voltam a reunir mais de três décadas depois. São convocados por Pedro Nolasca, antigo camarada com ordens para executar uma arrojada acção revolucionária, interceptada inesperadamente por um gira-discos, na sequência de uma desavença conjugal. Carregado de memórias do exílio e sonhos desfeitos, este livro, vencedor de um Prémio Primavera de Romance em 2009, promete comover até o coração mais empedernido.

Preço: 9,99€/ebook (Porto Editora)

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O fim da história (2017)
O fim da história, de Luis Sepúlveda

5. O fim da história (2017)

Publicado em Portugal em Maio de 2017, O fim da história foi mesmo o último livro de Luis Sepúlveda em vida. A história é a de Juan Belmonte, um antigo revolucionário chileno já conhecido de Nome de Toureiro (1988), que vive pacatamente com a sua companheira Verónica, ambos à procura de escapar à sombra do que foram. Tudo muda quando os serviços secretos russos, que conhecem o seu famoso currículo de guerrilheiro feito de muitas lutas por todo o continente americano, o recrutam para uma missão especial.

Preço: 9,99€/ebook (Porto Editora)

Coisas para fazer em casa

  • Coisas para fazer

Em tempos de pandemia mundial nunca são demais as ideias para nos entretermos no recanto do lar, entre a sala de jantar, o quarto, a varanda ou mesmo o jardim para os mais sortudos. Entre outras coisas, sem gastar um cêntimo, tem acesso a um vasto leque de livros digitais, os chamados ebooks, que pode aceder através do seu computador, telemóvel ou tablet. Faça download destes livros grátis.

  • Compras

Na verdade, o isolamento social é apenas um bom pretexto para termos algo que já deveríamos ter há muito tempo: um kit de emergência de vinho, uma garrafeira com “serviços mínimos”, uma reserva do líquido mágico de Baco para que, em qualquer momento de necessidade, estejamos safos. Embora seleccionar os vinhos ideais para compor esta garrafeira de serviço possa parecer complicado é, na verdade, bem simples. Não é imperativo construí-la num mês, nem em dois, cada um segue o seu ritmo e o da sua carteira.

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  • Coisas para fazer
  • Jogos e passatempos

Sabia que há um Dia Mundial do Puzzle, celebrado a 29 de Janeiro? Sim, também há o Dia Internacional de Falar como um Pirata ou o Dia Internacional dos Biscoitos de Cão, mas nada disso tira legitimidade a estes quebra-cabeças criados no século XVIII por um cartógrafo inglês chamado John Spilsbury. Muitas peças, poucas peças, para adultos ou para crianças, a arte de encaixar peças adapta-se a todas as idades, consoante o grau de dificuldade.

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