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Incêndio
Incêndio (2011)

Novos Olhares na Cinemateca: 13 filmes, oito autores

Está a aproximar-se do fim a primeira jornada do ciclo Cinema Português: Novos Olhares, dedicado pela Cinemateca à exibição da vitalidade e da diversidade da nova geração do cinema feito em Portugal

Escrito por
Rui Monteiro
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Desta vez, programa cheio com mais de uma dúzia de filmes, divididos por sete autores. Sete maneiras de ver o país e, através dessa visão e das suas personagens, revelarem um pouco de si próprios. Enfim, mais uma jornada na Cinemateca de descoberta do cinema produzido em Portugal pela geração que está a criar a nova cinematografia. 

Novos Olhares na Cinemateca: 13 filmes, oito autores

Setembro (2016)/ Outras Cartas ou o Amor Inventado (2012)/ Fuera de Cuadro (2010)/ La Ilusión te Queda (2010)

Por estar presente na sessão, e sem desprimor para Márcio Laranjeira com quem divide a noite, Leonor Noivo será decerto o centro das atenções. Em exibição tem Setembro, com Francisca Alarcão, João Ferro Martins, Marta Mateus e Pedro Completo, uma tentativa de resgatar o amor procurando um pai desaparecido, que mereceu boas referências quando foi apresentado no Festival de Locarno, o ano passado. A mesma realizadora que, sobre a forma de documentário, apresenta ainda Outras Cartas ou o Amor Inventado,a partir de Novas Cartas Portuguesas, de imagens de arquivo e do processo judicial em que as autoras foram acusadas de “atentarem à moral pública”, e assim reflectir sobre o estado do amor. A sessão completa-se com a exibição de duas curtas, Fuera de Cuadro e La Ilusión te Queda, dirigidas por Márcio Laranjeira, passadas na Argentina, também se dedicando à relação de uma mãe com o filho, e pela primeira vez apresentadas na Cinemateca.

Sexta, 24, 21.30


Revolução Industrial (2014)/ Mupety Munatim (2012)/ Ascensão (2012)

Viagem pelo vale do Rio Ave, “onde as indústrias foram durante muito tempo uma marca de desenvolvimento da região” e as fábricas transformaram a paisagem rural, o primeiro filme assinado em conjunto por Frederico Lobo e Tiago Hespanha, Revolução Industrial, observa precisamente os efeito desta alteração, a sua irreversibilidade e a forma com a falência industrial remeteu a região para o impasse social. Por sua vez Mupepy Munatim (em primeira exibição na Cinemateca), e Ascensão (apresentado na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2016), ambos de Pedro Peralta, são igualmente filmes sobre viagens. Viagens de carácter muito diferentes do que as antecedentes, em que o realizador continua e reforça a sua aparente busca por uma espiritualidade própria para o seu cinema.

Segunda, 27, 19.00

 

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A Minha Mãe é Pianista (2005)/ Entrecampos (2012)/ Maria do Mar (2015)/ Incêndio (2011)/ Outubro Acabou (2015)/ Confidente (2015)

João Rosas, que se tem mostrado um dos mais estimulantes novos realizadores, apesar da sua obra continuar, digamos, demasiado discreta, estará presente nesta sessão que inclui A Minha Mãe é Pianista e Entrecampos. O prato de substância, porém, é Maria do Mar, com Francisco Melo, Miguel Carmo, Mariana Galvão, Miguel Plantier, Paola Giufridda e Mestre André, merecedora do prémio Melhor Filme na competição nacional do Curtas – Vila do Conde, em 2015. Logo de seguida é a vez de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman apresentarem as suas ousadas experimentações sobre, como dizem, “as formas de apresentação das imagens, da música, e a forma como as recepcionamos.”

Terça, 28, 19.00


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Jorge (Nuno Lopes) é pugilista, ganha a vida a dar murros. Só que a vida também lhos dá de volta, muitos, e o dinheiro que ele ganha no ringue a esmurrar outros pugilistas não chega. Não chega para ajudar a família, apanhada pela crise do Portugal intervencionado pela troika, nem para convencer a mulher a não voltar para o Brasil e levar o filho com ela. 

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