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Jude Law em Monstros Fantásticos
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Jude Law: “Sempre adorei a maldição mortal”

Jude Law é Dumbledore de "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald". Falámos com o actor

Isabelle Aron
Escrito por
Isabelle Aron
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J.K. Rowling continua a expandir o universo de Harry Potter, aliás, o seu passado, em Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, com realização de David Yates. E Jude Law é um jovem Albus Dumbledore no novo filme. Aproveitámos e falámos da magia de encarnar um personagem que faz parte do imaginário dos seus filhos. 

Como é que te sentes agora que és um feiticeiro?

Houve alturas – como quando entrei na sala de aulas de Hogwarts ou discuti o tipo de varinha que mágica que queria usar – em que dei por mim a pensar: “Meu deus, estou mesmo neste mundo.” É um mundo com que os meus filhos cresceram, li os livros e vi os filmes, por isso é tudo muito familiar. Agora estou cá dentro e posso dizer que é uma experiência estranha e maravilhosa.

Isso quer dizer que escolheste mesmo a varinha mágica que querias usar, como se estivesses no mundo do Harry Potter?

Sim, escolhi uma Ollivander. Disse: “Quero aquela” [risos]. Na verdade não foi bem assim. Eles tinham umas quantas que eu podia escolher e disse só qual é que preferia.

Qual é o teu feitiço favorito?

Vou parecer um psicopata, mas sempre adorei a “Avada Kedavra”.

O que é isso?

É a maldição mortal. É a pior. Mas o nome tem qualquer coisa… Não sei. Quando a li no livro pela primeira vez passava o tempo todo a dizer, num tom de voz maligno, “Avada Kedavra”. Achei que uma pessoa tinha de ser uma escritora do caraças para se lembrar disso. E também há aquele feitiço que o Snape inventou, que te faz sangrar... Não me lembro do nome, mas é incrível.

Gostas dos feitiços mais violentos, é isso?

Acho que sim. Não devia estar a revelar isto...

O lado negro do Dumbledore...

Não, não, não. O meu.

Estavas a dizer que leste os livros e viste os filmes com os teus filhos – eles estão a azucrinar-te para revelares detalhes sobre
o enredo?

Bom, eles já são adolescentes, portanto não é o mesmo que teria sido quando eram pequenos. Mas estou muito nervoso. Descobrimos as histórias do Harry Potter juntos e agora eu entro nelas. Espero que os meus filhos achem que sou um Dumbledore decente.

Ficaste contente por não teres de ter aquela longa barba branca, por estares a interpretar um jovem Dumbledore?

Não sei. Por acaso pensei que ia estar assim no filme. Quando fiz os testes de câmara tentei levar as coisas nessa direcção e ficou toda a gente tipo “não… ainda faltam 90 anos para isso”.

Estavas preparado para andar de barba branca?

Estava curioso por ver o que é que fazíamos. Aqui entre nós, gostava de andar de kaftan [uma espécie de túnica] quando chegasse a altura do último filme. Adorava aparecer pelo menos uma vez num kaftan de seda. E talvez deixe a barba crescer e crescer.

Um bocadinho maior em cada filme.

Sim. A ver vamos. Mas não vou chegar a ter uma barba pelos joelhos.

Fala-se muito da orientação sexual do Dumbledore. Abordam isso no filme?

A Jo Rowling deixou claro há muitos anos que ele era gay, e quando lhe perguntei isso, ela confirmou-o. Aqui nem é tanto uma questão de ser gay ou não. Tem mais a ver com a pessoa por quem ele se apaixona. Começamos a falar disso neste filme, mas ainda está muito mais para vir.

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