Ghostbusters (1984)
©DRGhostbusters (1984)

Os melhores filmes de Ivan Reitman

Morreu o realizador de 'Os Caça-Fantasmas', nome de referência da comédia de Hollywood. Mas a sua obra sobrevive. Recordamos os melhores filmes de Ivan Reitman.

Publicidade

Realizador, e também argumentista e produtor, Ivan Reitman, que morreu há dias, marcou, desde os anos 70, o cinema de Hollywood, muito em especial a comédia, género em que se distinguiu ao assinar alguns dos maiores e mais bem-amados sucessos de sempre, como é o caso dos dois Os Caça-Fantasmas ou de Gémeos. Reunimos uma lista com os seus melhores filmes, a começar por O Pelotão Chanfrado, de 1981, onde brilha Bill Murray, um dos vários actores cómicos cuja carreira Reitman ajudou, e muito, a lançar, e que inclui ainda títulos como Dia dos Pais ou Evolução

Recomendado: Os 100 melhores filmes de comédia de sempre

Os melhores filmes de Ivan Reitman

‘O Pelotão Chanfrado’ (1981)

A quarta longa-metragem de Ivan Reitman comunga em grande estilo do espírito anárquico e do tipo de comédia insolente e gozona que surgiu nos EUA na década de 70, também pela mão do próprio Reitman (ver A República dos Cucos, de John Landis, que ele produziu, ou National Lampoon Show, o seu espectáculo off-Broadway). Bill Murray e Harold Ramis, dois dos futuros Caça-Fantasmas, são dois amigos aos quais tudo corre mal na vida e decidem alistar-se na tropa, indo parar a um pelotão cheio de inadaptados, excêntricos e desastrados como eles, que fazem a vida negra ao sargento e aos oficiais, acabando por invadir inadvertidamente a Checoslováquia quando estão a testar um novo veículo na Alemanha. Um clássico do género, também com John Candy, Sean Young, John Larroquette e Warren Oates no sofredor sargento veterano do pelotão.

‘Os Caça-Fantasmas’ (1984)

Este é sem dúvida alguma o melhor filme do realizador, um colossal sucesso comercial e de crítica que estabeleceu Ivan Reitman como um mestre da comédia popular de Hollywood. Nesta comédia sobrenatural que goza com o mundo da investigação paranormal e com os filmes apocalípticos, Bill Murray (com o seu mais refinado ar pachola) Harold Ramis e Dan Aykroyd são três parapsicólogos que, juntamente com um ajudante (Ernie Hudson), abrem em Nova Iorque uma empresa de combate aos fenómenos do Além, após terem perdido o financiamento para as suas investigações e sido corridos da universidade. E acabam por salvar a humanidade de uma poderosa e ancestral entidade maléfica, Gozer, após uma batalha epicamente hilariante. Também com Sigourney Weaver, Rick Moranis e Annie Potts. Reitman realizou uma continuação, em 1989, que não está à altura do original mas mesmo assim é pródiga em gargalhadas.

Publicidade

‘Gémeos’ (1988)

Misto de comédia de contrastes e de buddy movie tradicional, Gémeos é outro dos grandes sucessos que Ivan Reitman teve na década de 80, a melhor de toda a sua carreira. Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito interpretam Julius e Vincent Benedict, irmãos gémeos produto de uma experiência científica secreta no campo da genética, e diferentes em tudo, do aspecto físico à personalidade e ao carácter. Não sabem da existência um do outro, até ao dia em que Julius faz 35 anos e um dos cientistas envolvido na experiência lhe revela a existência de Vincent. O musculado, culto e honesto Julius decide ir à procura do irmão, e encontra-o na cadeia, porque Vincent, além de feio, baixote e gordo, é um delinquente de terceira categoria. Schwarzenegger e DeVito jogam às mil maravilhas um com o outro e a história é divertidíssima e nunca sentimentalona. Quando morreu, Reitman preparava uma continuação, Triplets, com Eddie Murphy a juntar-se àqueles.

‘O Dia dos Pais’ (1997)

Ivan Reitman faz aqui um remake americano de uma comédia dramática francesa, Os Compadres, interpretada por Gérard Depardieu e Pierre Richard. Que são substituídos por Robin Williams e Billy Crystal, personificando, respectivamente, Jack, um escritor solitário e com impulsos suicidas, e Dale, um advogado egoísta e cínico, aos quais uma ex-namorada de ambos (Nastassia Kinski) recorre para localizarem e irem buscar o filho adolescente, que fugiu com a namorada, convencendo ambos que o rapaz é filho deles. Quando Jack e Dale se encontram e percebem que foram enganados, juntam forças para encontrarem o rapaz e descobrirem que é na realidade o pai dele. Reitman aposta aqui mais uma vez na comédia de contrastes, que é não apenas de personagens como também de estilos de comédia: os de Crystal e Williams, totalmente opostos. O Dia dos Pais foi, imerecidamente, um fracasso de público e de crítica.

Publicidade

‘Evolução’ (2001)

O que Ivan Reitman fez para a comédia sobrenatural nos dois Caça-Fantasmas, faz para a comédia de ficção científica em Evolução. Um estranho meteorito cai no deserto do Arizona e é investigado por dois professores universitários, uma cientista e um jovem bombeiro, que descobrem que naquele se encontravam micro-organismos extraterrestre de rapidíssimo desenvolvimento e se transformaram em criaturas monstruosas assim que se habituaram a respirar o oxigénio da atmosfera terrestre. Enquanto os militares procuram controlar a situação, o quarteto de protagonistas percebe que os alienígenas podem ser destruídos… por um ingrediente químico que se encontra numa popular marca de champô. A história mexe-se a bom ritmo, os bons gags abundam, David Duchovny, Julianne Moore, Orlando Jones e Seann William Scott são impecáveis nos papéis principais, e a forma que os quatro heróis arranjam para aplicar o champô nos invasores siderais é digna do tipo de comédia deliciosamente grosseiro dos primórdios da carreira do realizador.

Os melhores filmes de...

  • Filmes
Spike Lee
Spike Lee

Apesar do engajamento político de Spike Lee e da estridência da sua expressão cinematográfica, o seu mais recente filme, BlacKkKlansman: O Infiltrado, acaba por ser bastante moderado. É também uma obra menor do realizador, sem a tensão nem a pertinência de películas como Não Dês Bronca, de 1989, ou A Última Hora, de 2002, entre outros marcos da sua obra. Recordamos os melhores filmes do cineasta americano.

  • Filmes

Talentoso, sem dúvida, mas carente de densidade artística, disse dele a famosa crítica de cinema Pauline Kael. E se, por um tempo, Steven Spielberg não ligou e se entregou de alma e coração a criar êxitos de bilheteira, verdade é que o resto da sua carreira é uma busca por essa densidade artística via abordagem aos chamados grandes temas. Sete exemplos dizem que às vezes conseguiu.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade