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Ver Mike Myers nesta série da Netflix é como ver um pugilista que outrora foi campeão regressar ao ringue gordo, lento e fatigado.
★★☆☆☆
A série Night Sky (Amazon Prime) é composta por duas histórias, com problemas de articulação. Uma, é sobre um casal idoso, Franklin e Irene York (JK Simmons e Sissy Spacek), devotadíssimos um ao outro, que vive no interior dos EUA e têm um anexo no jardim com um túnel subterrâneo que dá para um compartimento com vista para outro planeta. A outra, é uma intriga de suspense e ficção científica que envolve portais que enviam as pessoas para vários pontos da Terra e para o cosmos, seitas secretas e uma mulher que vive na Argentina com a filha. Só a relação entre Franklin e Irene dava uma série própria, e os autores de Night Sky têm dificuldade em conciliar estes dois enredos que interferem um com o outro, em vez de se complementarem. No final da primeira temporada, ficamos com a impressão de ter visto duas séries diferentes, unidas à força por um tenuíssimo fio narrativo comum. O outro problema de Night Sky é que é prolixa, maçuda e tem excesso de exposição: os sete primeiros episódios podiam muito bem ter sido reduzidos a três ou quatro. Já Simmons e Spacek são imaculados. Bastam cinco minutos em cena para acreditarmos que Frank e Irene vivem juntos, amam-se e conhecem-se profundamente há décadas. Ficávamos bem só na sua companhia, sem portais nem seitas.
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Ver Mike Myers nesta série da Netflix é como ver um pugilista que outrora foi campeão regressar ao ringue gordo, lento e fatigado.
★★★★☆
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★★★★☆
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