Manhattan
©DRManhattan de Woody Allen
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Cidades como nunca se viram na Cinemateca

Está a começar e vai durar até final de Novembro o novo ciclo da Cinemateca, O Cinema e a Cidade. Ciclo que inclui colóquio e se prolonga nos meses seguintes pelo país. Mas para já interessam os filmes a não perder em Setembro em Lisboa

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Sem cidades dentro até podia haver cinema, mas não era a mesma coisa. As cidades, verdadeiras ou imaginadas, filmadas de maneira dramática ou jovial ou enigmática ou… Enfim, há muito que (se alguma vez foram) as cidades deixaram de ser só paisagem ou meros retratos da realidade, como o cinema mostra tão bem.

Cidades como nunca se viram na Cinemateca

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Joaquim Pedro de Andrade esperou sete anos após a inauguração de Brasília para realizar este documentário. E nele encontra-se uma capital, novinha em folha, construída sobre a ilusão de “que arquitectura e o urbanismo podem resolver os problemas sociais”, no entanto cheia de contradições e problemas sobre a reluzente e elegante fachada. Na mesma sessão serão exibidos ainda A Cidade É Uma Só, de Adirley Queirós, e, de Matthias Müller, Vacancy.

Quarta 13, 21.30.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Depois de, a bem dizer, um trio de ensaios sobre arquitectura das cidades, Martin Scorsese apresenta a cidade vista do seu lado mais sórdido com a colaboração das grandes interpretações de Robert de Niro e Jodie Foster, principalmente, mas também de Cybill Shepherd, Harvey Keitel e Peter Boyle. O argumento é de Paul Schrader e com ele penetra-se no submundo de uma cidade decadente no final da década de 70 do século XX onde um taxista resolve aplicar uma versão muito pessoal da lei das ruas.

Quinta 14, 15.30.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Orson Welles tem uma aparição breve, porém do mais arrepiante. São Joseph Cotten, Alida Valli e Trevor Howard quem faz, por assim dizer, as honras da casa neste filme de Carol Reed, passado numa Viena nunca assim filmada como nesta história de ingenuidade, oportunismo e mistério.

Terça 19, 15.30.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É um lugar-comum, mas os lugares-comuns têm uma razão de ser, pelo que se me permitem repetir: Manhattan, de Woody Allen, é um hino a Nova Iorque, apropriadamente musicado por um clássico de Gershwin, Rhapsody in Blue, ele próprio outro hino à cidade. E quando se diz a cidade, neste caso, está a falar-se da ilha de Manhattan, que o realizador aventura-se pouco ou nada pelos outros quatro distritos para contar a sua história de amores mal resolvidos que envolve as interpretações de Diane Keaton, Michael Murphy, Mariel Hemingway e Meryl Streep.

Quinta 21, 15.30.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O Festival de Cinema de Cannes fazia 60 anos e o seu director de então convidou “mais de trinta realizadores ali premiados para fazerem uma curta-metragem de três a quatro minutos de duração sobre o prazer do cinema e a sala de cinema.” Assim, em pequenos segmentos, reúnem-se imagens de, entre outros, Theodoros Angelopoulos, Olivier Assayas, Bille August, Jane Campion, Youssef Chahine, Chen Kaige, Michael Cimino, Ethan Coen, Joel Coen, David Cronenberg, Jean-Pierre Dardenne, Manoel de Oliveira, Raymond Depardon, Atom Egoyan, Amos Gitai, David Lynch, Kiarostami e Alejandro Gonza, pedaços que mostram uma sala de cinema como ela nunca é vista.

Sexta 29, 19.00.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Nada melhor para acabar o mês do que um filme de um grande mestre do cinema, um daqueles realizadores de que só nos lembramos quando o rei faz anos, ou quando acontece qualquer coisa na Índia e está um cinéfilo por perto que já viu “isso num filme”… de Satyajit Ray. Este é a sua primeira grande incursão pelo universo arquitectónico e social de Calcutá, e um dos seus filmes maiores onde, como quase sempre, é central o papel de mulher indiana na família e na sociedade, aqui com o bónus de um extraordinária interpretação de Madhabi Mukherjee – que, aliás, estaria ainda melhor em Charulata, o filme seguinte e a obra-prima de Ray.

Sábado 30, 22.30. Projecção ao ar livre.

Clássicos de cinema para totós

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Lição 1: o cinema mudo
Lição 1: o cinema mudo

À falta de palavras, usa-se a expressão. À falta de cor, manipulam-se todos os cinzentos existentes entre o preto e o branco e fazem-se malabarismos na montagem. Assim começou o cinema. E assim começou a tornar-se arte. Alguma inesquecível, como estes 10 exemplos incontornáveis.

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Lição 2: os anos 30
Lição 2: os anos 30

A ascensão do cinema falado acabou com o mudo e com as carreiras de muitos actores. A tecnologia do som (e depois da cor) provocou uma, como agora se diz, “destruição criativa”. Certo é que, apesar das baixas, a década de 1930 é uma das mais dinâmicas da história de Hollywood, culminando no excepcional ano de 1939, quando nasceram três destes 10 clássicos de cinema obrigatórios.

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A guerra foi a principal preocupação do mundo durante metade da década de 1940. Mas isso não impediu o cinema de crescer como arte, nem estes filmes deixaram de entreter o público, umas vezes como escapismo, outras como alerta de consciências. Sempre, porém, progredindo na narrativa e na montagem, dando a ver um novo e cada vez mais diverso cinema.

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Lição 4: os anos 50
Lição 4: os anos 50

Ora aqui está uma década de prosperidade, medo nuclear, que entretanto começara a Guerra Fria, e esperança. Uma década em que o cinema prosperou artisticamente e ainda mais comercialmente. Dez anos em que o preto e branco resistiu quanto pôde, mas acabou batido pela cor.

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Lição 5: os anos 60
Lição 5: os anos 60

A década dos sonhos mais floridos, extravagantes e idealistas, também teve o seu lado violento. O cinema atravessou uma das suas épocas mais curiosas e experimentalistas em que, parecia, valia tudo, desde que fosse contra a corrente dominante. E o melhor era.

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