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A Rainha e a Bastarda
PEDRO PINA/RTP

‘A Rainha e a Bastarda’ é uma trapalhada histórica

Passada na corte de D. Dinis, a série da RTP perde-se num emaranhado de subenredos e beneficiaria de uma valente desbastadela.

Escrito por
Eurico de Barros
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★☆☆☆☆

As séries históricas portuguesas melhoraram bastante no aspecto geral, de há décadas para cá. O guarda-roupa já não parece todo alugado no Paiva e os ambientes de época são mais cuidados e verosímeis. Mas continuam a ter um défice de quórum, como se pode constatar em A Rainha e a Bastarda (RTP Play). A corte de D. Dinis são meia-dúzia de pessoas, os exércitos têm um punhado de soldados e as batalhas são travadas por micro-exércitos. A história deveria centrar-se na investigação da misteriosa violação e assassínio de Maria Afonso, filha bastarda mais nova de D. Dinis, no Convento de Odivelas, por um nobre designado pelo monarca, o seu fiel escudeiro Lopo Aires. Mas A Rainha e a Bastarda perde-se num emaranhado de subenredos: a guerra civil que opõe aquele a Afonso, o seu primogénito; as infidelidades do rei; as movimentações da rainha Santa Isabel, que tanto anda a cuidar de leprosos e indigentes como a flagelar-se; o trauma de Lopo Aires por causa do filho que morreu; as andanças de dois monges assassinos saídos não se sabe de onde; as tricas de Vataça, aia da rainha. O enredo “policial” principal perde-se entre toda esta trapalhada. A Rainha e a Bastarda estava a pedir não um argumentista, mas sim um barbeiro, para lhe dar uma valente desbastadela.

Críticas de televisão

  • Filmes

★★★★☆

Há uma vibração saborosamente lovecraftiana na série Arquivo 81 (Netflix), baseada num podcast. Tecnologia e magia unem-se para contar uma história que consegue manter-nos firmemente intrigados e arrepiados, apesar de estar cheia de elementos familiares e de personagens que não enganam quem bate há muito tempo os territórios do fantástico e do horror.

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  • Filmes

★★★☆☆

O feitio da inspectora Petra Delicato, da Polícia de Génova, protagonista da série Petra (FOX Crime. Sex 22.00) tem muito mais a ver com o seu nome do que com o apelido. No policial, um herói caracterizado de forma original e bem vincada, é mais do que meio caminho andado para cativar o leitor ou o espectador.

  • Filmes

★★★★☆

O filme de Patrícia Sequeira, uma versão fatiada e encurtada da série, com quase duas horas, chamou-se Bem Bom, mas a versão televisiva vem com um título diferente, Doce (RTP1, Sáb 21.00). Seria mesmo necessário tê-lo alterado? Pouco importa, é apenas um pormenor. A história das Doce só beneficia com mais duração para ser contada no seu formato alargado para televisão.

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