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La Cineteca Nacional presenta un curso sobre la filmografía de Akira Kurosawa
Foto: Cortesía Cineteca Nacional

Akira Kurosawa em sete tempos

Sete filmes de Akira Kurosawa vão passar no Cinema Nimas. Fazemos as apresentações.

Escrito por
Eurico de Barros
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São sete, cinco dos quais comercialmente inéditos em Portugal, os filmes de Akira Kurosawa que fazem parte de um ciclo que assinala os 110 anos do nascimento deste mestre japonês do cinema, e que começa esta quinta-feira no Cinema Nimas, em Lisboa, e no Teatro Campo Alegre, no Porto, prolongando-se até Outubro. Todos os filmes serão exibidos em cópias restauradas digitalmente, e Os Sete Samurais, que abre o ciclo, passa na versão integral, com três horas e meia de duração e intervalo de cinco minutos. Os títulos inéditos entre nós são Viver – Ikiru, A Fortaleza Escondida, Dodeskaden, O Trono de Sangue e O Barba Ruiva. O septeto fica completo com Yojimbo, o Invencível. Eis as fitas, uma a uma.

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Akira Kurosawa em sete tempos

Os Sete Samurais (1954)

O maior filme do seu género, um dos melhores filmes da história do cinema, o primeiro filme de acção moderno, pela utilização de várias câmaras em simultâneo, e o filme mais emblemático de Akira Kurosawa são alguns dos vários encómios que podemos tecer a este clássico dos clássicos. Sete samurais são contratados pelos camponeses de uma aldeia para a defenderem de bandidos saqueadores, combatem-nos e vão encontrar os seus vários destinos.

Cinema Nimas, Lisboa. 17 a 30 de Setembro

Yojimbo, o Invencível (1961)

Toshiro Mifune fez 16 filmes com Kurosawa e tem aqui um dos seus papéis mais formidáveis, o Yojimbo do título, um samurai errante que vende alternadamente os seus serviços a dois grupos de bandidos que rivalizam pelo controlo de uma pequena cidade, para livrar os seus habitantes de ambos. Os dois lados em conflito são igualmente “maus” e o herói, Yojimbo, é-lhes superior em coragem, dignidade e astúcia.

Cinema Nimas, Lisboa. 24 a 30 de Setembro. 

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Viver – Ikiru (1952)

O primeiro dos cinco filmes deste conjunto de sete que nunca se estreou em Portugal, Viver – Ikiru é um dos chamados “filmes humanistas” de Akira Kurosawa, em que o realizador extrai ressonâncias universais das histórias de personagens anónimas. Um burocrata que tem um cancro e só três meses de vida, empenha-se na transformação de um terreno baldio em parque infantil, para deixar algo de útil a alguém após a sua morte. 

Estreia a 1 de Outubro

A Fortaleza Escondida (1958)

Este foi o primeiro filme rodado por Kurosawa em Cinemascope. É uma movimentada aventura, moralmente movediça, passada no século XVI, sobre ganância, cobardia e heroísmo. Uma princesa e o seu general recrutam, com a promessa de uma recompensa em ouro, dois camponeses para os ajudarem a fugir dos inimigos que os perseguem, e a transportar um tesouro com o qual reconstruirão o exército do seu clã.

Estreia 8 de Outubro

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Dodeskaden (1970)

O título deste filme, o primeiro de Akira Kurosawa a cores, é o equivalente nipónico da nossa expressão “pouca-terra, pouca-terra”, que traduz o andamento de um comboio, e está explicado na história, passada num bairro de lata de Tóquio, seguindo as vidas de vários dos seus moradores. Dodeskaden foi um severo fracasso, levando Kurosawa a uma depressão e a uma tentativa de suicídio, em 1971.

Estreia 8 de Outubro

O Trono de Sangue (1957)

Também conhecido como O Castelo da Aranha, este filme é uma das adaptações ao cinema de peças de Shakespeare – no caso, Macbeth – feitas pelo realizador, e a ambiência do Japão medieval serve às mil maravilhas os enredos do dramaturgo inglês. Kurosawa faz uma assombrosa transposição dramática, narrativa e visual da história e consegue intensificar as dimensões trágica e violenta do texto original.

Estreia 15 de Outubro

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O Barba Ruiva (1965)

O último filme de Toshiro Mifune com Akira Kurosawa, em que o actor interpreta um médico com mau feitio mas de enorme coração e integridade profissional, que orienta um jovem e inexperiente colega na clínica pública onde este foi colocado, no Japão do século XIX. O realizador usa os vários casos que eles vão tratar para reflectir sobre os sofrimentos físicos e morais da condição humana.

Estreia 15 de Outubro

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Farto de não fazer ideia do que falam os cinéfilos à sua volta? Cansado de se perder em referências desconhecidas quando se fala de cinema? A Time Out quer resolver esse problema, no melhor espírito de serviço público, e nas próximas páginas (da internet) vai ler tudo o que precisa de saber.

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